Termos capacitistas são expressões que desvalorizam ou discriminam pessoas com deficiência.
É importante observar nossa comunicação para ser inclusiva e respeitosa, promovendo a dignidade e o respeito por todos. Explore nossas dicas para aprender a evitar essas expressões e contribuir para uma sociedade mais acolhedora e igualitária.

Fonte: SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: VIVARTA, V. (Org.) Mídia e Deficiência. Brasília: Andi; Fundação Banco do Brasil, 2003. p. 160-165.

“ele tem deficiência e é um ótimo aluno”

Ao invés de...

“Apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno”

“ele tem deficiência e é um ótimo aluno”

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“ele tem deficiência e é um ótimo aluno”

Na frase acima há um preconceito embutido: ‘A pessoa com deficiência não pode ser um ótimo aluno’.

“aquela criança é menos desenvolvida na inteligência [por ex.] lógico-matemática”

Ao invés de...

“Aquela criança não é inteligente”

“aquela criança é menos desenvolvida na inteligência [por ex.] lógico-matemática”

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“aquela criança é menos desenvolvida na inteligência [por ex.] lógico-matemática”

Todas as pessoas são inteligentes, segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas. Até o presente, foi comprovada a existência de oito tipos de inteligência (lógico-matemática, verbal-linguística, interpessoal, intrapessoal, musical, naturalista, corporal-cinestésica e visual-espacial).

“Ela é cega e mora sozinha”

Ao invés de...

“Ela é cega mas mora sozinha”

“Ela é cega e mora sozinha”

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“Ela é cega e mora sozinha”

Na frase acima há um preconceito embutido: “Todo cego não é capaz de morar sozinho”.

“Ela tem deficiência mental e se destaca como atleta”

Ao invés de...

“Ela é retardada mental mas é uma atleta excepcional”

“Ela tem deficiência mental e se destaca como atleta”

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“Ela tem deficiência mental e se destaca como atleta”

Na frase acima há um preconceito embutido: “Toda pessoa com deficiência mental não tem capacidade para ser atleta”.

“Ela é surda (ou cega) e não tem deficiência mental”

Ao invés de...

“Ela é surda (ou cega) mas não é retardada mental”

“Ela é surda (ou cega) e não tem deficiência mental”

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“Ela é surda (ou cega) e não tem deficiência mental”

A frase acima contém um preconceito: “Todo surdo ou cego tem retardo mental”. Retardada mental, retardamento mental e retardo mental são termos do passado.

“ela teve pólio”

Ao invés de...

“Ela foi vítima da pólio”

“ela teve pólio”

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“ela teve pólio”

A palavra vítima provoca sentimento de piedade.

“Ela teve [flexão no passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem [flexão no presente] sequela de paralisia infantil”

Ao invés de...

“Ela foi vítima de paralisia infantil”

“Ela teve [flexão no passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem [flexão no presente] sequela de paralisia infantil”

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“Ela teve [flexão no passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem [flexão no presente] sequela de paralisia infantil”

A poliomielite já ocorreu nesta pessoa (por ex., “ela teve pólio”). Enquanto a pessoa estiver viva, ela tem sequela de poliomielite. A palavra vítima provoca sentimento de piedade.

“Ela tem paraplegia” (ou paralisia cerebral ou sequela de poliomielite)

Ao invés de...

“Ela sofre de paraplegia”

“Ela tem paraplegia” (ou paralisia cerebral ou sequela de poliomielite)

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“Ela tem paraplegia” (ou paralisia cerebral ou sequela de poliomielite)

 (ou de paralisia cerebral ou de sequela de poliomielite) A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade.

“Ela tem paralisia cerebral”

Ao invés de...

“Ela teve paralisia cerebral”

“Ela tem paralisia cerebral”

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“Ela tem paralisia cerebral”

 (referindo-se a uma pessoa no presente)

A paralisa cerebral permanece com a pessoa por toda a vida.

“Ele teve um acidente de carro que o deixou com uma deficiência”

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“Ele atravessou a fronteira da normalidade quando sofreu um acidente de carro e ficou deficiente”

“Ele teve um acidente de carro que o deixou com uma deficiência”

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“Ele teve um acidente de carro que o deixou com uma deficiência”

A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável. A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade.