JORNADA DA RETINA – DIA MUNDIAL DA RETINA – 28 DE SETEMBRO DE 2013

Vimos convidá-lo para participar do Seminário das Doenças Degenerativas da Retina que acontecerá durante a Jornada da Retina no dia 28 de setembro 2013, das 09:00h às 13:00h, na Câmara Municipal de São Paulo – Salão Nobre  –  Viaduto Jacareí, 100 – Centro/SP.
O evento é gratuito e há necessidade de fazer inscrição antecipada pelo site www.retinabrasil.org.br.

Temas das palestras:
– Doenças Degenerativas da Retina: O que são e perspectivas para o tratamento
– A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Retinopatia Diabética:                                       
O que são – Impacto dessas doenças na vida dos pacientes – Tratamentos existentes.
– “Vivendo com um Novo Olhar”: Recursos existentes que podem ajudar a conviver melhor com perda visual causadas por essas doenças.
– Síndrome do Olho Seco
Participe!!!!
Maria Julia da Silva Araujo
Retina Brasil
Presidente
mariajulia.araujo@retinabrasil.org.br
www.retinabrasil.org.br

III Encontro Latino Americano de Doenças Raras e Medicamentos Órfãos

A Fundação GEISER em parceria com o Instituto Canguru tem o prazer de convidá-los a participar do “III Encontro Latino-americano de Doenças Raras e Medicamentos Órfãos” que será realizado em 28 de setembro de 2013 das 09:00 às 18:00hs na Câmara de Vereadores de São Paulo – Viaduto Jacareí 100, Bela Vista – auditório Prestes Maia, 1º andar.

O evento é dirigido a profissionais de saúde, gestores de políticas públicas, pesquisadores, laboratórios farmacêuticos e associações de pacientes.

Este encontro é um passo fundamental para a identidade regional, a construção de redes, acordos e o compartilhamento do conhecimento de cada um dos países latino-americanos do continente, para a incorporação no cenário internacional, com uma estratégia que permita chegar mais eficientemente aos que convivem com estas enfermidades em nossos países.

Considerando a importância dos temas que serão abordados, contamos ainda com o apoio institucional da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida – SMPED e da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, na realização deste evento.

Os temas abordados neste encontro serão: políticas públicas, aspectos regulatórios, modelos de atenção e diagnóstico, investigação e pesquisa. Tendo em vista favorecer o acesso à informação, a entrada será gratuita porém o número de vagas é limitado. Inscreva-se através do site:

http://www.fundaciongeiser.org/el2013/

Resultados do 17º Congresso da Retina Internacional 2012 – Hamburgo, Alemanha

A IMPORTÂNCIA DE ESTARMOS PRESENTES NO CONGRESSO DA RETINA INTERNACIONAL 

Este foi o 17º Congresso da Retina Internacional. Teve lugar em Hamburgo, Alemanha nos dias 11 a 16 de julho de 2012. A ele comparecemos como representante da  Retina Brasil, entidade que congrega os grupos regionais do RJ, de SP, de MG e do Ceará. Tivemos atividades administrativas durante dois dias, um dia de Curso de Educação Continuada, de caráter informativo, centrado nos Testes clínicos em andamento para tratar das diversas doenças degenerativas da retina. Nos dias 14 e 15 de julho aconteceu o Congresso da Retina Internacional, aberto ao publico.  Neste ano contamos com a presença de seis brasileiros, três deles oftalmologistas do Comitê Científico da Retina Brasil. Dra Fernanda Porto do Retina MG, Dra. Juliana Sallum do Retina SP e Dra. Rosane Resende do Retina RJ   Nossa participação no Congresso só foi possível graças ao apoio de  nossos parceiros, laboratórios Bayer e  Novartis e das  doações de vários membros do Retina, que cobriram os gastos com a viagem.

Conteúdo das palestras:

Grande parte do Congresso foi voltado para as várias alternativas de pesquisa em andamento para tratar as distrofias hereditárias da retina como a Retinose Pigmentar, a doença de Stargardt, as síndromes de Usher e de Bardet Biedl, a Degeneração Macular Relacionada à Idade, DMRI, entre outras

Foi importante ouvir dos pacientes da Europa e dos Estados Unidos, que se submeteram aos testes clínicos as suas experiências.  O teste clinico foi tratado tanto do ponto de vista do pesquisador envolvido com a busca do tratamento como do ponto de vista do paciente que se submete a um experimento que contém riscos e não promete melhora.  As questões éticas que dizem respeito aos testes clínicos foram tratadas em várias palestras de pacientes.

O representante da Fundação de Combate à Cegueira dos Estados Unidos fez uma avaliação dos testes clínicos em andamento em varias partes do mundo. Falou-se da tecnologia hoje disponível para o diagnostico genético, o Sequenciador de Ultima Geração, considerado o equipamento mais avançado para fazer diagnóstico genético, e que já está sendo usado para diagnóstico molecular em São Paulo, fazendo o sequenciamento genético de pacientes com degeneração retiniana. Vimos vários exemplos de organização de pacientes se mobilizando para motivar pesquisadores para novos testes clínicos, como por ex.

  • Iniciativa Usher III  – que é um cadastro de pacientes com Usher do tipo III que está se reunindo para  formar uma base de estudo para teste clinico
  • a iniciativa da associação  de pacientes da Alemanha, a Pro Retina Alemanha, que tem um grupo de voluntários no Departamento de Oftalmologia da Universidade de Bonn, que trabalha um dia por semana no atendimento, orientação e apoio aos pacientes atendidos na Clinica de Oftalmologia da Universidade.
  • O cadastramento dos pacientes por grupos de doenças, com orientação de coleta de documentação, formação de arquivo, elementos que são fundamentais para um teste clinico – a historia clinica do paciente.
  • Foram relatadas também várias ações de entidades europeias em defesa dos direitos dos pacientes em agencias reguladoras como a EMA – Agencia de Medicamentos da Europa e na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

 

Estas ações  de pacientes mostram que já há uma mobilização em direção aos testes clínicos, independente da motivação dos pesquisadores. Os pacientes se preparam formando grupos,  refletindo sobre os procedimentos éticos de um ensaio clinico, desenvolvem atividades diferenciadas como livros  informativos, aconselhamento e apoio dentro de hospitais como em Bonn na Alemanha e desenvolvem atividades de captação de recursos e de busca de viabilização dos testes clínicos almejados. Estes grupos aproximam-se dos governos, influem nas políticas publicas e se tornam cidadãos ativos  na busca de seus interesses como pacientes.

É promissor volume de testes clínicos em andamento para doenças como a
Amaurose Congenita de Leber –  com testes nos Estados Unidos, Grã Bretanha e França,
Doença de Stargardt – terapia genética e terapia de células tronco,
Usher 1b,
Coroideremia (Grã Bretanha),
Gene MERKT da Retinose Pigmentar.
 

Houve também informes sobre terapia celular, prótese retiniana (ao todo são 20 grupos no mundo fazendo pesquisa do olho eletrônico, dois deles em estado mais avançados), terapia com uso de nutrientes, acupuntura com eletroestimulação, terapia hiperbárica, com uso de oxigênio e o uso de algas para o estimulo de células da retina que estão sendo testadas em Israel. A correção optogenética, em que se coletam células da retina de um paciente, corrige-se estas células em laboratório e se implanta estas células de volta na retina é outra novidade dos ensaios clínicos que será aqui relatada.

 
Falou-se também na complementaridade dos testes clínicos: pacientes que estão sendo testados com uso de medicamentos poderão participar de outros testes no futuro. Pacientes que se submetem a implantes, como terapia da célula encapsulada ou olho eletrônico talvez fiquem impedidos de testarem a terapia genética ou a terapia de célula tronco enquanto estas forem apenas ensaios.  Esta é uma pergunta que sempre fizemos aos cientistas e que começa a ganhar respostas.

Sobre os medicamentos, ainda estamos falando de futuro, de testes. Somente a Degeneração Macular Relacionada à Idade, a DMRI do tipo exudativa, tem tratamento hoje em dia com medicamentos. Mas sabemos cada vez mais que certos nutrientes e certas medidas preventivas que o paciente pode ir tomando em sua vida, sob a forma de alimentação, exercícios físicos, proteção dos olhos contra a radiação solar e outras atividades ligadas ao bem estar, podem ajudar evitar a progressão rápida das doenças da retina.

Por todas estas informações que trazemos a você, vemos que vale a pena fazer parte desta rede de associações que constitui a Retina Internacional e que a cada dois anos reúne o que há de melhor entre os pesquisadores e os ativistas em prol do paciente com doenças degenerativas da retina. Como disse um palestrante que fechou o Congresso, “ vivemos uma era de grandes promessas”.

O Proximo Congresso da Retina Internacional acontecerá em Paris, França, nos dias 28 e 29 de junho de 2014. Aguarde mais informações no site da Retina Brasil ou da Retina Internacional (  www.retina-international.org).

Maria Julia Silva Araujo

  Presidente da Retina Brasil

Maria Antonieta Leopoldi

Vice-Presidente da Retina Brasil

Olhos para a Cidadania

Olhos para a cidadania

Durante a 36ª SIMASP, no dia 9 de março das 10hs30 às 12hs30, será realizado o programa ‘Olhos para a Cidadania’, que discutirá protocolos clínicos aplicados à pacientes com DDR.
Caro afiliado,
logomarca retina são paulo
Reencaminhamos abaixo, convite dos coordenadores do Painel “Olhos para a Cidadania 2013”, Drª.Profª Juliana Sallum e Dr. Prof. Mauro Campos do Instituto da Visão  da UNIFESP, que neste ano discutirá questões importantes sobre os protocolos clínicos que estão sendo aplicados à pacientes com doenças degenerativas da retina.  Observem também abaixo o e-mail correto para efetuar as inscrições:
                                 retinasp@retinasp.org.br
Participem, pois será uma grande oportunidade de conhecer os resultados alcançados até aqui e dirimir dúvidas sobre o avanço das pesquisas em andamento, que visam ao tratamento e cura para essas doenças nos seguintes campos: células tronco, terapia gênica e visão artificial.
O tema “Importância da genotipagem das doenças genéticas oculares”será abordado pelo Dr. John Chiang (dos Estados Unidos) e teremos a oportunidade única de ouvir o Dr. Mark Pennesi cientista americano envolvido com o protocolo de tratamento por terapia gênica e celular para distrofias da retina – palestras com tradução simultânea.
O evento será gratuito e há, contudo, necessidade de fazer inscrição antecipada. As inscrições deverão ser feitas até 07.03.2013, impreterivelmente, por envio de e-mail para retinasp@retinasp.org.br, informando no assunto: Olhos para a Cidadania – Inscrição, e no corpo do e-mail as seguintes informações: nome completo, telefone para contato e doença.
No local do evento você poderá contar com a ajuda de voluntários do Grupo Retina São Paulo para direcioná-lo à sala de palestras e retirada dos fones para tradução simultânea (para retirada dos fones é obrigatória a apresentação de documento de identidade).
Dúvidas entrem em contato na sede do Grupo Retina São Paulo fone: 5549.2239.
 Maria Julia da Silva Araujo
Grupo Retina São Paulo – Presidente

SIMASP 2013

Olhos para a Cidadania

Medicina Translacional
Protocolos clínicos aplicados à pacientes
com doenças degenerativas da retina

 Dia: 9 de março de 2013   das 10h 00 às 12h30
Local: Maksoud Plaza Hotel – Sala Rio de Janeiro
 Alameda Campinas, 150 – São Paulo SP. Estação Trianon MASP do metrô

  • Abertura: Mauro Silveira De Queiroz Campos
  • Introdução às novas tecnologias: Juliana M Ferraz Sallum
  • Pesquisas utilizando células tronco: Lygia Pereira
  •  Pesquisas sobre células tronco para doenças da retina: Caio Vinicius Saito Regatieri
  •  Visão artificial – Caminhos para aplicação desta tecnologia na reabilitação visual: Rodrigo Brant
  •  Importância da genotipagem das doenças genéticas oculares: John Chiang – (Estados Unidos)
  •  Distrofias de retina primeiros protocolos de tratamento por terapia gênica e celular: Mark Pennesi – (Estados Unidos)
  •  Perguntas e respostas

Para saber mais sobre o evento, por favor, acesse o site da 36ª SIMASP: http://www.oftalmo.epm.br/simasp2013/

29 de setembro – Dia Mundial da Retina

Retina Internacional e Retina Brasil se unem a organizações de todo o mundo para aumentar a consciência sobre as distrofias da retina.
Distrofias hereditárias da retina como Retinose Pigmentar , Síndrome Usher, Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI), doença de Stargardt entre outras continuam sendo importantes causas da perda de visão no mundo.
As distrofias da retina afetam mais de 40 milhões de pessoas no mundo e representam um custo global superior a U$20 bilhões anualmente, o que requer ações rápidas para aumentar a consciência sobre a prevenção, diagnóstico e opções de tratamento.
No Dia Mundial da Retina (29 de setembro), a Retina Internacional, com suas 32 organizções afiliadas e outras organizações líderes em cuidados da visão de 32 países, convidam os pacientes, seus amigos e familiares, os oftalmologistas, os pesquisadores da visão e instituições de financiamento, a pensar em ações que venham acelerar o ritmo das pesquisas visando desenvolver e disponibilizar mundialmente tratamentos seguros e eficazes.
Este é um momento crucial para pacientes, médicos e patrocinadores de pesquisas, uma vez que uma grande quantidade de dados de diagnóstico e de testes clínicos tem a capacidade de alterar o prognóstico para milhões de pacientes que experimentam perda de visão devido à degeneração da retina.
A Retina Internacional sabe, com base em três décadas de atuação como uma organização internacional de pacientes, que o desenvolvimento de programas de diagnósticos efetivos dessas doenças bem como a possibilidade de tratamento das distrofias retinianas depende muito da conscientização e do entendimento dos que lidam com estes problemas, dos pes-quisadores aos tomadores de decisão.
A perda de visão traz consequências devastadoras para a vida diária de uma pessoa, e aqueles que são afetados por doenças da retina muitas vezes sofrem de depressão grave e perda de sua independência. No entanto, todos podemos colaborar para um futuro melhor, evitando a perda de visão.
Em uma recente apresentação realizada no 17º Congresso Mundial da Retina na Alemanha, o pesquisador e Prof. Robert MacLaren, da Universidade de Oxford, resumiu os passos do planejamento de um estudo clínico:
(i) Definição da doença
(ii) Identificação do mecanismo causador da doença
(iii) Identificação do possível tratamento
(iv) Planejamento do teste clínico
(v) Realização do teste clinico
(vi) Determinação do benefício terapêutico
Como podemos ajudar o passo a passo dos estudos clínicos?
Os pacientes podem ajudar na definição da doença, consultando um profissional especiali-zado da área de oftalmologia e fornecendo informações cruciais para a definição de seus fenótipo e genótipo. Podem participar como voluntários ou colaborar na captação de recur-sos para pesquisa. Os familiares são importantes para auxiliar na definição dos tipos genéti-cos de doença e os amigos podem apoiar os pacientes durante o processo do teste clínico. O corpo médico e as autoridades de saúde tem importante papel na garantia de formação especializada e destinação de recursos para a efetiva prevenção, diagnóstico e programas de tratamento.
E por fim todos nós podemos lutar pelos benefícios sociais, econômicos e comunitários que virão como resultado do acesso universal a tratamentos seguros e efetivos para as doenças da retina.
Os serviços de reabilitação e os grupos de apoio podem ajudar significativamente os pacientes que vivem com doenças da retina a tirar o máximo de sua visão remanescente.
“As doenças da retina um dia poderão ser tratadas”, afirma Christina Fasser, presidente da Retina Internacional. “Cada um de nós tem a oportunidade de contribuir para a preservação da visão de milhões de pessoas. Nossa ação pode ser tão simples como fornecer amostras de sangue a pesquisadores, escrever para uma instituição que possa financiar pesquisas ou prover dados para um processo de avaliação tecnológica de saúde”.
Com a campanha “Dia Mundial da Retina 2012”, a Retina Internacional e a Retina Brasil bus-cam contribuir para informar a população brasileira sobre programas de diagnóstico, testes clínicos, tratamentos disponíveis e finstituições de reabilitação e de apoio na luta contra a cegueira relacionada a distúrbios da retina.
Para mais informações sobre a Retina Brasil e Retina Internacional, acesse os sites:
www.retinabrasil.org.br
www.retina-international.org
Sobre distúrbios da retina
Doenças hereditárias da retina como Retinose Pigmentar (RP) são condições que afetam pessoas de todas as idades, da infância a vida adulta e, apesar de serem geralmente de causas genéticas, podem acomenter esporadicamente pacientes sem histórico familiar da doença. Retinose Pigmentar (RP) é parte de uma família de doenças hereditárias da retina que causam degeneração da retina dentro de um período que depende de cada paciente. Quanto maior o tempo sem tratamento, maior a possibilidade de perda irreversível da visão.
São elas:

  • Degenração Macular Relacionada à Idade
  • Retinose Pigmentar
  • Doença de Stargardt
  • Síndrome de Usher
  • Amaurose Cogênita de Leber entre outras

O que é a Retina Brasil
Associação de Pacientes – RETINA BRASIL, é uma organização social sem fins lucrativos, fundada em 2000, que atua em âmbito nacional e tem por objetivo:

  • oferecer apoio ao paciente com doenças degenertaivas da retina,
  • informar o paciente sobre a doença e o desenvolvimento das pesqusias para trata-mento e cura dessas doenças,
  • informar sobre recursos existentes na area de reabilitação,
  • incentivar o desenvolvimento das pesquisas para tratamento e cura,
  • informar e lutar para garantir os diretios desses pacientes.

Mais informações consulte nosso site: www.retinabrasil.org.br

Semana Internacional de Conscientização da DMRI

Semana de Conscientização da DMRI
De 22 a 30/09 ações promovem a conscientização sobre a doença, seus fatores de risco e prevenção.
A AMD Alliance e a Associação de Pacientes Retina Brasil procuram, por meio deste programa, oferecer informações, orientações e recursos aos pacientes, cuidadores e familiares. Com estas ações buscam contribuir para minimizar o sofrimento das pessoas acometidas por esta patologia.

  • O que é DMRI?

A DMRI é uma doença crônica e progressiva. Ela é a principal causa da perda de visão do mundo moderno. As pessoas com DMRI desenvolvem uma diminuição da visão central, que é geralmente usada quando se olha para frente e em tarefas diárias comuns como leitura e dirigir. Em alguns casos, a DMRI progride vagarosamente e as pessoas notam pouca mudança na visão; em outros a doença progride rapidamente e pode levar a perda da visão dos dois olhos. Há duas formas de DMRI: a seca e a exsudativa. A exsudativa é o estágio avançado da doença e geralmente aparece depois da versão seca. Alguns pesquisadores preferem usar o termo atrófica para a seca e neovascular para a exsudativa.

  • Qual é a diferença entre a DMRI seca e exsudativa?

A seca é o estágio inicial da doença e ocorre quando há um dano nas células sensitivas à luz da mácula levando gradualmente a uma visão central embaçada. A exsudativa representa 10% dos casos de DMRI. É um estágio avançado da doença onde vasos sanguíneos anormais crescem embaixo da mácula deixando vazar sangue e fluido. Isso causa uma ruptura e disfunção na retina e leva à diminuição da capacidade visual.

  • Qual é a incidência da DMRI?

Atualmente, aproximadamente 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI. Este dado representa o dobro das pessoas acometidas de Alzheimer. Nos Estados Unidos, 10 milhões de pessoas têm alguma forma dessa doença. A cada ano estima-se que são diagnosticados 200 mil novos casos de DMRI exsudativa.

  • Quais são os fatores de risco da DMRI?

São eles: idade, predisposição genética, fatores ambientais e de alimentação. O maior fator de risco é a idade: ele começa aproximadamente por volta dos 50 anos. Estudos mostram que depois dos 75 anos, a DMRI afeta mais ou menos 40% dos idosos. Tabaco também é um risco significante para a doença.

  • Quais são os sintomas e sinais da DMRI?

Um dos sintomas mais comuns da DMRI seca é a visão embaçada. Os primeiros sinais são as drusas, que são pequenos depósitos amarelados embaixo da retina que podem ser fragmentos de tecidos deteriorados. Geralmente a DMRI seca precede a exsudativa, mas isso não acontece com todos os pacientes. Ainda não se sabe se ou quando ela progredirá para a exsudativa. Um sintoma comum inicial da DMRI exsudativa é a visão turva de linhas retas. Pontos cegos pequenos também podem ser desenvolvidos quando o paciente está no processo da perda da visão central. Já que a DMRI exsudativa pode causar perda de visão grave e repentina – muitas vezes em semanas ou meses depois dos sintomas iniciais – o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais.

Visão normal
Imagem vista por alguém com DMRI
Imagem vista por alguém com DMRI
 

  • Qual é o impacto da DMRI?

A DMRI traz um impacto para pacientes, famílias e sociedade como um todo. Na verdade, o custo financeiro real da diminuição da capacidade visual no mundo por causa de DMRI foi estimado em 343 bilhões de dólares em 2010. A DMRI exsudativa reduz a qualidade de vida dos pacientes, causando dificuldades em suas atividades diárias e algumas vezes sendo a causa de isolamento social. Pacientes com DMRI exsudativa têm um nível de depressão mais alto que o normal; têm duas vezes mais o risco de morte prematura; têm um risco maior de quedas e fraturas no quadril e, consequentemente, entrada prematura em atendimentos clínicos ambulatoriais. Somente em 2010, os pacientes de DMRI, em conjunto, perderam aproximadamente 6.000.000 de anos de salubridade devido à incapacidade ou morte prematura.

  • Como é tratada a DMRI?

Por enquanto não há terapia com drogas aprovada para a DMRI seca. O National Eye Institute (NEI) do National Institutes of Health nos Estados Unidos descobriram em seus Estudos de Doença do Olho Relacionado à Idade (AREDS) que uma fórmula de alta dose específica de antioxidantes e zinco, reduz significantemente o risco de DMRI avançada e perda de visão associada em alguns pacientes.
Um estudo mais novo chamado AREDS2 está avaliando o papel adicional dos nutrientes, lutein/zeaxantin e ômega-3 ácidos graxos (óleo de peixe), para prevenir a progressão da DMRI. Cientistas da NEI (National Eye Institute) recomendam que os pacientes com grandes drusas em ambos os olhos ou DMRI em estágio avançada em um olho tomem suplementos AREDS. Sugerem também uma dieta saudável com vegetais de folhas verdes e peixe.
Como ainda não há cura para a DMRI exsudativa, o seguinte tratamento é o mais popular e eficaz:
• Terapia anti-VEGF: Este tratamento é baseado no uso de drogas que bloqueiam o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), a molécula que promove o crescimento de vasos sanguíneos anormais e problemáticos na DMRI exsudativa.
Há atualmente dois tratamentos anti-VEGF (Macugen e Lucentis) aprovados pela FDA (Administração de Drogas e Alimentação) nos Estados Unidos. Esses tratamentos são feitos com injeções mensais no olho que estabiliza a perda da visão. Para algumas pessoas, a visão melhora significativamente.
Tratamentos mais antigos, cirurgia a laser e terapia fotodinâmica são usados algumas vezes:
• Cirurgia a laser: Este tratamento usa laser para destruir os frágeis vasos sanguíneos que vazaram. Somente uma porcentagem pequena de pessoas com a DMRI exsudativa podem ser tratadas com a cirurgia a laser, que pode destruir alguns tecidos saudáveis e afetar a visão. O risco de novos vasos sanguíneos serem desenvolvidos depois do tratamento a laser é alto e tratamentos repetidos podem ser necessários. Por causa dessa desvantagem, a cirurgia a laser não é mais tão usada para se tratar a DMRI exsudativa.
• Terapia Fotodinâmica (PDT): Na PDT, a droga injetada no braço vai para os vasos sanguíneos anormais do olho onde uma luz brilha para ativar a droga que destrói os vasos. Essa terapia retarda o grau da perda da visão, mas não há bloqueio ou restauração da visão nos olhos já afetados pela DMRI avançada. Os resultados do tratamento são frequentemente, temporários e os pacientes podem necessitar de tratamentos múltiplos.

  • Há algum novo tratamento para a DMRI exsudativa?

Novas pesquisas sobre a DMRI fornecem esperanças para o futuro e podem até mesmo preencher as necessidades de tratamentos não atendidas até agora. São elas:
• Terapias que permitam um tratamento com freqüência reduzida (ex: poucas injeções, menos visitas ao médico e redução de custos para os pacientes e órgãos públicos)
• Melhora nos métodos de distribuição das drogas (ex: colírios, compostos orais, radiação)
• Terapias que permitam um automonitoramento em vez de visitas frequentes ao médico.
• Terapias com drogas combinadas que melhorem a eficácia e o ônus do tratamento
• Drogas que bloqueiem a doença nos estágios iniciais

 [1] Age-Related Eye Disease Study – Results, National  Eye Institute, US National Institutes of Health. Available at: http://www.nei.nih.gov/amd Accessed on April 5, 2011.

Grupo Retina São Paulo apresenta resultados das pesquisas do Congresso da Retina Internacional

Logomarca Retina São Paulo

Convidamos a todos a participar do 11º Encontro Anual do Grupo Retina São Paulo, que apresentará os resultados das pesquisas para o tratamento das doenças degenerativas da retina como: Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), Retinose Pigmentar, Stargardt, Síndrome de Usher, Amaurose Congênita de Leber e outras de caráter hereditário.
O objetivo do encontro é compartilhar informações e esclarecer dúvidas sobre um momento muito importante que estamos vivendo em relação aos avanços das pesquisas científicas, principalmente no campo da genética, chip eletrônico, células tronco e terapia da célula encapsulada.

  • D A T A : 01/09/2012, das 09h00 às 13h00
  • L O C A L: UNIFESP – Teatro Marcos Lindenberg
  • Rua Botucatu, 862 – 2º andar
  • Estação Santa Cruz do Metrô

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail retinasp@retinasp.org.br ou pelo telefone (11) 5549-2239.

Participe! O evento é gratuito e não há necessidade de inscrição antecipada.

Maria Julia da Silva Araujo
Presidente

Agenda de eventos da Retina Rio 2012

Palestras promovidas pela Retina Rio tratarão dos diversos experimentos clínicos em andamento nos Estados Unidos, Canadá e Europa nos campos da genética, terapia celular, eletrônica. Outros avanços científicos que apontam para futuros tratamentos para as doenças degenerativas da retina serão relatados.

  • 18 de agosto, sábado, 9:30h, na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) – Auditório 111, 11º. Andar, Bloco F – Rua Francisco Xavier, nº. 524 – Maracanã, Rio de Janeiro. Este evento será realizado em parceria com o Núcleo de Educação Especial e Inclusiva-NEEI da UERJ.
  • 15 de Setembro, sábado, 9:30h, na Associação Médica Fluminense-AMF, em Niterói/RJ, na Av. Roberto da Silveira, nº. 123, Icaraí.

Com estes dois eventos, pretendemos levar a informação científica do Congresso aos nossos membros que residem no Rio de Janeiro, Niterói, Região dos Lagos, Serra Fluminense e Norte Fluminense.
Não perca a oportunidade de conhecer os novos tratamentos para as doenças degenerativas da retina que veem por aí e fazer perguntas à especialista recém-chegada do Congresso. Os eventos são abertos e gratuitos. Convidem parentes, amigos e interessados em geral.

Encontro das Regionais da Retina Brasil

Encontros dos grupos Regionais da Retina Brasil

As novidades apresentadas durante o 17º Congresso da Retina Internacional, realizado entre os dias 14 e 15 de Julho de 2012 na Alemanha serão compartilhados nos eventos das Retinas Regionais.

Veja as datas dos encontros regionais:
  • Retina Rio – 18/08, UERJ
  • Retina Minas – 18/08, local a confirmar
  • Retina São Paulo – 01/09, UNIFESP

Para mais informações, entre em contato com as Regionais ou com a Retina Brasil.
Saiba mais sobre o o 17º Congresso da Retina Internacional aqui.