Informações importantes sobre as pesquisas científicas trazidas do 20º Congresso da Retina Internacional


Caro Afiliado,

Compartilhamos com você o Relatório da Dra. Juliana Sallum do nosso Comitê Científico  que participou como representante da Retina Brasil  no 20º Congresso da Retina Internacional que aconteceu na   Nova Zelândia no perídio de 07 a 11 de fevereiro  de 2018. Esse relatório contem informações importantes trazidas desse  Congresso sobre as principais  pesquisas científicas que buscam tratamentos para as doenças degenerativas da retina.

 

A Retina Internacional é uma importante associação que reúne cerca de 40 entidades nacionais de pacientes com problemas de retina e de visão. A cada dois anos ela realiza seu Congresso Internacional, reunindo cientistas de varias partes do globo, que trazem para os pacientes e familiares interessados, as ultimas novidades na pesquisa genética, celular, nanoeletrônica, visando o tratamento de doenças da retina ainda incuráveis.

A Retina Brasil sempre participa deste evento, e o considera de suma importância para esclarecer sua comunidade sobre os avanços científicos, para criar laços mais fortes com as associações internacionais que fazem parte da Retina Internacional e para o seu fortalecimento institucional.

Cordialmente,
Maria Julia Araújo
Retina Brasil
contato@retinabrasil.org.br
 
 

Congresso Mundial Retina Internacional 2018

Auckland – Nova Zelândia

Relatório

Profa Dra Juliana M Ferraz Sallum

Neste mês de fevereiro de 2018 tive a oportunidade de participar do Congresso Mundial Retina Internacional 2018. Aconteceu na Universidade de Auckland, Nova Zelândia. E foi organizado pelos Professores Stuart McCutcheon e Professor Andrea Vincent, pelo Grupo Retina Nova Zelândia e encabeçado pelo Presidente Fraser Alexander além da Sra Christina Fasser, Presidente do Retina Internacional.

Nos dois primeiros dias representantes dos Grupos Retina de mais de 30 países se reuniram para trocarem idéias e se atualizar em um Programa de Educação Continuada. Projetos conjuntos foram apresentados e discutidos. Dentre eles foram apresentados os materiais informativos produzidos de forma conjunta sobre Genotipagem das Doenças Degenerativas da Retina. Nos meses anteriores tive a oportunidade de participar da elaboração deste material que explica o que é Genotipagem,  aspectos técnicos e a importância. Este material poderá ser usado nos diversos países quando se objetiva acesso à genotipagem. Este material encontra-se em inglês no site do Grupo Retina Internacional. Além desse planejou-se o Desenvolvimento de material semelhante sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade.

 

Sessão Plenária Congresso Retina Internacional 2018

 

Neste programa de Educação Continuada fui convidada a dar uma aula atualizando o Grupo sobre pesquisas em Degeneração Macular relacionada à idade. Diversas pesquisas clínicas estão em andamento avaliando a utilização de vários medicamentos novos. Alguns medicamentos como o Lampalizumab para minimizar a progressão da DMRI na sua forma seca, mas a grande maioria são medicamentos para tratar a forma úmida. Por enquanto os tratamentos vigentes se baseiam na inibição da ação do VEGF (Fator de crescimento vascular endotelial) pelas drogas antiVEGF presentes no mercado mundial. Apresentei estudos de outras drogas que atuam sobre outros alvos. O medicamento Fovista é um exemplo. Era muito aguardado,  pois tem ação associada anti PDGF , Fator de crescimento derivado das plaquetas, um outro alvo evitando a fibrose da membrana neovascular. Mas nos testes clínicos não se mostrou eficiente para melhorar os resultados do tratamento quando associado ao Lucentis (anti VEGF em uso clinico). Outros estudos avaliam vários medicamentos antiangiogênicos (contra a formação de novos vasos) inclusive em colírio. Além destes discuti estudos que usam terapia gênica para produzir efeito anti VEGF duradouro contra as membranas neovasculares da forma úmida da DMRI.  Se futuramente estas iniciativas se mostrarem eficientes poderão ser tratamentos mais duradouros. Mas teremos que aguardar estes resultados. Apresentei também iniciativas usando células tronco para tratamento de áreas de atrofia do epitélio pigmentado da retina. Os estudos fase I e II demostraram segurança. Neste campo muita pesquisa ainda será necessária para que se obtenham efeitos positivos na visão dos pacientes.

Os dias subsequentes foram de grandes plenárias com pacientes e médicos da Nova Zelândia e de países vizinhos, além dos convidados internacionais e dos delegados dos grupos.

O programa científico neste dia iniciou com uma palestra sobre as Distrofias de Retina mostrando aspectos clínicos pela Profa Dra Elise Héon.  Em sua prática no Hospital Sick Children em Toronto ela examina muitas crianças e ela reforçou a importância da avaliação da criança como um todo, pois nesta idade podem ocorrer casos sindrômicos com comprometimento associados em outros órgãos.

 

Profa Dra Juliana M Ferraz Sallum, Sra Christina Fasser and Profa Dra Elise Héon.

Prof Dr Eric Pierce, de Harvard apresentou os Progressos das Terapias para as Doenças Degenerativas. Focando no desenvolvimento de terapias para Amaurose Congênita de Leber.

A Profa Dra Andrea Vincent revisou os aspectos clínicos de algumas distrofias mais prevalentes na Nova Zelândia e a influencia do efeito fundador nestas populações insulares e geograficamente mais distantes.

Profa Andrea Vincent também apresentou sobre o diagnóstico clínico e a sua importância para guiar o diagnóstico genético.

 

Profa Dra Jean Bennett, Prof Dr Daniel Chung, Profa Dra Juliana M Ferraz Sallum, Sra Christina Fasser and Prof Dr Rene Moya.

Prof Dr Eric Pierce também apresentou como conduzir casos difíceis de genotipagem quando os testes genéticos são inconclusivos ou não encontram nenhuma variante genética que possa estar associada com a doença. O Sequenciamento de Nova Geração (NGS) tem sido a técnica mais utilizada para a genotipagem. Com ela faz se o sequenciamento de um painel de genes. Quando este teste não consegue concluir a genotipagem usam se ferramentas de sequenciamento de maior quantidade de genes, análise de número de cópias de genes e em contexto de pesquisa pode analisar o RNA. A análise de bioinformática se torna bem complexa, mas é possível esclarecer alguns casos.

Prof Alex Hewitt, pesquisador nesta área de terapia gênica, mostrou o potencial da nova ferramenta de edição gênica, CRISPR. A possibilidade cortar e ligar o DNA permite consertar os genes com mutações (variações causadoras de doenças). Por enquanto estes experimentos ocorrem em animais transgênicos e em células iPS. Células iPS são células do indivíduo, em geral coletadas da pele e transformadas em células precursoras da retina. Estas células servem de modelo para estudar como corrigir o erro genéticos dos pacientes. Ele mostrou aplicações desta nova tecnologia em estudos pré clínicos, o que permitirá o uso em estudos em pacientes no futuro.

A Profa Dra Jean Bennett, da Filadélfia, foi quem desenvolveu a terapia gênica para Amaurose Congênita de Leber para o gene RPE65. Nesta palestra ela contou sobre o estudo desde o inicio nos cachorros e depois como foi o estudo clínico, a formação da empresa Spark, até que se tornasse a primeira terapia aprovada para uma doença da retina, o Luxturna.

Profa Dra Jean Bennett também atualizou-nos sobre terapias gênicas em outros genes.

O Prof Dr Daniel Chung da empresa Spark Therapeutics apresentou detalhes do estudo da terapia gênica para a distrofia de retina relacionada ao RPE65. A colocação do nome da doença desta forma permite incluir como candidato ao tratamento pessoas que tem a distrofia de retina de aparecimento precoce ou mais tardio.

Prof Dr Tom Edwards apresentou aspectos da técnica cirúrgica usada na terapia gênica, mostrando os cuidados para a cirurgia submacular e as vantagens de utilização do microscópio com o OCT acoplado, permitindo localizar melhor os instrumentos durante a injeção submacular. Este palestrante vem do grupo de Terapia Gênica do Reino Unido (UK Gene Therapy Trials) que desenvolveu o estudo inicial de terapia genica para coroideremia. Os resultados desta pesquisa de fase I e II foram positivos e permitiram mover a pesquisa para fase III, em vários centros do mundo. O Departamento de Oftalmologia da UNIFESP será um dos locais de pesquisa para coroideremia.

A cirugia robótica apareceu em outras áreas da medicina. Seu uso está sendo avaliado para cirurgia submacular visando aumentar a precisão do procedimento. Um vídeo apresentou o equipamento e seu uso em cirúrgica.

Os assuntos Maculopatia Diabética e Degeneração Macular Relacionada à Idade foram amplamente discutidos por vários palestrantes em sessão específica. Foram mostradas opções de tratamento, subtipos da doença, exames de imagens e análise estatística de Big Data avaliando os regimes de tratamento. Estas informações são importantes para avaliar diferentes tratamentos para estas doenças.

Profa Dra Ilva Rupenthal apresentou os avanços no desenvolvimento de dispositivos de liberação de drogas. Mostrando mecanismos já no mercado como Ozurdex e outros em desenvolvimento.

O renomado Prof Dr Kent Small contou-nos uma longa pesquisa sobre uma distrofia macular chamada Atrofia Areolar Central. Desde aspectos clínicos de famílias que ele acompanhou por anos e a dificuldade de encontrar um gene relacionado a este problema e finalmente nos últimos anos a identificação de um gene relacionado que interfere na formação da mácula dos embriões.

Uma sessão sobre células tronco abordou o uso de células tronco modificadas como modelos de doenças da retina. Isso irá permitir testes pré clínicos, isto é estudos nas células que simulam a retina do paciente antes de irem para os pacientes. Esta sessão partiu desde princípios básicos sobre células tronco até o uso de edição gênica nestas células. Os pesquisadores Alice Pébay e Alex Hewitt foram os responsáveis por estas atualizações.

Dentre as terapias celulares em fase clínica temos as terapias que implantam células derivadas do EPR (epitélio pigmentado da retina) em pessoas com grandes áreas de atrofia macular. E mais recentemente o Teste Clínico do ReNeuron. Neste caso as células usadas são precursores de células fotorreceptoras.

A visão artificial mereceu uma sessão especial. A Profa Dra Penny Allen mostrou o desenvolvimento da uma prótese na Australia,  Bionic Vision Australia. Prof Dr Tom Edwards mostrou experiência do serviço no implante da prótese subrretiniana de origem alemã. Prof Dr Thiran Jayasundera, de Michigan, apresentou o processo completo de implante da prótese Argus 2. O paciente passa por avaliação pré cirúrgica, na qual o paciente tem que entender bem o procedimento, pois as expectativas de visão tem que estar alinhadas com a possibilidade de alcançar apenas e pequenos ganhos visuais, que na melhor da hipóteses serão em alguns ganhos em algumas  atividades do dia a dia. Vídeos das cirurgias foram apresentados mostrando a complexidade da implantação dos componentes dos aparelhos. E ficou clara a importância da abordagem em equipe, pois após o implante o paciente tem que passar por treinamento em especialistas para regular o sinal do aparelho e aprender a interpretar o que ele está enxergando. Houve avanços nos últimos anos, mas ainda tem que ficar claro para os pacientes que a visão recuperada é baixa. Portanto aplica-se apenas a pacientes que tem apenas percepção luminosa, mas que não conseguem usá-la mais para deambulação.

A associação “The Blind Foundation“ da Nova Zelândia apresentou perspectivas da reabilitação visual e políticas a esse respeito. Aspectos sobre reabilitação infantil foram apresentados Em palestras subsequentes.

Tecnologias assistivas para leitura e para permitir independência dos pacientes foram apresentados por Rob Drummond da Quantum RLV

O uso de celulares com acessibilidade foi apresentado pelo Sr Matt Rudland

Palestras sobre vida sem limites e como dar apoio para as pessoas viverem as vidas que eles escolherem fez parte do foco dos aspectos abordados pela equipe da “The Blind Foundation”. Discussões sobre independência e autodeterminação mostraram que as barreiras podem não ser instransponíveis. Liderança em um mundo visual. Viajando mesmo com perda visual. Participaram deste painel várias pessoas, dentre elas alguns dos participantes dos grupos Irlanda – Avril Daly, Nova Zelândia – Fraser Alexander.

E o evento terminou com uma revisão do Prof Dr Gerald Chader sobre os novos conhecimentos.

O Congresso foi encerrado pela Sras Christina Fasser e Avril Daly ambas da Retina International e pelo Sr Fraser Alexander da Retina Nova Zelândia.

O Grupo Retina da Islândia fez o convite para o próximo Congresso em 2020 em Reykjavik, Islândia.

 

20º Congresso Mundial da Retina Internacional

Auckland, Nova Zelândia, 10 e 11 de fevereiro 2018.

Organizado pela Retina Internacional e Retina Nova Zelândia este congresso  destina-se  a pacientes com doenças degenerativas da retina e suas famílias, oftalmologistas,  geneticistas e profissionais de baixa visão.

O Congresso vai tratar de terapia genética para doenças hereditárias da retina, terapia celular, medicina regenerativa, implantes retinianos, e novos medicamentos que estão para ser aprovados. Também abordará questões de acessibilidade para pessoas com baixa visão e os tratamentos que estão para acontecer para a Amaurose Congênita de Leber RPE 65.

Há um grupo de jovens se articulando para participar do Congresso.
Para mais informações de como participar do Congresso acesse:
http://retina2018newzealand.com
Ou contato por email:   a.crawshaw@auckland.ac.nz
A Retina Brasil vai participar deste Congresso e trará informações sobre as novidades  ali apresentadas. Aguarde.
Cordialmente,
Maria Julia Araújo
Retina Brasil
e-mail: contato@retinabrasil.org.br

Retina Iberoamérica

A Retina Brasil esteve presente na reunião, que aconteceu em Santiago do Chile, no dia 28 de outubro de 2017, que junto com outras entidades decidiram criar a Retina Iberoamérica. Iniciativa, a qual se encontra em conformidade com a Retina Internacional e é composta por organizações de pacientes com distrofias da retina de distintos países da região, que representa.

Nesta reunião, estavam presentes também Christina Fasser, presidente da Retina Internacional, e representantes de associações de pacientes com distrofias da retina da Argentina, Chile e Espanha.

Os objetivos desta organização são os seguintes:

  • Promover o acesso ao diagnóstico correto e oportuno
  • Incentivar a busca de tratamentos para as doenças da retina
  • Promover o acesso aos medicamentos e aos tratamentos para as patológicas que os possuem
  • Estimular o acesso à reabilitação visual
  • Promover a criação de novas organizações de pacientes na região e incentivar sua futura associação como membros da Retina Internacional
  • Oferecer apoio e suporte aos pacientes e aos familiares
  • Criar e divulgar material informativo e pertinente para pacientes e profissionais acerca das diferentes patologias da retina

A Retina Brasil acredita que esta iniciativa vai fortalecer ainda mais a luta pela causa.

ADJ Diabetes Brasil e Retina Brasil promovem Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo sobre Retinopatia em 10 de novembro de 2017.

O Brasil já conta com cerca de 16 milhões de pessoas com diabetes, 106.600 mortes por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. De acordo com um estudo da USP publicado em 2014, 77% das pessoas com diabetes tipo 2 não aderem ao tratamento, o que reflete em mais de R$92 milhões de gastos do governo com complicações da condição.

No dia 10 de novembro, às 14h, haverá a audiência pública Retinopatia Diabética: a saúde dos seus olhos depende do controle do diabetes, que ocorrerá no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Neste dia haverá também teste de glicemia e orientação do diabetes a todos que participarem do evento. Com a parceria da Retina Brasil, a ideia é chamar a atenção para a dificuldade do diagnóstico e das complicações do diabetes.

A intenção é promover um espaço de diálogo das autoridades e das organizações da sociedade civil para que sensibilizem a comunidade sobre a prevenção, as complicações e tratamento da retinopatia diabética, e no final consigam incentivar discussões de políticas públicas para melhorar o acesso ao tratamento adequado da retinopatia diabética.

Compareça  Sua participação é de suma importância.
Maria Julia Araujo
Retina Brasil
Nossos contatos – contato@retinabrasil.org.br  – (11) 99402-7584 WhatsApp

COMUNICADO DA RETINA BRASIL E DA RETINA INTERNACIONAL NO DIA MUNDIAL DA RETINA – 30 DE SETEMBRO DE 2017

No Dia Mundial da Retina, sábado, 30 de setembro de 2017, a Retina Internacional, a Retina Brasil e  outras 40 organizações associadas, estão  lançando o ALERTA DAS DOENÇAS  OCULARES RARAS  para as entidades a ela ligadas, de caráter nacional ou regional.

Entendemos que chegou a hora de lutar  de  forma efetiva para que haja acesso de todos aos serviços de genotipagem para doenças hereditárias da retina e para as doenças oculares raras.

Com o surgimento dos testes clínicos que levarão a  tratamentos para as diversas  formas de doenças hereditárias da retina e doenças oculares raras, torna-se  essencial que pacientes, médicos e todos os envolvidos com políticas de saúde,  entendam a importância de se identificar o  gene que  afeta cada paciente e sua família. Esta informação dá mais clareza sobre a forma como a doença vai progredir ao longo da vida do paciente ou vai passar a outras gerações, permitindo ao paciente fazer escolhas de vida com base nessas  informações. O teste genético também é essencial para permitir o acesso do paciente aos testes clínicos e terapias que daí resultarem. Além disso, vale destacar que o diagnóstico genético pode ter um importante impacto  na descoberta e na inovação no campo da genética.

Uma pesquisa da  Retina Internacional  sobre a acessibilidade aos  testes genéticos para doenças hereditárias da retina, realizada junto aos pacientes de vários países,  mostrou que a maioria dos pacientes entrevistados está tendo acesso à genotipagem. Dentre os 62% que responderam que passaram pelo teste genético, 53% afirmaram que este acesso à genotipagem resultou de sua participação em um projeto de pesquisa.. 7% afirmou ter obtido genotipagem gratuita através do sistema nacional de saúde do seu país. Preocupa a Retina Internacional constatar, através da pesquisa, que 66% dos entrevistados aguardam mais de um ano para obter os resultados da genotipagem.

Foi surpreendente constatar na pesquisa que dos 62% entrevistados que fizeram genotipagem,  14% chegaram ao teste clinico através de recomendação de  oftalmologistas. Que 3,3%  fizeram genotipagem por indicação de um médico de família (clinico) e que 1% teve a recomendação do teste genético vinda de um optometrista.  Esses dados preocupantes  evidenciam que há uma falta de conscientização entre os  médicos e profissionais da visão sobre a importância do teste genético para as doenças hereditárias da retina e para as doenças oculares raras.

Cerca de 90% dos pacientes entrevistados afirmaram que sua associação de pacientes local  forneceu ajuda para que tivessem acesso ao  teste genético.

A comunidade  global de pacientes com doenças da retina, representados na voz da Retina Internacional,  manifesta sua preocupação com os números levantados por esta pesquisa, e se mostra frustrada pela falta de acesso dos pacientes aos serviços de genotipagem. Constatamos que são os projetos de pesquisa – e não os serviços de saúde –  que vêm fazendo os diagnosticos genéticos e o aconselhamento genético que se segue à genotipagem. Essa situação  não pode continuar.

Para combater a falta de conscientização sobre esta questão fundamental, a Retina Internacional, com o apoio de seus membros, desenvolveu um  Manual de  Informações sobre testes genéticos on-line  para informar  os pacientes, médicos e  profissionais da visão sobre o que o teste genético significa, os diferentes tipos de testes e a importância de um diagnóstico genético. Através da disponibilização deste site na internet, de uso fácil, esperamos que os pacientes com doenças hereditárias da retina e suas associações possam reivindicar,  junto aos que desenvolvem politicas de saúde  em seus países, acesso  aos testes genéticos pelos serviços públicos e pelos planos privados de saúde.

A Dra. Juliana Sallum, oftalmologista e geneticista de São Paulo, Brasil, membro da Comissão Cientifica da Retina Internacional, contribuiu para esta iniciativa.  Ela afirma:  “Os testes genéticos são importantes por três razões:  primeiro porque o diagnostico preciso do subtipo da distrofia retiniana auxilia os médicos a compreender melhor as doenças e a melhorar o cuidado para a doença específica. Em segundo lugar, o teste genético  aumenta a confiabilidade do aconselhamento genético para o paciente e para sua família.

Em terceiro lugar, ainda que não haja tratamento disponível para as doenças hereditárias da retina, há testes clinicos  buscando tratamentos para casos específicos, com base nas variações patogênicas de genes específicos. Assim, o conhecimento do genotipo do paciente, permite que ele seja incluído em um dos testes clínicos em andamento”.

A Presidente da Retina Internacional, Christina Fasser afirmou que “ Desde 1978 a Retina Internacional  vem liderando a luta dos pacientes com doenças degenerativas da retina para que sejam acelerados a pesquisa, o desenvolvimento de terapias e o acesso delas ao mercado.  Nossa organização tem uma abordagem pluralista junto a diversos setores (comunidade cientifica, profissionais de saúde, pacientes e laboratórios)  com vistas a desenvolver ferramentas informativas que  auxiliem seus membros, pacientes e profissionais médicos a obterem informações sobre genética e genotipagem para que compreendam assuntos que tem grande complexidade. Esperamos que o Manual sobre Testes Genéticos para Doenças Oculares Raras e Doenças Hereditárias da Retina,  disponivel na internet a partir  do dia 30 de setembro de 2017 , possa ajudar  os pacientes e suas associações a lutar  para maior acesso aos serviços de genotipagem a fim de obterem um diagnóstico preciso e os cuidados que eles merecem.

No Dia Mundial da Retina 2017 a Retina Internacional lança o Alerta para as Doenças Oculares Raras e as Doenças Hereditárias da Retina.  É hora de trabalhar em conjunto para melhorar o acesso aos Serviços de Genotipagem para todos os afetados por essas condições.

 
Para mais informações busque
Retina Brasil   www.retinabrasil.org.br
Retina International   www.retina-international.org
Email:  avril.daly@retina-international.org
               mariajulia.araujo@retinabrasil.org

Retina Rio comemora o Dia Mundial da Retina com evento no IBC

23 de Setembro de 2017(sábado),  das 9h às 13h
Local: IBC-INSTITUTO BENJAMIM CONSTANT  – Auditório
Endereço: Av. Pasteur, nº. 350/368, Urca – Rio/ RJ  www.ibc.gov.br
 
PROGRAMA:

HORÁRIO TEMA PALESTRANTE
9h15 ABERTURA DO EVENTO Maria da Gloria Almeida(IBC);
Gilzete Magalhães( Retina Rio);
Maria Julia Araujo(Retina Brasil)
9h30 às 9h45 APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA Maria Antonieta Leopoldi (Retina Rio)
9h45 às 10h CAMPANHA DA BENGALA VERDE Gilzete Magalhães, Coordenadora do  Retina Rio
10h  às 10h30 A GENETICA DAS  DOENÇAS  DEGENERATIVAS  DA  RETINA – o que todo paciente deve saber Dr. Eduardo Silva, Oftalmologista e Geneticista, Coimbra, Portugal
10h30 às 10h50                     Perguntas  
10h50 às 11h10 A iniciativa do GRUPO JOVEM no RETINA RIO Ana Cristina Vaz e irmãs
11h10 às 11h30                    Sugestões da platéia para essa iniciativa  
11h30 às 12h DO CONSULTÓRIO À GENOTIPAGEM – Como o diagnóstico das doenças da retina pode se enriquecer a partir da genotipagem Drª Rosane Resende (Comitê Científico do  Retina Rio/Retina Brasil)

12h às 12h30       Perguntas                                      

12h30 às 13h

ENCERRAMENTO e CONFRATERNIZAÇÃO com LANCHE  

 
– Este evento é GRATUITO e não necessita de inscrição
Cordialmente,
Gilzete Maria Magalhães e Maria Antonieta P. Leopoldi
Coordenadoras do Grupo RETINA RIO
Rua Senador Vergueiro, nº. 159/ 801
Flamengo
22230-000-RIO DE JANEIRO, RJ
Tel: (21)2553-3132/ 2594-8512
e-mail: gruporetinario@gmail.com

Retina Campos comemora o Dia Mundial da Retina com várias atividades.

Para comemorar a Semana  Mundial da Retina, o Retina Campos  está programando muitas atividades.  A Semana Mundial da Retina será aberta com uma  atividade na Câmara Municipal de Campos, no dia 22 de setembro. Divulgação da Semana Mundial da Retina será feita em  Festivais que acontecem na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ nos dias 23 e 24 de setembro. O Retina Campos participará também das atividades locais ligadas ao Mês do Idoso, com palestras de um endocrinologista nos dias 25 e 26  de setembro, no Centro do Idoso. Haverá também um trabalho do Retina Campos nas escolas da cidade, através do Programa Saúde nas Escolas. “

“O que a gente quer é identificar nos alunos possíveis problemas que podem, inclusive, atrapalhar na aprendizagem e ainda problemas de saúde que no futuro podem levar à cegueira”, destacou Sylvia Elizabeth Peixoto, diretora do Retina Campos. A entidade fará uma ação conjunta com a secretaria de Educação Municipal  e o Programa Saúde na Escola, com uma ação especial voltada para a área oftalmológica.

Encontro Anual de Pacientes

Caro Afiliado,

A Retina Brasil e Retina São Paulo convidam você e a participar do Encontro Anual de Pacientes que acontecerá no dia 30 de setembro próximo, das 09:00 as 13:00 hs na Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí 100, Centro, 1º Andar, Sala Prestes Maia, São Paulo. Este encontro está ligado ao Dia Mundial da Retina, comemorado em varias partes do mundo pelas associações de pacientes com distrofias da retina.

Nesse encontro serão tratados temas como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) pelo Dr. Mauro Goldbaum, Retinopatia Diabética pelo Dr. André Gomes. A Dra. Juliana Sallum, especialista em distrofias hereditárias da retina e membro do Conselho Cientifico da Retina Brasil, falará sobre os  resultados das pesquisas visando tratamento para doenças como: Retinose Pigmentar, Stargardt. Síndrome de Usher, Amaurose  Congênita de Leber e demais doenças degenerativas da retina de caráter hereditário. Contaremos também com a presença de Perla Mayo da Argentina que abordará temas sobre baixa visão e a Bengala Verde.

O objetivo desse encontro é compartilhar informações sobre um momento muito importante que estamos vivendo, em relação aos avanços das pesquisas científicas, principalmente no campo da genética, eletroestimulação, olho biônico e  células tronco.

O evento é gratuito e inscrições antecipadas podem ser feitas no link abaixo

http://www.retinasp.org.br/eventoanual

Este será um momento  importante para conhecer mais sobre as doenças da retina, para troca  experiências e confraternizar  com outros pacientes
Compareça!!
Retina Brasil
contato.retinabrasil.org.br
Grupo Retina São Paulo
atendimento@retinasp.org.br

PRIMEIRO ENCONTRO DOS GRUPOS RETINA BRASIL E RETINA MINAS


CONVITE

 

Retina Brasil e Retina Minas convidam você e sua família a participarem da reunião de pacientes que acontecerá em Belo Horizonte. O evento terá a palestra da Dra. Fernanda Belga Ottoni Porto, oftalmologista especialista em retina, que abordará temas como: 1) Doenças Degenerativas da Retina: o que são, pesquisas científicas visando futuros tratamentos; 2) Genotipagem: O que é genotipagem e a sua importância para o diagnóstico das doenças degenerativas da Retina 3) Terapia genética como uma das possibilidades de tratamento futuro.

 

D A T A:       19/08/2017, das 09:00 às 11:30h

L O C A L     Mercure Belo Horizonte Lourdes Hotel

                      Av. do Contorno, 7315 – Bairro Lourdes – Belo Horizonte/MG

 

Teremos  a  oportunidade de ouvir representantes da Retina Brasil e da Retina Minas apresentando temas como:

  1.            O que é a Retina Brasil;
  2.            A importância dos Grupos de Pacientes;
  3.            Fortalecendo a Retina Minas;
  4.            Projeto Bengala Verde.
  5.            Depoimento de paciente – Vencendo barreiras (Liliane Camargos)

 Este será um momento importante para compartilhar experiências e confraternizar com outros pacientes. Você poderá aprender e trazer suas dúvidas sobre as doenças degenerativas da retina. Pacientes com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia diabética poderão ouvir explicações sobre suas doenças e sobre tratamentos existentes para essas patologias. Serão abordadas questões ligadas à reabilitação, prevenção de doenças da visão e  qualidade  de vida para quem tem baixa visão.
O evento é gratuito e inscrições antecipadas podem ser feitas no link

https://goo.gl/forms/3kZJEOqZ74OcoDKN2

 
Informações:
Retina Minas  WhatsApp (31) 99625-1311  gruporetinaminas@gmail.com
Maria Antonieta Leopoldi  Tel (21) 2553 3152
Retina Brasil  Tel (11) 5549.2239   contato@retinabrasil.org.br

Compareça!

Maria Julia Araújo (Retina Brasil) Sandra Diniz  (Retina Minas)
Dra. Fernanda Belga Ottoni Porto (Oftalmologista e Presidente do Comitê Cientifico do Retina Minas)