Live! Anvisa aprova primeira Terapia Gênica para tratamento de doença rara da retina

#DescriçãoDaImagem. Imagem de divulgação. A imagem tem ao fundo uma foto de tubos de ensaio com uma representação de um filamento de DNA. Está escrito: "Live! Anvisa aprova primeira Terapia Gênica para tratamento de doença rara da retina. Convidada Profa. Dra. Juliana Sallum, oftalmologista e Geneticista e Profa. Afiliada do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. Sexta-Feria, 07 de agosto de 2020 19h Youtube da Retina Brasil youtube.com/c/retinabrasil" Há uma foto da convidada e a logo da Retina Brasil

Live!

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Anvisa aprova primeira Terapia Gênica para tratamento de doença rara da retina

HOJE, SEXTA-FEIRA ÀS 19H

Assista à Live:

O Luxturna, primeiro tratamento para doença rara da retina foi aprovado no Brasil. Esse tratamento é destinado às pessoas com doença da retina causada por mutações no gene RPE65.

Assista à Live e entenda mais sobre o tema com a Profa. Dra. Juliana Sallum, oftalmologista e Geneticista e Profa. Afiliada do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP.

#retina #luxturna #RPE65 #amaurosecongenitadeleber #retinosepigmentar #ACL #retinabrasil #doençadaretina #doençararadaretina

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Comunicado da Retina Internacional e de seu Comitê Médico Científico sobre COVID-19

#PraCegoVer imagem ilustrativa. Está escrito: "Comunicado da Retina Internacional e de seu Comitê Médico Científico sobre COVID-19 . Orientações para as pessoas que neste momento estão recebendo tratamento com medicamentos Anti-VEGF para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) de forma neovascular (também chamada de exsudativa ou úmida), ou para Edema MacularDiabético (EMD)."

A Retina Internacional apresenta orientações para as pessoas que neste momento estão recebendo tratamento com medicamentos Anti-VEGF para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) de forma neovascular (também chamada de exsudativa ou úmida), ou para Edema Macular Diabético (EMD) .

A maioria das pessoas afetadas por DMRI e EMD tem 65 anos ou mais. No contexto da pandemia do COVID-19, muitos foram aconselhados a ficar em casa e se auto-isolarem, pois pertencem a um grupo de risco. A Retina Internacional entende que este é um momento extremamente difícil para quem vive com grave comprometimento da visão. Há muito medo e infelizmente, muita desinformação está circulando. O que sabemos é que pessoas que já têm doenças pulmonares e cardíacas e outras doenças graves, e em particular aquelas com mais de 65 anos, têm maior probabilidade de sofrer complicações se contraírem a doença trazida pela COVID-19. Os idosos com DMRI e EMD, especialmente aqueles que também têm doenças pulmonares ou cardíacas, devem tomar cuidado extra para minimizar a exposição ao vírus. A Retina Internacional e seu Comitê Consultivo Médico Científico recomendam que você acesse informações de fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Embora a importância do tratamento com medicamento Anti-VEGF em andamento para as pessoas que estão recebendo injeções seja crítica para a preservação da visão e da saúde ocular, as orientações atuais sobre comparecer a consultas variam de país para país e de região para região. Em algumas doenças que acometem a mácula, atrasos no tratamento podem ser realmente aceitáveis do ponto de vista médico; em outras, o tratamento ininterrupto é indispensável. Com isso em mente, o Comitê Consultivo Médico Científico da Retina Internacional recomenda que os pacientes verifiquem com seu oftalmologista ou clínica oftalmológica se haverá alteração na data de uma consulta já marcada ou a ser marcada no futuro. Não assuma que a sua consulta foi cancelada. Caso sua próxima consulta tenha sido adiada, ou cancelada por qualquer motivo, é recomendável que você verifique continuamente sua visão. Teste diariamente cada olho separadamente com a Grade de Amsler, conforme descrito pela Academia Americana de Oftalmologia

A Grade de Amsler (abaixo) é um quadrado simples que contém um padrão de grade e um ponto no meio. Esse design, quando usado corretamente, pode mostrar pontos problemáticos em seu campo de visão.

Use a Grade de Amsler uma vez por dia, todos os dias.

Para usar a Grade Amsler, siga estas etapas uma vez por dia, todos os dias:

1. Usando os óculos que você normalmente usa para ler, mantenha a grade a 30 a 40 cm de distância do seu rosto, com boa luz.
2. Cubra um olho.
3. Olhe diretamente para o ponto central com o olho descoberto e mantenha-o focado nele.
4. Ao olhar diretamente para o ponto central, observe na visão lateral se todas as linhas de grade parecem retas ou se alguma linha ou área parece desfocada, ondulada, escura ou em branco.
5. Siga os mesmos passos com o outro olho.

#DescriçãoDaImaem Tela ou Grade de Amsler
#DescriçãoDaImaem Tela ou Grade de Amsler

Se você perceber que sua visão mudou, por exemplo, se alguma área da Grade de Amsler que estava boa no dia anterior parecer repentinamente mais escura, ondulada, em branco ou embaçada, entre em contato com seu oftalmologista imediatamente.

#PraCegoVer Grade de Amsler exemplificando uma alteração.
#PraCegoVer Grade de Amsler exemplificando uma alteração.

* Esta orientação será revisada regularmente e atualizada conforme as evidências sobre o COVID-19 se tornarem disponíveis.

Dr. E. Zrenner
Presidente do Comitê Consultivo Médico Científico da
Retina Internacional
Zurique / Dublin / Tuebingen, 21 de março de 2020

Traduzido pela Retina Brasil

Acesse o original: http://www.retina-international.org/statement-from-retina-international-and-its-scientific-and-medical-advisory-board-on-covid-19/ 

CÉLULAS TRONCO: COMO FUNCIONA O USO EM DOENÇAS DA RETINA?

#PraCegoVer imagem de uma mão com luva azul clara pinçando um pequeno tubo de ensaio fechado que contém uma substância líquida alaranjada. Está escrito: "Células-tronco aplicadas às doenças da retina" e há a logo da Retina Brasil no canto superior direito.

Todos os anos surgem novas pesquisas que tentam desvendar o uso de células tronco para o tratamento de diversas doenças. Uma das aplicações possíveis seria nas doenças da retina, principalmente as degenerativas, que provocam a total perda da visão.

Esse tipo de tratamento já é considerado o que há de mais moderno na área de oftalmologia, mesmo que ainda faça parte do campo da medicina experimental.

Mas você sabe o que são células-tronco e como elas poderiam ser utilizadas na retina? Continue a leitura e entenda melhor como funciona esse método de terapia.

#PraCegoVer imagem de uma mão com luva azul clara pinçando um pequeno tubo de ensaio fechado que contém uma substância líquida alaranjada. Está escrito: "Células-tronco aplicadas às doenças da retina" e há a logo da Retina Brasil no canto superior direito.
#PraCegoVer imagem de uma mão com luva azul clara pinçando um pequeno tubo de ensaio fechado que contém uma substância líquida alaranjada. Está escrito: "Células-tronco aplicadas às doenças da retina" e há a logo da Retina Brasil no canto superior direito.

CÉLULAS-TRONCO O QUE SÃO? QUAIS SUAS AÇÕES TERAPÊUTICAS?

Existem mais de 200 tipos diferentes de células no corpo humano, que variam conforme sua localização, função e origem. Assim, temos células nervosas, ósseas, musculares, epiteliais, glandulares, entre outras. Todas elas são formadas a partir de um grupo especial, as células tronco.

As células-tronco podem formar/ originar qualquer outra célula do organismo, daí a atenção especial que elas recebem em pesquisas sobre regeneração celular. São divididas em dois tipos distintos:

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS

São as células tronco propriamente ditas, com capacidade de se transformar em qualquer outra por meio da divisão celular. Existem apenas nos primeiros estágios de desenvolvimento do embrião. Ao nascimento, podem restar algumas no cordão umbilical, por isso existe a prática de conservá-lo após o parto.

CÉLULAS-TRONCO SOMÁTICAS

São encontradas em diversos tecidos do corpo, mesmo depois da idade adulta. Diferentemente das células tronco embrionárias, podem se transformar apenas em poucos tipos de células, com capacidade bem limitada. É o caso de células da medula óssea, que se transformam em sanguíneas, por exemplo.

CÉLULAS TRONCO,COMO ELAS PODEM SER USADAS EM DOENÇAS DA RETINA?

O maior conhecimento sobre as funções das células tronco nos últimos anos possibilitou o surgimento de novos tratamentos para as doenças da retina. De modo geral, eles usam duas técnicas diferentes: a terapia regenerativa (reposição celular) e a trófica (resgate funcional).

TERAPIA REGENERATIVA

Consiste na substituição da célula danificada ou morta por uma nova. Esse tipo de terapia é considerado o ideal, pois recupera totalmente a retina. No entanto, só é possível com a utilização de células tronco com alto poder de diferenciação, como é o caso das embrionárias.

TERAPIA TRÓFICA

No resgate funcional, são utilizadas células tronco adultas obtidas da medula óssea, de um dente de leite, do cordão umbilical ou de outra parte do corpo. São células de diferenciação mais difícil, ou seja, possuem capacidade reduzida de se transformar em outras, como as da retina.

No entanto, por diversos fatores, quando inseridas na retina, elas ajudam as células já existentes no tecido a se desenvolverem ou funcionarem melhor, com maior possibilidade de sobrevivência. Por isso, a terapia é chamada de resgate funcional.

É a técnica mais usada atualmente, devido à maior facilidade de se encontrarem células tronco adultas. Ela já é utilizada há mais de 40 anos para o tratamento de doenças hematológicas, como a leucemia.

Na retina, além da disponibilidade, a grande vantagem é que as células não são rejeitadas pelo organismo nem formam tumores, uma das grandes dificuldades no sucesso da terapia regenerativa. Ou seja, é uma técnica bastante segura e reconhecida pela comunidade médica.

O QUE DIZ A CIÊNCIA SOBRE ESSE TIPO DE TRATAMENTO?

Mesmo com os bons resultados obtidos até agora com o uso de células-tronco no tratamento de doenças da retina, ainda há muito o que investigar. Por isso, o assunto é o foco de inúmeras pesquisas, que têm apresentado resultados promissores até agora. Todos elas buscam aumentar a eficácia na recuperação da visão, sobretudo com o uso de células embrionárias.

Em 2011, a empresa norte-americana Ocata Therapeutics realizou o primeiro teste clínico com o uso de células tronco embrionárias oculares humanas. No estudo, foram utilizadas células do epitélio pigmentado da retina, geradas em laboratório a partir das embrionárias.

Dessa forma, eles usaram uma célula já diferenciada, que não possui risco de formação de tumor, como quando se injeta a célula embrionária diretamente na retina. Os participantes do estudo tinham a doença de Stargardt que degenera a mácula em pessoas jovens. Os pacientes conseguiram uma boa recuperação da visão de modo geral.

Outros estudos também têm obtido bons resultados com células tronco embrionárias, inclusive no Brasil. No entanto, a maioria dos tratamentos resultantes apenas funciona em caráter experimental.

Nesses casos, eles ainda não foram aprovados por órgãos governamentais. Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pelos órgãos de classe responsáveis.

Os pacientes também podem optar por participar de estudos clínicos. Uma das últimas etapas no processo de aprovação de um medicamento ou procedimento médico.

Nessas situações, é preciso se certificar de que eles são feitos por instituições respeitáveis, como universidades, e profissionais de confiança. É necessário conferir se o estudo é registrado, assinar documentos de responsabilidade e adotar outros procedimentos legais.

A Academia Brasileira de Oftalmologia defende que as pesquisas com células tronco oferecem resultados promissores. Para ela, esse tipo de terapia pode devolver a visão a muitas pessoas com doenças da retina, da córnea e glaucoma, em um futuro próximo.

Entretanto, acredita-se que ainda seja cedo para falar na efetividade dos tratamentos aplicados na oftalmologia.

Em um comunicado publicado em 2014, o presidente da instituição na época, Rubens Belfort Jr., afirmou que não se deve criar expectativas erradas nos pacientes. Por isso, cobrou uma atitude responsável dos médicos em relação à ética e na aplicação de terapias não comprovadas.

De qualquer forma, todos os estudos com células tronco dão boas esperanças na recuperação parcial ou total da visão de pacientes com doenças da retina. Enquanto a ciência não fornece soluções praticáveis, há de se procurar alternativas de tratamento viáveis e comprovados, com a segurança adequada para os pacientes.

Recentemente, a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia emitiram um parecer sobre o tema, clique aqui para baixar o material.

PROF. DR. ALEXANDRE ROSA

Médico da RetinaPro (www.retinapro.com.br)

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e doutorado em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

Especialista em doenças da retina e vítreo pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Pará.

COMUNICADO

Imagem com os dizeres: "Estudo Night, do laboratório NightstaRx, inciai inclusão de pacientes com COROIDEREMIA no Brasil. SAIBA MAIS". Na metade superior há uma imagem em tons azuis de um olho (lado esquerdo) que observa uma representação clássica do DNA (filamentos duplos em espiral). Os dizeres estão na metade inferior, letras brancas sobre fundo verde claro. A Logo da Retina Brasil aparece à esquerda e acima do texto.
Comunicado importante sobre Estudo Night para pacientes com Coroideremia

O estudo Night patrocinado pelo laboratório NightstaRx iniciou a inclusão de pacientes com Coroideremia no Brasil. Trata-se de estudo multicêntrico que ocorre simultaneamente em outros países. No Brasil, será conduzido pela Profa Dra Juliana M Ferraz Sallum como pesquisadora principal.
 

Imagem com os dizeres: "Estudo Night, do laboratório NightstaRx, inciai inclusão de pacientes com COROIDEREMIA no Brasil. SAIBA MAIS". Na metade superior há uma imagem em tons azuis de um olho (lado esquerdo) que observa uma representação clássica do DNA (filamentos duplos em espiral). Os dizeres estão na metade inferior, letras brancas sobre fundo verde claro. A Logo da Retina Brasil aparece à esquerda e acima do texto.
Imagem com os dizeres: "Estudo Night, do laboratório NightstaRx, inciai inclusão de pacientes com COROIDEREMIA no Brasil. SAIBA MAIS". Na metade superior há uma imagem em tons azuis de um olho (lado esquerdo) que observa uma representação clássica do DNA (filamentos duplos em espiral). Os dizeres estão na metade inferior, letras brancas sobre fundo verde claro. A Logo da Retina Brasil aparece à esquerda e acima do texto.
 

Nesta fase, chamada Night, será feito acompanhamento da “história natural” da evolução da doença. O laboratório planeja uma segunda fase da pesquisa (chamada Star) que estudará terapia gênica como tratamento para coroideremia.

Essa doença degenerativa da retina tem padrão de herança genética ligado ao cromossomo X e, por isso, os homens são afetados. As mulheres da família podem ser portadoras do gene, mas não desenvolvem a doença da mesma forma que os homens.
O estudo incluirá homens com Coroideremia, maiores de 18 anos, com confirmação por teste genético para o gene CHM. Os interessados em participar podem entrar em contato com o Setor de Pesquisa Clinica da UNIFESP.
Contato: luci.pesquisa@gmail.com

 
 

Aprovada Lei que institui o uso da BENGALA VERDE em Campos dos Goytacazes (RJ)

Imagem com os dizeres: "Aprovada Lei que institui o uso da BENGALA VERDE em Campos dos Goytacazes (RJ) O Grupo Retina Campos festeja!". Na metade superior há uma foto de uma Bengala Verde dobrável. A Bengala está semi aberta e possui um roller preto na ponta, ela está sobre um fundo de madeira escura. Na parte inferior estão os dizeres em letra branca sobre fundo verde claro. A Logo da Retina Brasil está na parte superior esquerda.

Foi aprovada, na última quarta-feira, 27 de junho de 2018, o Projeto de Lei 0099/2018, que institui o uso da Bengala Verde em Campos dos Goytacazes (RJ). O Comunicado veio pelo Grupo Retina Campos que divulgou:
“Na sessão de 27/06/2018, foi aprovado o projeto da VEREADORA JOSIANE LIMA BORGES VIANA:
– Projeto de Lei nº 0099/2018 – Institui o uso da “Bengala Verde” como meio adequado para identificar pessoas acometidas de baixa visão e, como instrumento de orientação e mobilidade, na Cidade de Campos dos Goytacazes e dá outras providências.
Eu, Sylvia Elizabeth, e toda a diretoria do Grupo Retina Campos estamos festejando mais essa vitória.”
 

Imagem com os dizeres: "Aprovada Lei que institui o uso da BENGALA VERDE em Campos dos Goytacazes (RJ) O Grupo Retina Campos festeja!". Na metade superior há uma foto de uma Bengala Verde dobrável. A Bengala está semi aberta e possui um roller preto na ponta, ela está sobre um fundo de madeira escura. Na parte inferior estão os dizeres em letra branca sobre fundo verde claro. A Logo da Retina Brasil está na parte superior esquerda.
Imagem com os dizeres: "Aprovada Lei que institui o uso da BENGALA VERDE em Campos dos Goytacazes (RJ) O Grupo Retina Campos festeja!". Na metade superior há uma foto de uma Bengala Verde dobrável. A Bengala está semi aberta e possui um roller preto na ponta, ela está sobre um fundo de madeira escura. Na parte inferior estão os dizeres em letra branca sobre fundo verde claro. A Logo da Retina Brasil está na parte superior esquerda.
 
A Bengala Verde é instrumento de mobilidade que identifica as pessoas com Baixa Visão, trazendo autonomia à seus usuários. Essa ação é fruto da mobilização do Grupo Retina Campos e representa passo importante para a conquista de direitos de todas as pessoas com Baixa Visão. Confira abaixo o texto na íntegra e entenda ainda mais a sua relevância.
 
Para saber mais acesse:

Câmara aprova projeto de lei “Bengala Verde”


http://www.camaracampos.rj.gov.br/legislativo/1501-marcao-anuncia-audiencia-publica-sobre-transporte-publico
 
Sobre a Bengala Verde:
Bengala Verde 
Leia também o texto da Lei na íntegra:
PROCESSO N° 1105/2018/SEC/CMCG
PROJETO DE LEI N° 0099/2018
 
Institui o uso da bengala verde como meio adequado para identificar pessoas acometidas de baixa visão e, como instrumento de orientação e mobilidade, na Cidade de Campos dos Goytacazes e dá outras providências.
 
A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

                                                                                                                                      R E S O L V E:

Art. 1º – Fica instituído na cidade de Campos dos Goytacazes, o uso da “bengala verde”, como instrumento auxiliar de orientação, apoio, mobilidade e de identificação de pessoas diagnosticadas com baixa visão.
Parágrafo único – Considera-se pessoa acometida de baixa visão àquela que apresenta alteração, com restrição de acuidade visual menor ou igual a 20/ 200, e/ou inferior a 30% da visão do melhor olho, ou campo visual (visão lateral) menor que 20 graus, mesmo com o uso de óculos adequados e após ter passado por todos os procedimentos clínicos e/ou cirúrgicos, e utilizado de todos os recursos óticos disponíveis para a melhora da capacidade visual.
Art. 2º – A bengala verde possuirá iguais características a bengala branca em peso, longitude, empunhadura elástica, rebatibilidade, podendo ou não conter na última anilha uma luz de Led a qual facilitará na visão noturna.
Art. 3º – O Poder Executivo dará publicidade para conhecimento da população, por instrumentos e mecanismos necessários à divulgação do uso da bengala verde pelas pessoas diagnosticadas com baixa visão.
Art. 4º – As despesas decorrentes com a execução da presente Lei, correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.
Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 
Sala das Sessões, 17 de maio de 2018, 341º da Vila de São Salvador dos Campos, 183º da Cidade de Campos dos Goytacazes e 366º de criação da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes.
 
JOSIANE LIMA BORGES VIANA

– Vereadora –

 

 

 

J U S T I F I C A T I V A

 

                                                        No corre-corre do dia-a-dia, nem percebemos a presença de uma pessoa com baixa visão. São pessoas que não são completamente cegas, mas enxergam bem menos do que uma pessoa normal; elas possuem menos de 30% da visão no melhor olho. A finalidade deste projeto é de conscientizar a todos sobre as inúmeras dificuldades, que uma pessoa com baixa visão tem, desde a prática de coisas simples como a de reconhecer rostos, ler placas de sinalização, letreiros de ônibus, atravessar ruas, praticar esportes, cozinhar, dirigir, assistir televisão, tem este projeto também, a finalidade de se identificar estas pessoas e distingui-las das que não enxergam de forma alguma, as pessoas cegas. Para essas pessoas a vida não é nada fácil numa cidade como Campos dos Goytacazes.
Estas pessoas frequentam escolas muitas vezes não preparadas ou trabalham com ferramentas nem sempre adequadas e, em alguns casos a claridade ou a falta dela, ainda atrapalha e muitos desconhecem o que é profundidade ou visão periférica. Ocorre, ainda, por vezes, de serem confundidas com pessoas acometidas de problemas mentais, quando demoram um pouco mais para tomar alguma decisão simples, como escolher um alimento em um buffet por quilo, por exemplo. Ou, são confundidas com pessoas cegas, por estarem utilizando uma bengala branca. Aliás, o fato de utilizarem uma bengala branca pode até causar outro problema maior a elas, sendo difícil, complicado e cansativo ter que dar explicações que a baixa visão permite executar algumas tarefas, porém, não permite executar outras. As pessoas com deficiência visual, cegas ou com baixa visão, enfrentam inúmeras dificuldades no cotidiano. Contudo, as com baixa visão, em particular, enfrentam dificuldades por viverem em um estado ambivalente no qual não há nem ausência nem presença total de visão, o que gera confusão, desconfiança, situações constrangedoras e discriminação, tanto por pessoas que enxergam quanto por pessoas cegas.
São inúmeras experiências vivenciadas por pessoas que buscam autonomia, independência e reconhecimento em uma sociedade que, por sua vez, ainda não as identificam como parte de um grupo de pessoas com deficiência visual. Isso com base, inclusive, na concepção errônea de que todos os usuários de bengala são cegos, sendo que a grande maioria das pessoas com baixa visão também precisam desse instrumento para a orientação, mobilidade e segurança. Em 1996, justamente para enfrentar essas dificuldades específicas do universo da baixa visão, a professora uruguaia de educação especial, Perla Mayo, que atua na Argentina, criou a bengala verde – cor que representa a esperança, de “verde outra maneira”, de “verde novo”.
A intenção da diretora do Centro Mayo de Baja Vision, localizado em Buenos Aires, foi contribuir para a aceitação do uso da bengala pelas pessoas com baixa visão (que rejeitam muito a bengala branca por ser um símbolo da cegueira), para a identificação da pessoa com baixa visão pelas outras pessoas e para a construção de uma noção de pertencerem a um grupo ainda imerso na invisibilidade social. A novidade teve uma repercussão tão positiva que dois anos depois, em 1998, Perla Mayo apresentou no Congresso Mundial de Baixa Visão, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, uma pesquisa sobre o uso da bengala verde. Já no campo jurídico, no dia 27 de novembro de 2002, foi aprovada na Argentina a Lei n° 25.682 que estabelece a bengala verde como instrumento de orientação e mobilidade para as pessoas com baixa visão, garantindo, inclusive, cobertura obrigatória por parte do Estado e dos planos de saúde. Segundo Perla Mayo, atualmente, mais de dez mil argentinos utilizam a bengala verde no país que comemora, em 26 de setembro, o “Dia del Bastón Verde”. No momento, outros países difundem o uso da bengala verde: Nicarágua,
Colômbia, Paraguai, México, Equador, Bolívia, Costa Rica, Venezuela e Uruguai, por meio de ações como, por exemplo, a campanha desenvolvida pela Unión Nacional de Ciegos del Uruguay “Luz verde para la baja visión”. Além disso, o país vizinho também possui legislação sobre o tema semelhante a da Argentina, a Lei n° 18.875, aprovada pelo governo uruguaio em 14 de dezembro de 2011.
 
 
 
 
 
 
No Brasil, no dia 13 de dezembro de 2014, na cidade de Campos dos Goytacazes, durante as comemorações do Dia Nacional dos Cegos, ocorreu o lançamento, pelo Grupo Retina, do Projeto Bengala Verde. E a instituição, atualmente, promove a “Campanha Bengala Verde” para promover a iniciativa em território nacional. No entanto, em comparação aos profissionais, às pessoas com deficiência e às instituições representativas dos países da América Latina, os brasileiros ainda precisam aprofundar e qualificar o debate sobre o tema, com a ampla participação das pessoas com baixa visão e de diversos setores da sociedade.
Afinal, o que parece ser, em princípio, apenas uma mudança de cor, na verdade, representa uma efetiva oportunidade para informar sobre as características da baixa visão e as dificuldades enfrentadas por seis milhões de pessoas que vivem entre o “ver” e o “não ver”. Inúmeras são as Instituições, Associações, ONGs, Centro de Apoio, Fundações, Sociedades, todas destinadas a auxiliar pessoas com problemas de visão. E dentre elas o Grupo Retina Campos dos Goytacazes (www.gruporetina.org.br) e o Projeto Bengala Verde (www.bengalaverde.org.br), vem se destacando.
Em 27 de maio do corrente ano, participaram do IX Congresso ICLOC – Instituto Cultural Lourenço Castanho, no Colégio Presbiteriano Mackenzie, com o objetivo de levar a conscientização sobre a baixa visão às escolas de ensino fundamental e médio através da prática e de uma apresentação lúdica e didática e em 03 de junho, participaram da 15ª edição da REATECH – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, no Campos dos Goytacazes Expo. Foi um encontro no estande do Instituto Mara Gabrilli com o objetivo de discutirem e conscientizarem a todos sobre a baixa visão e a importância do uso da Bengala Verde, facilitando a interação com as pessoas e os objetos. Este encontro intitulou-se “CAMINHADA BENGALA VERDE”. Dessa feita, dada a identificação de pessoas com baixa visão, pelo uso da bengala verde em várias partes do mundo, sendo inclusive, recente matéria de lei na Argentina e Uruguai, e pela importância relevante de se propagar este hábito e dar conhecimento deste a toda população, peço a atenção dos nobres pares para a aprovação da presente propositura.
 
Sala das Sessões, 16 de maio de 2018, 341º da Vila de São Salvador dos Campos, 183º da Cidade de Campos dos Goytacazes e 366º de criação da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes.
JOSIANE LIMA BORGES VIANA
– Vereadora-
 

Os três principais padrões de herança

Imagem representativa do padrão de herança recessivo.

OS três principais padrões de herança são Autossômico recessivo, autossômico dominante e ligada ao cromossomo X.

 A maioria das doenças hereditárias da retina – incluindo a Retinose Pigmentar, a Doença de Stargardt, a Síndrome de Usher – são herdadas. Elas são causadas principalmente por variações genéticas que são passadas de um ou de ambos os pais, através de um dos três padrões de herança revisados neste artigo. 

A discussão a seguir sobre os padrões de herança não é relevante para a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), pois o risco de DMRI está associado a uma combinação complexa de fatores genéticos e estilo de vida, chamada de herança multifatorial.

Genes e Cromossomos

 

Os seres humanos tem cerca de 25.000 pares de genes. Os genes desempenham um papel importante na determinação de quem somos – nossa altura, cor dos cabelos, o risco de algumas doenças, e muito mais. Todos nós temos muitas variações, defeitos e alterações em nossos genes. A maioria destas variações não afetam o que somos ou a nossa saúde e bem-estar. No entanto, algumas variações genéticas, também chamadas de mutações, podem causar problemas. Algumas mutações levam à doenças, incluindo doenças degenerativas da retina.

Os genes estão localizados em estruturas chamadas cromossomos, e os seres humanos normalmente têm 23 pares de cromossomos. Nós herdamos um cromossomo de cada par (e os genes contidos em cada cromossomo) de nossa mãe e um do nosso pai. Os pares cromossômicos 1 a 22 são conhecidos como cromossomos autossômicos (não-sexuais). Os cromossomos no par 23 são conhecidos como os cromossomos sexuais, porque uma das funções é determinar o sexo que teremos.

Portadores do gene

Algumas pessoas são portadoras da doença, o que significa que eles próprios não têm a doença, mas têm o gene mutado e podem passá-lo para seus filhos.

Afetados pela doença

Quando alguém tem a doença e apresenta sintomas da mesma, eles são conhecidos como sendo afetados.

Doenças hereditárias da retina são herdadas de uma das três seguintes maneiras:

Herança autossômica recessiva

Imagem representativa do padrão de herança recessivo.
Imagem representativa do padrão de herança recessivo.

Para ser afetado por uma doença recessiva, uma criança deve herdar uma cópia mutante do gene de ambos os pais. Com a doença recessiva, cada pai tem uma cópia mutada e uma cópia normal do gene em causa. Como cada um dos pais tem tem apenas uma cópia mutante do gene, eles são portadores do gene e não desenvolvem a doença, eles não têm problemas de visão.

Se a criança herda apenas um gene mutante de um pai, então a criança será um portador da do gene e não será afetado pela doença e não vai sentir qualquer problema.

Se a criança herda uma cópia mutante de cada genitor, a criança poderá desenvolver a doença e a perda da visão associada.

Para doenças recessivas, há 25% de chance da criança ser afetada, e 50% de chance de que eles sejam portadores do gene, mas não sejam afetados pela doença. Há também 25% de chance de não receber nenhum gene mutado.

Doenças recessivas são mais susceptíveis de vir como uma surpresa a uma família, porque os pais de uma criança afetada são portadores não afetados, e que a doença pode não ter aparecido por várias gerações.

Exemplos de doenças hereditárias da retina recessivas incluem: Retinose Pigmentar (alguns tipos), a Doença de Stargardt (a maioria das formas), Amaurose congênita de Leber (a maioria das formas) e sSíndrome de Usher

Herança autossômica dominante

Imagem representativa do padrão de herança dominante.
Imagem representativa do padrão de herança dominante.

 

Para ser afetado por uma doença autossômica dominante, uma criança recebe uma cópia de um gene mutante de um dos pais afetado pela doença. É provável que o pai afetado saiba que tem a doença. O outro progenitor não é afetado e nem carrega mutação neste gene.

Com doenças dominantes, há 50% de chance de que uma criança receba o gene mutado e que seja afetado pela doença. E 50% de chance da criança não receber a mutação.

Doenças dominantes tendem a aparecer em várias gerações de uma família, e muitos membros da família são afetados.

Exemplos de doenças hereditárias da retina dominantes incluem: Retinose Pigmentar (algumas formas) e degeneração macular (algumas formas da doença de início precoce).

Herança ligada ao X

Imagem representativa do padrão de herança ligada ao X.
Imagem representativa do padrão de herança ligada ao X.

 

Os padrões de herança para doenças ligadas ao X são mais complexos do que os outros padrões de herança, porque o sexo de ambos os pais e seus filhos determinar se a doença pode ser transmitida aos filhos.

Todas as mulheres têm dois cromossomos X. Todos os homens têm um X e um Y. Quando um homem e uma mulher tiverem um filho, a mulher sempre irá passar um cromossomo X. O homem vai passar um X ou um Y. Se ele passar um X, a criança terá dois cromossomos X e será uma menina. Se ele passar um Y, a criança terá um X e um Y e será um menino.

Doenças ligadas ao X são passadas no cromossomo X. De um modo geral, os homens são afetados por doenças ligadas ao X, e as mulheres são portadores não afetadas. As mães portadoras passam doenças ligadas ao X para seus filhos.

Se uma mãe portadora de uma mutação em um gene ligado ao X tem um filho, há 50% de chance de que o filho seja afetado e outros 50% do filho não herdar o gene mutado.

Se uma mãe portadora de uma mutação em um gene ligado ao X  tem uma filha, há 50% de chance de que a filha seja portadora do gene mas não desenvolva a doença e 50% de que não receba o gene mutado.

Enquanto as mulheres são geralmente portadores não afetadas de doenças da retina ligadas ao X, os pesquisadores descobriram que elas podem ter perda de visão moderada.

Exemplos de doenças hereditárias da retina ligadas ao cromossomo X incluem: Retinose Pigmentar (algumas formas), Coroideremia e Retinosquise.


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Nova droga para o tratamento da DMRI

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANVISA) aprovou mais um medicamento para o tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) em sua forma úmida. Trata-se do aflibercepte (Eylia®), comercializado no Brasil pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals. O presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), Walter Yukihiko Takahashi, faz a análise da situação do tratamento da DMRI com este novo cenário em potencial.
A DMRI é a maior causa de cegueira legal após 65 anos de idade. Esta doença é classificada de duas formas: a seca e a úmida. A forma seca não possui tratamento existente. Embora a forma úmida, ou exsudativa, corresponda a apenas 10% das ocorrências, é responsável por 90% dos casos de cegueira pela DMRI. Seu tratamento é eficiente há cerca de sete anos.
Até agora, dois medicamentos estavam disponíveis para tratamento da DMRI por meio de tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico: o ranibizumabe (Lucentis® – Novartis) e, “off label”, o bevacizumabe (Avastin® – Roche), que combatem a molécula responsável pela ativação da doença, Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF). Ambas precisam de uma dose de ataque que consiste na aplicação de uma injeção mensal por três meses. A manutenção do tratamento depende de cada caso e do esquema proposto. Mas são pacientes que devem ser seguidos por anos a fio, uma vez que a recidiva é bastante comum nesses casos.
Uma nova droga, o aflibercept (Eylea® – Bayer), chega ao mercado. Já está aprovada para uso nos Estados Unidos desde dezembro de 2011 e agora também no Brasil, já que foi aprovado pela ANVISA há poucas semanas, com previsão para chegar ao mercado brasileiro em poucos meses. Trata-se de uma nova molécula que combate dois fatores que provocam o recrudescimento da doença, o VEGF e o Placenta GrowthFactor (PlGF). Segundo dois grandes estudos, o VIEW I e II, publicados pelo Diretor do Serviço de Retina e Vítreo do Ophthalmic Consultants of Boston, Jeffrey S. Heier (confira no site http://bmctoday.net/retinatoday/pdfs/rt0312_feature_heier.pdf), no primeiro ano de tratamento, aparentemente, menos infusões são necessárias para se controlar a doença em comparação com o ranibizumabe. No segundo ano, o número de infusões foi semelhante com as duas drogas. Entretanto, pelos esquemas propostos de tratamento que existem no momento, o que trata da doença assim que a fase ativa aparece e o que trata da doença antes que a fase ativa apareça, há expectativa de que menos infusões sejam necessárias para se controlar a doença ao longo do tempo.
Por se tratar de medicação nova, nada está comprovado ainda e somente o tempo e a realização de novos estudos permitirão que conclusões sejam tomadas. De qualquer forma, o retinólogo dispõe de uma nova arma em seu arsenal para o tratamento da DMRI exsudativa e tem a chance de mudar de uma medicação para outra se a primeira não funcionar ou se perder o efeito desejado. Quem tem a ganhar, e muito, é o paciente. Em muitos casos, consegue-se manter visão útil por muitos anos”.
Fonte:  Jota Zero – Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Nº 146,  Novembro/Dezembro 2012.

FDA alerta sobre relatos de infecção ocular pelo uso de injeções de Avastin

A FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) advertiu sobre relatos de infecções oculares relacionadas ao uso de determinados lotes de Avastin.
FDA warns of eye infection reports with compounded Avastin
By: Joe Barber
The FDA on Wednesday warned about reports of eye infections linked to a recall of unapproved syringes of Roche’s Avastin (bevacizumab) made by a Georgia compounding pharmacy for the treatment of macular degeneration. “The product has or potentially could result in an infection within the eye,” federal regulators said.
Earlier this week, compounding pharmacy Clinical Specialties recalled approximately 40 lots of Avastin syringes after receiving five reports of bacterial endophthalmitis due to infection by streptococcus bacteria. The repackaged product was distributed to doctors’ offices in Georgia, Louisiana, South Carolina and Indiana from December 18 until the present.
Roche’s Genentech unit has long warned against the unapproved use of Avastin for macular degeneration and markets the FDA-approved Lucentis (ranibizumab) specifically for the condition. However, the American Academy of Ophthalmologists and other groups assert that there is no difference in patient outcomes between those given Avastin and those given Lucentis. Repackaged injections of Avastin cost approximately $50, compared with more than $1000 for Lucentis.
In 2011, the FDA warned about a cluster of serious eye infections in Florida linked to Avastin syringes compounded by a pharmacy in that state. In some cases, the infections caused permanent blindness in patients.
(Ref: The Washington Post, The Wall Street Journal, NBC News, FDA)

Brasileiros ajudaram a desenvolver olho biônico

Jornal Folha de São Paulo publica entrevista com o inventor de aparelho que restaura parte da visão em pessoas com uma doença rara e destaca parceria com o país

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO
Pesquisadores brasileiros ajudaram a criar o primeiro olho biônico, aprovado no mês passado nos EUA, e agora colaboram em outro projeto que usa células-tronco da retina para recuperar a visão.
A revelação é do inventor do olho biônico, o engenheiro biomédico Mark Humayun, 50, que mantém uma parceria de 15 anos com o departamento de oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Em entrevista exclusiva à Folha, o professor da Universidade do Sul da Califórnia afirma que seu maior desafio tem sido administrar a expectativa das pessoas sobre a nova tecnologia. “Não podemos alimentar falsas esperanças”
O olho biônico Argus II não restaura completamente a visão, mas permite que pessoas com uma doença rara que leva à cegueira (retinose pigmentar) detecte faixas de pedestres, presença de pessoas e grandes números e letras.
Ao menos 60 pessoas na Europa e nos EUA já usam o aparelho, a maioria subsidiada por programas governamentais. A tecnologia aguarda registro da Anvisa para ser comercializada no Brasil.
Espécie de Professor Pardal, Humayun tem cem patentes registradas em seu nome, entre elas bombas de insulina para diabéticos e dispositivos cerebrais.
Folha – O que o inspirou na criação do olho biônico?
Mark Humayun – Minha avó ficou cega por complicações da diabetes e, naquela época, pensei que poderia fazer algo para ajudá-la.
Quando foi isso e quais obstáculos o sr. enfrentou?
Há 25 anos, quando começamos com essa ideia, colocar um computador dentro dos olhos era ficção científica. Nos primeiros anos, havia pouco dinheiro, pouco apoio.
Para mudar isso, passamos a colocar o aparelho por 30, 45 minutos nos olhos de cegos, com anestesia local, e perguntar o que eles estavam vendo. O fato é que puderam ver um eletrodo dentro do olho e, então, acreditamos que poderíamos construir uma retina artificial.
O olho biônico custa US$ 100 mil. O sr. acredita que, com o tempo, ficará mais acessível?
O aparelho possibilita a visão por ao menos dez anos. São US$ 10 mil por ano. Por esse prisma, não é tão caro. Mas acredito que, com melhores técnicas de fabricação, poderemos torná-lo mais barato. Temos que lembrar que foram investidos US$ 200 milhões para desenvolvê-lo. Então, US$ 10 mil dólares por mês não é muito.
O aparelho não restaura completamente a visão. Ele deve ser aprimorado?
Ele permite identificar objetos grandes, como portas, contorno de corpos. Isso é uma grande coisa. Mas os usuários não podem reconhecer um rosto ou ler como nós lemos. A tecnologia deve melhorar cada vez mais.
Ele poderá ser usado em pessoas com outras doenças, como a degeneração macular?
Não temos essa resposta. Teoricamente, só precisamos melhorar a tecnologia.
Em quanto tempo?
O primeiro modelo do aparelho levou 15 anos para ser desenvolvido. O segundo, sete. Estamos aprendendo rápido e, em três ou quatro anos, teremos um novo modelo.
Qual o principal desafio ainda a ser enfrentado?
Administrar a expectativa das pessoas. Todo mundo ouviu sobre o olho biônico e todo mundo quer. Precisamos ser muito claros sobre o perfil de pessoas que serão beneficiadas com ele. Não podemos alimentar falsas esperanças. Ele não pode ser usado em doenças em que o nervo óptico foi lesionado ou em condições em que não há mais células viáveis da retina.
O Brasil teve participação neste projeto?
O Brasil tem um grande papel na pesquisa. Tenho recebido pesquisadores brasileiros no meu laboratório nos EUA, e eles contribuíram muito desde o início.
O sr. desenvolve outra pesquisa, em parceria com a Unifesp, que envolve uso de células-tronco. Do que se trata?
O olho biônico tenta restaurar a visão perdida, já as pesquisas com célula-tronco pretendem recuperar a retina que está morrendo.
São células-tronco que se diferenciam in vitro em células do epitélio pigmentar e são colocadas numa membrana. A hipótese é que colocar essas células debaixo da retina vai dar a nutrição para as outras células se manterem ou melhorarem.
Estamos na fase pré-clínica. Os primeiros pacientes precisam ser aprovados pelo FDA. Isso deve acontecer em 2014.
Fonte: Folha On-line

Olho biônico Argus® II recebe aprovação do FDA (Food and Drug Administration)

Depois de mais de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento, a Second Sight Medical Products Inc., lider no desenvolvimento de próteses para retina para deficientes visuais, teve seu sistema de prótese de retina Argus II aprovado pelo FDA, órgão governamental responsável pelo controle de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, para tratar pacientes com avançado estágio de Retinose Pigmentar (RP), doença degenerativa que causa perda de visão. Este anúncio segue-se a aprovação europeia do dispositivo  em 2011, e uma unânime recomendação do Painel Consultivo de Dispositivos Oftalmológicos do FDA em 2012, que afirmou ser este um produto revolucionário para o tratamento da população norte americana.
“O Argus II tem um grande potencial de proporcionar uma mudança de vida com melhor mobilidade e independência aos pacientes. Estamos entusiasmados em poder oferecer a única terapia a longo prazo aprovada pelo FDA para pessoas que sofrem de RP avançada” afirmou Robert Greenberg, presidente e CEO da Second Sight. “Com essa aprovação, esperamos construir uma forte rede de cirurgiões nos Estados Unidos e recrutar novos hospitais que oferecem o implante de retina Argus II. Este é um divisor de águas no campo das doenças que afetam a visão. Representa um enorme passo adiante para estes pacientes que estavam sem opções de tratamento até agora”, conclui Robert.
O Argus II fornece estimulação elétrica da retina para induzir a percepção visual em indivíduos cegos com retinose pigmentar, e tem a capacidade de oferecer uma mudança na qualidade de vida para pacientes incapazes de enxergar ou que, na melhor das hipóteses, enxergam apenas flashes luminosos.
Ainda que a visão resultante não seja igual a das pessoas com visão normal, os pesquisadores envolvidos no teste clínico do Argus II estão empolgados com a aprovação. “É incrivelmente emocionante ter a aprovação da FDA para iniciar a implantação do Argus II e fornecer alguma restauração da visão em pacientes cegos de RP. Nos pacientes que foram implantados até à hoje, a melhoria da qualidade de vida foi inestimável ” constatou Cornelius Pings,  professor de Engenharia Biomédica e Professor de Oftalmologia e Neurobiologia da Escola de Medicina Keck da University Southern California.  “O fato de muitos pacientes poderem usar o implante Argus em suas atividades diárias, tais como reconhecimento de letras grandes, localização da posição dos objeto e mais, foi além dos nossos sonhos. A promessa para os pacientes é real, e esperamos que só melhore ao longo do tempo”, completou.
Com a aprovaçãodo FDA, o Argus II deve estar disponível ainda este ano em centros clínicos dos Estados Unidos.
“Este é um momento emocionante para as pessoas cuja deficiência visual é decorrente da RP. A prótese de retina da Second Sight traz esperança significativa para dezenas de milhares de pessoas com doenças da retina avançadas “, disse Stephen Rose PhD, chefe de pesquisas da Fundação Fighting Blindness. Ele acrescenta: “O Argus II tem o potencial de proporcionar uma visão que resulta em maior mobilidade e independência.”
Aprovação da FDA veio após mais de 20 anos de trabalho de pesquisa, dois ensaios clínicos, mais de US $ 100 milhões em investimento público por parte do National Eye Institute, do Departamento de Energia e da National Science Foundation, e um adicional de US $ 100 milhões em investimentos privados.
Sobre a Retinose Pigmentar (RP)
RP, uma doença degenerativa da retina de caráter hereditário e  que muitas vezes resulta em cegueira quase completa, afeta cerca de 100 mil americanos. O Sistema Argus II se destina a ajudar os pacientes mais afetados pela RP. Esta aprovação aconteceu através de um programa do FDA chamado Humanitarian Use Device (dispositivo de uso humanitário, em tradução livre), que pretende acelerar a introdução no mercado de tecnologias orientadas para o tratamento de populações de pacientes com doenças raras.
Sobre o Argus II System
O Sistema de Argus II funciona através da conversão de imagens de vídeo captadas por uma pequena câmara, alojada em óculos do paciente, em uma série de pequenos pulsos eléctricos que são transmitidos sem fios para uma matriz de eléctrodos sobre a superfície da retina. Estes pulsos são destinados a estimular as células remanescentes da retina resultando na percepção correspondente de padrões de luz no cérebro. O paciente aprende a interpretar esses padrões visuais, assim recuperando alguma função visual. Second Sight ganhou aprovação Europeia (CE Mark) para o sistema em 2011 e aprovação da FDA em 2013. É a primeira e única prótese de retina aprovada em todo o mundo.
Sobre a  Second Sight
Second Sight Medical Products, foi fundada em 1998 para criar uma prótese de retina para proporcionar visão a pacientes cegos devido a degenerações na retina, como a RP. Através da dedicação e inovação, a missão da Second Sight é desenvolver, fabricar e comercializar próteses implantáveis ​​visuais para permitir que as pessoas cegas consigam uma maior independência. Sede dos Estados Unidos fica em Sylmar, Califórnia, e a sede europeia está em Lausanne, na Suíça. Para mais informações, visite www.2 sight.com.
Fonte: Retina Internacional