Termos capacitistas são expressões que desvalorizam ou discriminam pessoas com deficiência.
É importante observar nossa comunicação para ser inclusiva e respeitosa, promovendo a dignidade e o respeito por todos. Explore nossas dicas para aprender a evitar essas expressões e contribuir para uma sociedade mais acolhedora e igualitária.

Fonte: SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: VIVARTA, V. (Org.) Mídia e Deficiência. Brasília: Andi; Fundação Banco do Brasil, 2003. p. 160-165.

“Ele é surdocego” ou

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“Ele é surdo-cego”

“Ele é surdocego” ou

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“Ele é surdocego” ou "Ele tem surdocegueira"

“Ele anda com muletas axilares”

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“Ele manca com bengala nas axilas”

“Ele anda com muletas axilares”

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“Ele anda com muletas axilares”

No contexto coloquial, é correto o uso do termo muletante para se referir a uma pessoa que anda apoiada em muletas.

“Esta família tem um filho com deficiência”

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“Esta família carrega a cruz de ter um filho deficiente”

“Esta família tem um filho com deficiência”

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“Esta família tem um filho com deficiência”

Nesta frase há um estigma embutido: “Filho deficiente é um peso morto para a família”.

“Tenho dois filhos: o primeiro tem deficiência e o segundo não tem”

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“Infelizmente, meu primeiro filho é deficiente; mas o segundo é normal”

“Tenho dois filhos: o primeiro tem deficiência e o segundo não tem”

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“Tenho dois filhos: o primeiro tem deficiência e o segundo não tem”

A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável, ultrapassado. E a palavra infelizmente reflete o que a mãe pensa da deficiência do primeiro filho: “uma coisa ruim”.

“Paralisia cerebral é uma condição”

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“Paralisia cerebral é uma doença”

“Paralisia cerebral é uma condição”

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“Paralisia cerebral é uma condição”

Muitas pessoas confundem doença com deficiência.

“Teve um acidente e ficou com deficiência”

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“Sofreu um acidente e ficou incapacitado”

“Teve um acidente e ficou com deficiência”

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“Teve um acidente e ficou com deficiência”

A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade.

Adolescente (criança, adulto) sem deficiência

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Adolescente normal

Adolescente (criança, adulto) sem deficiência

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Adolescente (criança, adulto) sem deficiência

Desejando referir-se a um adolescente (uma criança ou um adulto) que não possua uma deficiência, muitas pessoas usam as expressões adolescente normal, criança normal e adulto normal. Isto acontecia muito no passado, quando a desinformação e o preconceito a respeito de pessoas com deficiência eram de tamanha magnitude que a sociedade acreditava na normalidade das pessoas sem deficiência. Esta crença fundamentava-se na ideia de que era anormal a pessoa que tivesse uma deficiência. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.

Pessoa com Deficiência; PCD

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Aleijado

Pessoa com Deficiência; PCD

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Pessoa com Deficiência; PCD

Estes termos eram utilizados com freqüência até a década de 80. A partir de 1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, começa-se a escrever e falar pela primeira vez a expressão pessoa deficiente. O acréscimo da palavra pessoa, passando o vocábulo deficiente para a função de adjetivo, foi uma grande novidade na época. No início, houve reações de surpresa e espanto diante da palavra pessoa: “Puxa, os deficientes são pessoas!?” Aos poucos, entrou em uso a expressão pessoa portadora de deficiência, freqüentemente reduzida para portadores de deficiência. Por volta da metade da década de 90, entrou em uso a expressão pessoas com deficiência, que permanece até os dias de hoje

cadeira de rodas motorizada

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Cadeira de rodas elétrica

cadeira de rodas motorizada

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cadeira de rodas motorizada

Trata-se de uma cadeira de rodas equipada com um motor.

cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual

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Ceguinho

cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual

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cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual

O diminutivo ceguinho denota que o cego não é tido como uma pessoa completa. A rigor, diferencia-se entre deficiência visual parcial (baixa visão ou visão subnormal) e cegueira (quando a deficiência visual é total).