Olho Biônico

Imagem do chip Argus II, o olho biônico

Divulgamos e-mail recebido da Christina Fasser, presidente da Retina Internacional, anunciando a autorização na Europa para comercialização do implante da prótese retiniana Argus II da empresa Second Sight, que recupera parcialmente a visão em pacientes com Retinose Pigmentar.
“Queridos amigos,
Vocês encontrarão junto a este e-mail press release da empresa Second Sight anunciando que o Argus II foi aprovado para comercialização na Europa. Em breve, os pacientes com retinose pigmentar terão a opção de escolher como tratar sua deficiência visual. Parabenizamos a Second Sight, seus pesquisadores, os cientistas e a coragem dos pacientes que participaram das pesquisas.
Parabenizamos também, a agência de saúde que regulamentou e avaliou a importância de propiciar às pessoas que perderam a visão uma opção de restaurá-la parcialmente.
Com várias empresas e pesquisadores trabalhando para melhorar as opções de tratamentos atuais, a aprovação do Argus II é um marco importante dando esperança aos pacientes de várias opções de escolha num futuro próximo.
É importante notar que as opções de tratamento como a terapia de gens, os agentes neurotróficos (tecnologia das células encapsuladas) estão sendo testados em humanos com o objetivo de prevenir ou retardar a progressão da Retinose Pigmentar.
Atenciosamente
Christina Fasser
Presidente da Retina Internacional”

Press Release da Second Sight (traduzido)

Após mais de vinte anos de pesquisas e testes clínicos bem sucedidos, a Second Sight Medical Products, Inc. anuncia a aprovação pela European Economic Area – EEA (órgão regulamentador na Europa) da comercialização da prótese retiniana Argus II Retinal Prothesis System (“Argus II”).
O Argus II é uma prótese de segunda geração que é implantada com o objetivo de tratar profundamente os deficientes visuais que sofrem de doenças degenerativas como a Retinose Pigmentar.
O aparelho funciona convertendo imagens de vídeo capturadas de uma mini câmera, abrigada nos óculos do paciente, em uma série de pulsos elétricos que são transmitidos sem fio para um conjunto de eletrodos na retina.
Então, esses pulsos estimulam as células remanescentes da retina, resultando em uma percepção de padrões de luz no cérebro. Por meio desse sistema os pacientes aprendem a interpretar os padrões visuais, ganhando assim, um pouco de visão funcional. Trinta pacientes participaram da pesquisa usando o aparelho em casa e a vida deles mudou desde então.
Produtos Médicos Second Sight, Inc., localizada em Los Angeles, Califórnia, foi fundada em 1998 para criar uma prótese para a retina proporcionando uma melhora na visão de pacientes com deficiência visual por problemas causados pela degeneração da retina, como a Retinose Pigmentar.
Com dedicação e inovação, a missão da Second Sight é desenvolver, manufaturar e comercializar implantes de próteses visuais que são colocadas em pessoas com deficiência visual para que elas consigam ser independentes. O Argus II ainda não está aprovado para a venda nos Estados Unidos. O escritório principal europeu fica em Lausanne na Suíça.

Artigo da Scientific American (Brasil)

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/implante_de_retina_aprovado_para_uso_na_europa.html

Implante de retina aprovado para uso na Europa

Após décadas de desenvolvimento e anos de testes clínicos, uma prótese óptica capaz de restaurar ao menos parcialmente a visão de quem sofre de doenças que prejudicam a retina chegará ao mercado
por Larry Greenemeier

Imagens cortesia da Second Sight Medical Products, Inc
Imagens cortesia da Second Sight Medical Products, Inc
Após décadas de desenvolvimento e anos de testes clínicos, uma prótese óptica capaz de restaurar ao menos parcialmente a visão de quem sofre de doenças que prejudicam a retina chegará ao mercado. A Second Sight Medical Products, Inc., anunciou na quarta-feira que seu sistema de prótese de retina Argus II foi aprovado para venda em toda a Europa. A Second Sight que está baseada em Sylmar, Califórnia planeja solicitar a aprovação da U.S. Food and Drug Administration (FDA) este ano.
A retina fica na parte de trás da superfície interna do olho e grava imagens em padrões de luz e cor. O implante do Argus II na verdade depende de uma mini câmera montada em um par de óculos de sol para capturar uma imagem e enviar as informações para um processador de vídeo, no cinto juntamente com um microprocessador sem fio e bateria. Após o processador de vídeo converter as imagens para um sinal eletrônico, um transmissor nos óculos envia as informações sem o uso de fios para o receptor implantado sob a membrana mucosa do olho, chamada conjuntiva. O receptor por sua vez, transmite os sinais através de um cabo minúsculo para um conjunto de eletrodos colocados na retina. O conjunto estimula diretamente as células que conduzem ao nervo óptico.
Ao receber os pulsos, o cérebro percebe os padrões de manchas claras e escuras correspondentes aos eletrodos estimulados. Os pacientes aprendem a interpretar os padrões visuais produzidos em imagens significativas.
A Second Sight recebeu o aval para colocar o Argus II no mercado com base em uma experiência clínica de sucesso feita com 30 pacientes cegos no mundo inteiro. O implante de retina estará inicialmente disponível ainda este ano no Centre Hospitalier National d’Ophthalmologie des Quinze-Vingts em Paris, nos Hôpitaux Universitaires de Genève em Genebra, e no Manchester Royal Hospital e no Moorfields Eye Hospital em Londres. O equipamento custa US$ 100 mil, embora a empresa argumente que está tentando ter ao menos parte desse custo subsidiado em alguns países.
Outras próteses de retina são esperadas, em especial um dispositivo subretinal da Retina Implant, AG, da Alemanha que coloca o implante sob a superfície da retina para estimular as células bipolares. Três pacientes cegos que sofrem de retinite pigmentosa e outras doenças oculares colocaram os implantes de retina da empresa e tem sido capazes de localizar objetos brilhantes sobre uma mesa escura, segundo uma equipe de pesquisadores liderada por Eberhart Zrenner, co-fundador e diretor da empresa e presidente do Instituto de Pesquisa em Oftalmologia da Universidade de Tübingen na Alemanha. Um dos pacientes foi capaz de descrever e identificar corretamente os objetos como um garfo ou faca em uma mesa, padrões geométricos, tipos diferentes de frutas e discernir tons de cinza com apenas 15% de contraste.

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