Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

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A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença degenerativa da retina que provoca uma perda progressiva da visão central. Ela afeta a mácula, região central da retina, que é responsável pela visão central, usada na leitura, na identificação de detalhes e cores. É a causa mais comum de perda de visão em pessoas acima de 55 anos. Estima-se que 3 milhões de pessoas no Brasil  tenham DMRI.

A DMRI apresenta estágios na sua evolução, que vão desde formação de drusas até a DMRI tipo úmida ou exsudativa, fase mais grave da doença, que se não for tratada precocemente leva a perda irreversível da visão.

0 MILHÕES
ESTIMA-SE QUE 3 MILHÕES DE PESSOAS TENHAM DMRI NO BRASIL

 

Primeiramente, as pessoas com DMRI notam um embaçamento da visão central, especialmente durante as tarefas como leitura ou costura. Além disso, as linhas retas podem aparecer distorcidas ou deformadas. Conforme a doença progride, pontos cegos podem se formar produzindo uma mancha que prejudica a visão central. Na maioria dos casos, se um olho tem DMRI, o outro olho irá desenvolver a doença. A extensão da perda da visão central varia dependendo do tipo de DMRI –seca ou úmida.

#DescriçãoDaImagem. Há duas fotos. A primeira mostra como é a visão de uma pessoa sem DMRI, a imagem está sem nenhuma alteração. A segunda foto simula a visão de uma pessoa com DMRI, a uma mancha escura no centro da imagem que impossibilita de ver o que está na região da mancha. As foto mostram um passarinho azul em cima de um galho.

 

DMRI seca é a forma mais comum da doença. Essa forma de DMRI contabiliza cerca de 90% de todos os casos, e normalmente afeta menos a visão em relação à DMRI úmida. Uma característica da DMRI seca é a acumulação de proteína e gordura (drusas) em uma fina camada de células sob os fotorreceptores na retina. Essa camada é chamada membrana de Bruch. A origem dessas drusas é desconhecida, mas pode ser a partir de resíduos de células e tecidos da retina. As drusas podem interferir na saúde da mácula, parte central da retina, causando degeneração progressiva das células fotorreceptoras. O acúmulo de drusas pode também ser verificado sem perda de visão.

A redução na visão central ocorre gradualmente ao longo de muitos anos. A visão pode até mesmo permanecer estável entre exames oftalmológicos. As pessoas com DMRI seca não costumam perder totalmente a visão central, mas as tarefas que exigem visão perfeitamente focalizada podem tornar-se mais difíceis.

Pesquisas sugerem que drusas de médio e grande porte apresentam um maior risco para a progressão da DMRI seca para a úmida, A DMRI úmida é a forma que provoca perda de visão mais grave. Apesar de não existir atualmente tratamento para a DMRI seca, vários estudos e pesquisa clínica estão avaliando métodos, incluindo tratamentos a laser, para reduzir seu tamanho.

Tipos de DMRI

 

A DMRI úmida representa cerca de 10% dos casos de Degeneração Macular Relacionada à Idade. É também chamado de neovascularização de coróide (CNV), neovascularização sub-retiniana, ou degeneração exsudativa ou disciforme. Na DMRI úmida, vasos sanguíneos anormais crescem sob a mácula. Esses vasos vazam sangue e fluidos na mácula que causam danos à retina. A DMRI úmida pode progredir rapidamente e causar perda substancial da visão central.  Nos casos mais avançados tecidos cicatriciais podem se formar, causando uma mancha irreversível que impede a visão central.

No estagio inicial a DMRI úmida pode ser tratada por isso a detecção precoce é crucial, por que a perda visual não pode ser recuperada. O diagnostico precoce é feito pelo oftalmologista com o uso de exames. Recomenda-se para as pessoas com mais de 40 anos que  anualmente consulte um oftalmologista para prevenção da doença.

 

Existe tratamento apenas para a DMRI tipo úmida. No estagio inicial a DMRI úmida pode ser tratada com medicamentos anti-VEGF através de injeções intraoculares. O tratamento impede a progressão da doença e em alguns casos, ajuda na recuperação da visão.

Não há até agora tratamento para a DMRI seca, mas muitas pesquisas estão em andamento, e num futuro não muito distante ela poderá ser tratada. Um estilo de vida saudável pode ajudar estabilizar a doença na fase seca.

 

  • Adote uma dieta com ingestão de alimentos pouco gordurosos, coma verduras de folhas verdes, frutas cruas, frutas secas e peixe.
  • Controle seu peso, pressão arterial e níveis de colesterol.
  • Use óculos escuros para proteger seus olhos da radiação solar.
  • Verifique se na sua família existe história de alguma doença ocular. Quem tem alguém com DMRI na família deve consultar-se com um oftalmologista.
  • Não fume. Se você fuma pare!

Age-Related Eye Disease Study (AREDS), conduzido pelo National Eye Institute, dos Estados Unidos,  revelou que um suplemento dietético que contém uma combinação de vitaminas e minerais pode ajudar a reduzir o risco de DMRI.

No estudo descobriu-se que os níveis elevados de antioxidantes e de zinco pode reduzir o risco de desenvolver a DMRI em cerca de 25%. A DMRI pode também estar relacionada a gordura dietética, de acordo com os cientistas que estudam as pessoas com doença em estágio inicial e intermediário. Eles descobriram que participantes do estudo que relataram comer maiores  quantidades de vegetais e menores quantidades de gordura animal eram menos propensos a desenvolver DMRI avançada.

Peixes e nozes podem retardar o progresso da DMRI. Estudos tem revelado que o consumo de peixe – que é rico em ômega-3 – tem um efeito preventivo. Embora as nozes  possuam propriedades preventivas, os pesquisadores não conseguiram determinar qual noz, ou em qual quantidade, deva ser consumida.

Os carotenóides também podem prevenir contra a DMRI. Os pesquisadores descobriram que dietas ricas em luteína e zeaxantina  – dois carotenóides encontrados em vegetais verdes e coloridos – podem ajudar a reduzir a possibilidade de desenvolver a DMRI. Estes carotenóides são altamente concentrados na mácula e podem protegê-la contra danos.

É fundamental que o paciente siga rigorosamente as recomendações do seu médico. O organismo de cada paciente necessita de quantidades específicas de nutrientes. A adoção de uma dieta sem o acompanhamento de um especialista, pode, assim como a automedicação, acarretar sérios problemas de saúde.

 

Utilize a Tela de Amsler, também chamda de Grande de Amsler para testar sua visão para DMRI

Teste Um olho de cada vez. A Tela de Amsler é uma tela que pode ser útil para identificar os sinais de problemas com a visão central, sintoma da DMRI. Esse teste pode ser feito com frequência, testando um olho de cada vez. 

Esse teste não substitui o exame oftalmológico e  você deve visitar seu oftalmologista periodicamente para um exame completo da sua retina.

Para usar a Grade Amsler, siga estas etapas uma vez por dia:

1. Usando os óculos que você normalmente usa para ler, mantenha a grade a 30 a 40 cm de distância do seu rosto, com boa luz.
2. Cubra um olho.
3. Olhe diretamente para o ponto central com o olho descoberto e mantenha-o focado nele.
4. Ao olhar diretamente para o ponto central, observe na visão lateral se todas as linhas de grade parecem retas ou se alguma linha ou área parece desfocada, ondulada, escura ou em branco.
5. Siga os mesmos passos com o outro olho.

Se você perceber que sua visão mudou, por exemplo, se alguma área da Grade de Amsler que estava boa no dia anterior parecer repentinamente mais escura, ondulada, em branco ou embaçada, entre em contato com seu oftalmologista imediatamente.

#DescriçãoDaImaem Tela ou Grade de Amsler
#DescriçãoDaImaem Tela ou Grade de Amsler
#DescriçãoDaImagem Tela ou Grade de Amsler exemplificando como uma pessoa com DMRI veria com alteração.
#DescriçãoDaImagem Tela ou Grade de Amsler exemplificando como uma pessoa com DMRI veria com alteração.

 

Junto com exames regulares por um oftalmologista, as pessoas podem avaliar a sua visão para possíveis sintomas da DMRI utilizando um dispositivo de teste simples conhecido como a Tela de Amsler. A Tela ou Grade de Amsler consiste em um gráfico com linhas paralelas e  perpendiculares e se parece muito com uma folha de papel milimetrado. Concentrando a visão em um ponto marcado no meio da grade, é bastante fácil de detectar visão turva ou distorcida. Vale lembrar que a Tela de Amsler não é um substituto para o diagnóstico médico especialista pois ela não permite que as pessoas verifiquem outros possíveis sintomas da DMRI.

 

As causas exatas de ambos os tipos de DMRI não estão completamente esclarecidas. No entanto, a genética, dieta, tabagismo, luz solar intensa, doença cardiovascular e hipertensão arterial são considerados como possíveis fatores de risco para a doença.

 

Os pesquisadores estão descobrindo que a genética parece ser um fator importante em mais de metade dos casos de DMRI. Em março de 2005, três grupos de pesquisas independentes, incluindo um financiado pela Foundation Fighting Blindness (FFB) – descobriram um gene chamado Fator de Complemento H (CFH), que parece estar ligado a pelo menos 50% de todos os casos de DMRI. Antes desta descoberta marco, pesquisadores financiados pela FFB descobriram outros genes que pareciam estar ligados a doença, embora estes genes foram implicados em um número menor de casos do CFH.

 

As pessoas com DMRI podem minimizar os impactos da Baixa Visão com a ajuda de  lupas e lentes especiais, telas que aumentam letras pequenas, programas de voz para texto de computador, além de uma série de outras Tecnologias Assistivas. Especialistas em baixa visão também podem ajudar os indivíduos a se adaptarem às atividades diárias.

Referências:

The Foundation Fighting Blindness (FFB) , acessado em janeiro de 2012. Para mais informações, acesse o site da instituição.

Materias para download

Assista à live sobre REABILITAÇÃO com depoimento de uma pessoa com DMRI


I Seminário Virtual da Saúde Ocular: DMRI - Doença Macular Relacionada à Idade

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