Live Abril Marrom Retina Campos e CISDV

imagem de fundo marrom com as informações sobre a live e foto dos participantes. Há também a logo do Retina Campos

🟤Live! Abril Marrom Retina Campos e CISDV

Mês para incentivar a prevenção da cegueira e alertar a importância dos cuidados com a saúde ocular.

👉 Quarta-feira, 14 de abril, às 19h 30min no Canal do Youtube do Retina Campos

Com:
Dr. Luís Roisman médico do Comitê Científico da Retina Campos Sylvia Elizabeth – presidente da Retina Campos Gisele – Presidente CISDV Centro de Inclusão Social de Deficientes Visuais Idalina Araujo Superintendente de Políticas Pública das Pessoas com Deficiência

Assista:

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As principais causas de cegueira e como prevení-las Abril Marrom

imagem de fundo marrom, está escrito: "as principais causas de cegueira e como prevení-las" há o emblema do Abril Marrom #abrilmarrom e a logo da Retina Brasil

Abril Marrom é o mês de conscientização sobre a visão. Por isso, é preciso chamar a atenção para as causas mais comuns de cegueira que podem ser evitadas. Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 70% dos casos de cegueira poderiam ser evitados se diagnosticados e tratados precocemente.

Entre as principais causas de cegueira estão: a Catarata, os erros de refração, o Glaucoma, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Retinopatia Diabética. Juntos a Catarata e erro refrativo não corrigido representam 74,8% de todos os casos de deficiência visual.  Segundo o CBO, cerca de 7% dos brasileiros nunca foram ao oftalmologista e 42% não fazem visitas regulares, apenas procurando o especialista ao perceberem alguma diferença na visão. 

A melhor prevenção é a visita ao oftalmologista

Segundo relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia:

“A visita ao oftalmologista deve ser feita com frequência ao longo da vida, para identificar doenças silenciosas que não apresentam sintomas, como o glaucoma,por exemplo. Aproximadamente 60% das doenças que levam à cegueira são tratáveis quando diagnosticadas precocemente. Os exames de rotina que sempre realizamos em clínicas oftalmológicas, como a detecção de pressão intraocular, por exemplo, permite que o médico oftalmologista faça o diagnóstico de doenças que causam a perda progressiva da visão e que, se detectadas tardiamente, tornam-se muito mais difícil de desacelerar ou parar, levando a uma eventual cegueira.

Além do glaucoma, doenças como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a retinopatia diabética também são silenciosas, a primeira atingindo pessoas com mais de 50 anos de idade, já a outra, sem restrição de idade, podendo atingir qualquer pessoa diabética. Essas doenças não exibem sintomas em seus estágios iniciais, porém, podem ser percebidas com exames de fundo de olho ou mapeamento da retina. Os exames permitem que o médico perceba, antecipadamente, sinais de doenças e degenerações que até mesmo o próprio paciente, por vezes, nem sequer se deu conta. Mas lembre-se: o médico oftalmologista é o único capaz de detectar essas alterações.”

Cuidado com a visão em cada etapa da vida

Ainda segundo relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia:

“Em todas as fases da vida precisamos visitar um médico oftalmologista, começando desde muito cedo. As consultas devem se iniciar com recém-nascidos, no famoso Teste do Olhinho, para detectar quaisquer alterações oculares logo após o nascimento. Quando crianças, devem ser levadas para consultar- -se com um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. Os pais também devem se manter atentos ao comportamento das crianças, levando-as com maior frequência, caso necessário. Para adolescentes, a cada dois anos, salvo em casos de sintomas ou baixo rendimento escolar, é suficiente para manter a saúde ocular em dia. Quando adultos, precisamos voltar a nos consultar uma vez por ano, e o mesmo ocorre para os idosos. É importante ficar em dia com sua saúde ocular. Visitando com regularidade um médico especialista evitamos sérias consequências, como a cegueira, por exemplo, que frequentemente pode ser evitada se prevenida com o acompanhamento médico. 

Não negligencie sua visão: visite um médico oftalmologista.”

Fontes:

https://www.centrooftalmologicomg.com.br/blog/como-prevenir-as-causas-mais-comuns-de-cegueira/

https://www.cbo.com.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_21.pdf 

Abril Marrom mês de combate à cegueira Live Abril Marrom!

imagem tem fundo em tons marrom e bege. Estão escritas as informaçoes sobre a live, há uma foto de cada um dos participantes e as logos da Retina Brasil e do Abril Marrom.

Abril Marrom é o mês de prevenção, conscientização, reabilitação e combate à cegueira.

👉Dia 13 de abril, terça-feira, às 19h30

Nesta live a presidente da Retina Brasil, Maria Julia e a voluntária Marina Leite Brandão (@marinaleitebrandao), conversam com o: Dr. Cristiano Caixeta Umbelino Professor e Chefe do Setor de Glaucoma da Santa Casa de São Paulo Membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) Vce-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO.

👉Dia 13 de abril, terça-feira, às 19h30

Em nosso canal do Youtube:

#abrilmarrom  #visao  #prevencao #cegueira #abrilmarrom2021  #retinabrasil​ #retina​ ​ #doencadaretina​​

Dia Nacional do Braile 2021 Abril Marrom

foto de duas mãos da mesma pessoa lendo um documento em Braile. Está escrito: "08 de abril dia nacional do Braile Abril Marrom 2021" e há a logo da Retina Brasil e a marca do Abril Marrom

O Dia Nacional do Braile, comemorado em 8 de abril, está relacionado ao Abril Marrom, por ter sido a data de inspiração para que a Campanha Abril Marrom aconteça no mês de abril. A data existe para conscientizar a sociedade sobre a importância da educação de pessoas com deficiência visual, cegas ou com Baixa Visão. O dia foi escolhido em homenagem ao nascimento de José Álvares de Azevedo, o professor responsável por trazer o Sistema Braile ao Brasil em 1850.

O sistema Braile

O Braile é um sistema de códigos táteis em alto relevo que representa todas as letras do alfabeto, números, pontuações, códigos aritméticos, etc. O sistema tem seis pontos divididos em duas colunas com três pontos cada. A combinação desses pontos forma as letras, os números etc. O Braile pode ser impresso em diferentes materiais, desde o tradicional papel, até madeira ou metal.

Quem criou o sistema Braile foi o francês Louis Braille em 1825. Por isso, inicialmente, o sistema foi pensado para o alfabeto latino que é usado no francês, no português, no inglês, etc. Contudo, como o Braille é um sistema de códigos ele é universal e pode ser adaptado para qualquer tipo de alfabeto, como o Russo ou o Chinês.

Grafia Correta

Louis Braille: o nome do criador do sistema Braile é escrito com duas letras: l. Louis Braille, ou simplesmente Braille, nasceu na França em 1809 e morreu aos 43 anos de idade.

Sistema Braile.
Conforme MARTINS (1990), grafa-se Braille somente quando se referir ao educador Louis Braille. Por ex.: ‘A casa onde Braille passou a infância (…)’. Nos demais casos, devemos grafar: [a] braile (máquina braile, relógio braile, dispositivo eletrônico braile, sistema braile, biblioteca braile etc.) ou [b] em braile (escrita em braile, cardápio em braile, placa metálica em braile, livro em braile, jornal em braile, texto em braile etc.). Ver o item 58.

José Álvares de Azevedo

José Álvares de Azevedo nasceu no Rio de Janeiro em 8 de abril de 1834, ele foi o primeiro professor cego no Brasil responsável por trazer o Sistema Braille ao país e considerado o patrono da educação de cegos no Brasil.

José Álvares de Azevedo nasceu cego em uma família abastada. Sua família ficou sabendo do Instituto Real de Jovens Cegos de Paris por um médico amigo e decidiram enviar o filho para a França quando ele tinha 10 anos. José estudou no Instituto até os 16 anos e lá conheceu o Sistema Braille que ainda estava em fase experimental. Ele ficou fascinado com a inovação e, ao retornar ao Brasil, dedicou-se ao ensino do Braille. Seu sonho era criar, no Brasil, uma escola para o ensino de cegos.

Uma de suas aluna foi Adélia Sigaud, uma moça cega e filha do médico da Corte Imperial Dr.Francisco Xavier Sigaud. O médico ficou impressionado ao ver o desenvolvimento de sua filha após aprender o sistema Braille e conseguiu marcar uma audiência para José álvares de Azevedo com o Imperador Dom Pedro II. José Álvares demonstrou o sistema ao Imperador que ficou admirado e apoiou a criação de uma escola para cegos no Brasil.
Essa escola, existe até hoje no Rio de Janeiro, é o Instituto Benjamin Constant, que foi inaugurado em 1854, seis meses após a morte de José Álvares de Azevedo. Ele faleceu aos 20 anos de tuberculose.

Saiba mais sobre o Abril Marrom

Live CBO: Abril Marrom: o que está ao nosso alcance para prevenir a cegueira?

imagem de fundo branco estão escritas as informaçoes sobre a live e há fotos dos convidados

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia realiza live  live em celebração ao Abril Marrom, Mês de Prevenção, Combate e Reabilitação das Diversas Espécies de Cegueira. Para essa data tão importante para a Oftalmologiaa CBO traz convidados muito especiais para debater o que está ao nosso alcance para prevenir a cegueira: doutora Maria Aparecida Onuki Haddad, Presidente da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal;
Caio Abujamra, Presidente do Instituto Suel Abujamra;
Marcos Lima, jornalista e criador do @historiasdecego , que é um sucesso no YouTube e nas mídias sociais.
Na moderação teremos o doutor José Beniz Neto, presidente do nosso CBO.

A live acontece no perfil da @vejabem_cbo , no YouTube e Facebook.

Quarta-feira, 07 de abril às 19h

07 de abril Dia Mundial da Saúde 2021

imagem de fundo azul claro com um globo terrestre e um estetoscópio. Está escrito: "07 de abril Dia Mundial da Saúde" e há a logo da Retina Brasil.

O Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril. A data coincide com a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948. O conceito de Saúde definido pela OMS é amplo e não se restringe apenas a ausência de enfermidades, sendo: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. A cada ano, associações médicas e entidades de saúde destacam um tema de importância para ser discutido.

Neste ano de 2021, a OMS convida toda a sociedade para participar de uma nova campanha para construir um mundo mais justo e saudável para todas as pessoas e em todos os lugares. Essa bandeira destaca que a saúde é um direito e não um privilégio, que a discriminação deve acabar e observa que o acesso à saúde ainda é muito desigual pelo mundo. A OMS aponta ainda que a Pandemia do Covid-19 mostrou que ninguém está seguro até que todos estejam, por isso a vacinação, a testagem em massa e o acesso à saúde são tão importantes.

No Brasil, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) está realizando atividades virtuais e simbólicas. O tema que vai pautar as atividades deste ano é: “em defesa do SUS e da vida de todas as pessoas”. Segundo informações no CNS, para participar das atividades online da Semana da Saúde 2021 é preciso encaminhar para comunicacns@gmail.com fotos das atividades online, com nome da cidade, estado e data de realização. O Conselho recomenda ainda usar as hashtags: #SemanaSaúde2021 #EuDefendoSUS #VacinaParaTodaseTodos #SUScombateCoronavírus em tudo que você postar.

Fontes:
OMS: https://www.who.int/campaigns/world-health-day/2021#:~:text=On%20World%20Health%20Day%2C%207,build%20a%20fairer%2C%20healthier%20world.
CNS: http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1668-abril-da-saude-2021-cns-mobiliza-conselhos-e-sociedade-em-defesa-do-sus
https://www.instagram.com/p/CNW5ERWjCC2/

Covid-19 e a visão Live Abril Marrom!

imagem tem fundo em tons marrom e bege. Estão escritas as informaçoes sobre a live, há uma foto de cada um dos participantes e as logos da Retina Brasil e do Abril Marrom.

Covid-19 e a visão Live Abril Marrom!

👉Dia 06 de abril, terça-feira, às 19h30

Abril Marrom é o mês de prevenção, conscientização, reabilitação e combate à cegueira. E o tema desta live é muito importante: Covid-19 e a visão. Nesta live a presidente e a vice-presidente da Retina Brasil, Maria Julia e Maria Antonieta, conversam com o:

Prof. Dr. Pedro Durães Serracarbassa

Doutor pela Universidade de São Paulo Prof. Titular do Departamento de Oftalmologia da Unisa Presidente do Centro Estudos Oftalmológicos do Hospital do Servidor Público Estadual – SP Presidente do Comitê de Bioética do Hospital do Servidor Público Estadual – SP

👉Dia 06 de abril, terça-feira, às 19h30

Youtube Retina Brasil

#abrilmarrom #covid19 #visao #covid #prevencao #cegueira #abrilmarrom2021 #coronavirus​ #retinabrasil​ #retina​#doencadaretina​​

Começou o Abril Marrom 2021 o mês de conscientização sobre a cegueira

imagem de fundo com tons marrom e bege. Está escrito: "Começou o Abril Marrom 2021" e há a logo do Abril Marrom em destaque. Há ainda #abrilmarrom e a logo da Retina Brasil

Abril Marrom é o mês de conscientização sobre a cegueira, Durante todo o mês o foco está na Prevenção, no Combate e na Reabilitação às diversas espécies de cegueira.

Portanto, neste mês a Retina Brasil está focada em disseminar informações sobre as doenças da visão, a prevenção e a reabilitação visual. Além de diversos posts temos duas lives agendadas:

Covid-19 e a visão Live Abril Marrom
06 de abril, terça-feira, às 19h30
Com o Prof. Dr. Pedro Durães Serracarbassa
Link para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=SJ7q-FRgnjk

Abril Marrom mês de combate à cegueira Live Abril Marrom
13 de abril, terça-feira, às 19h30
Com o Dr. Cristiano Caixeta Umbelino
Link para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=oteOHBgEj_o

Fique de olho em nossas postagens e já #savethedate para as lives! Fique atento também para as atividades dos Grupos Regionais, que também serão comunicadas em nossos canais digitais.

O que é o Abril Marrom e qual a sua importância

O Abril Marrom é uma campanha dedicada ao tema da cegueira. A iniciativa é fundamental, já que a maioria dos casos de cegueira é tratável quando diagnosticada precocemente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 60% a 80% dos casos de cegueira são evitáveis.

Entre as causas mais comuns de cegueira evitável no Brasil estão: a Catarata, o Glaucoma, os erros refratários, a Retinopatia Diabética e a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Essas doenças atingem milhares de pessoas e podem ser tratadas quando diagnosticadas precocemente. A visita ao oftalmologista deve ocorrer desde a primeira infância e em todas as fases da vida é preciso monitorar a saúde dos olhos. Muitas dessas doenças são silenciosas, não apresentando sintomas nas fases iniciais, detectá-las precocemente previne a perda da visão.

O Abril Marrom pretende chamar a atenção também para a reabilitação e inclusão das pessoas com deficiência visual. Além das doenças tratáveis, existem doenças que não têm cura, nem tratamento e que levam a perda da visão de forma progressiva e irreversível. Esse é o caso, por exemplo, das doenças raras e hereditárias da retina. Pessoas com essas doenças possuem diferentes graus de limitação visual, e elas precisam ser incluídas na sociedade. Todas as pessoas têm direito a uma vida independente e com igualdade de acesso.

Como surgiu o Abril Marrom

O Abril Marrom surgiu em 2016 a partir da iniciativa do Professor Doutor.Suel Abujamra. O Prof. Dr. Suel Abujamra era médico doutor em oftalmologia e ex-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Ele foi um profissional exemplar, responsável por avanços na saúde ocular brasileira. Ele foi o idealizador do Abril Marrom e continuar a sua proposta é também honrar e agradecer a sua memória.

Por que Abril?

O mês de abril foi escolhido por ser neste mês comemorado o Dia Nacional do Braille, no dia 8 de abril. A data é o nascimento de José Álvares de Azevedo (08 de abril de 1834) o professor responsável por trazer, em 1850, o alfabeto Braille ao Brasil.

Por que Marrom?

A cor marrom foi a escolhida para a Campanha, por ser a cor de íris mais comum nos olhos dos brasileiros.

Fique de olho em nossas postagens e já #savethedate para as lives! Fique atento também para as atividades dos Grupos Regionais, que também serão comunicadas em nossos canais digitais.

Fontes:

https://www.fundacaodorina.org.br/blog/abril-marrom-2018/ https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/abrilmarrom2017/

http://www.jotazerodigital.com.br/abril-marrom.php

https://www.sbrv.org.br/newsletter/382-bravs-newsletter-homenagem-postuma-ao-professor-dr-suel-abujamra

Live! Conversa com pessoas com Stargardt

imagem de fundo cinza com o título da live e demais informações, há uma pequena foto de cada um dos partiicpantes.

Assista à mais uma live organizada pela Retina Brasil.

Nesta live a presidente e a vice-presidente da Retina Brasil, Maria Julia e Maria Antonieta, conversam com duas pessoas com a Doença de Stargardt: Roberto Carmargo e Marina Leite Brandão (@marinaleitebrandao).

A Doença de Stargardt é uma Doença Hereditária da Retina.

👉 Quinta-feira, 25 de março, às 19h30. No Youtube da Retina Brasil.

A COVID-19 pode ter feito o mundo pausar, mas a perda de visão continua

imagem de fundo azul claro com uma mão robótica segurando um globo terrestre. Está escrito "Retina Brasil traduz" e há a logo da Retina Brasil.

A COVID-19 pode ter feito o mundo pausar, mas a perda de visão continua

Por Avril Daly, CEO, Retina Internacional

Artigo da Retina Internacional, traduzido pela equipe da Retina Brasil. Para ver o original acesse o link:

https://www.retina-international.org/opinion-piece-covid-19-may-have-put-the-world-on-pause-but-vision-loss-continues/

A pandemia da COVID-19 mudou completamente o mundo.
Esta é uma frase que ouvimos muitas vezes nos últimos dez meses – em muitas línguas, em todos os continentes. Há verdade nisso; muitas pessoas mudaram a maneira de viver e aprenderam muito sobre si mesmas e como se encaixam no mundo ao seu redor. O mundo pode ter mudado, por enquanto, mas essas mudanças serão permanentes? Ou serão transitórias – e em um ano estaremos de volta ao velho normal? Esperamos, é claro, que o que percebemos como boas mudanças permaneça – mas a definição de “bom” de uma pessoa pode não ser a mesma para outra.
Toda a sociedade teve que enfrentar desafios significativos em todos os estágios da pandemia da COVID-19: desde a primeira fase e o bloqueio associado a ela – que foi um choque para todos os nossos sistemas, tanto pessoal quanto profissionalmente – até a segunda, e agora a terceira e talvez a fase mais preocupante. No momento em que este artigo foi escrito, a maior parte da sociedade estava de volta ao ponto em que estava em março de 2020; em casa, preenchendo os dias com trabalho, tentando ser educadores para os filhos e dar apoio aos parentes e amigos mais velhos. O tempo todo, estamos tentando permanecer conectados por meio de uma dúzia de diferentes plataformas online, e imaginando o que costumava ser normal.
A pandemia da COVID-19 apresentou desafios muito específicos e únicos para a comunidade de deficientes visuais. Por meio de nossos estudos sobre o impacto da COVID-19 na comunidade da retina, a Retina International aprendeu sobre as experiências vividas por pessoas afetadas por todas as formas de degeneração da retina. Os resultados nos deram uma pausa para pensar e, em alguns casos, as declarações pessoais que vieram das pesquisas foram preocupantes. Esses estudos serão publicados nas próximas semanas, mas como apoiamos o Retina Action Call to Action sobre o tema Bem-estar e Inclusão, estamos ansiosos para compartilhar alguns de nossos aprendizados e experiências com você, nossos membros e partes interessadas.
As exigências de distanciamento social dificultaram a saída do ambiente doméstico de pessoas com deficiência visual. Tornou-se mais difícil contar com a ajuda de terceiros ao sair para fazer compras e fazer exercícios. Pessoas com deficiência visual e aqueles que lhes prestam assistência oferecendo os braços para segurança e orientação ao caminharem em parques e calçadas públicas foram vítimas de acusações e, infelizmente, em alguns casos, de agressões verbais. Acusações de “quebrar as regras” têm surgido em casos em que não é óbvio que uma pessoa tem uma deficiência visual e, portanto, precisa de alguém para ajudá-la a sair de casa.
As restrições forçaram o mundo de dentro e para dentro. No entanto, muitos avanços anunciados nas ferramentas de comunicação e conferência online significavam que o mundo externo agora poderia ser conectado facilmente “com o toque de um botão”. Por meio de nossos dispositivos, as comunidades puderam ficar em contato e alcançar aqueles que vivem em todos os cantos do globo, incluindo aqueles que vivem sozinhos, para conversar, trabalhar, fazer compras e por lazer. A afirmação de 2020 era “você está no mudo”, pois estávamos todos aprendendo a usar melhor essas ferramentas. Uma vez que obtivéssemos uma ideia geral, esses sistemas seriam muito fáceis de navegar – ou assim nos disseram.
Essa não tem sido a realidade para muitos que vivem com deficiência visual, em particular para os que vivem sozinhos. Os serviços de conferência online não são totalmente acessíveis; embora alguns sejam melhores do que outros, coisas simples como ampliar uma tela podem ocultar botões de mudo e botões de câmera. As caixas de bate-papo também não são acessíveis para a maioria. Este é um grande problema para a comunidade com deficiência visual, que deve contar com esses sistemas de conferência online para trabalho e conectividade pessoal. Em um ambiente de trabalho, as caixas de bate-papo trouxeram uma mudança na forma como as reuniões acontecem. Os participantes de reuniões e webinars podem adicionar notas, pensamentos e sugestões, tudo ao vivo, proporcionando uma oportunidade para uma discussão mais robusta e troca de informações.
Para uma pessoa com deficiência visual, as caixas de bate-papo significam mais isolamento. Somos removidos da discussão ao vivo, mas podemos ler as notas após o término da reunião. Ninguém gosta de reclamar muito, de ser percebido como difícil, então em muitos casos a pessoa com deficiência visual não fala nada. Isso não é inclusão. Isso não é acessibilidade para todos.
Como uma pessoa que vive com uma deficiência visual, participei de muitos eventos ‘ao vivo’ durante este período. Alguns até ocorreram bem, mas outros foram desastrosos. O back-end das plataformas de eventos online costuma ser diferente do que o participante vê. Eles podem mostrar slides do tamanho de um selo postal (ou não mostrar), e há interfaces diferentes com botões diferentes que você não tem certeza do que fazer. Eu tenho muita sorte; Tenho um círculo de colegas que convivem com deficiências visuais, que passaram por desafios semelhantes, e posso procurá-los para obter dicas de como fazer melhor da próxima vez. Tenho colegas com visão total a quem posso pedir ajuda, o que torna mais fácil para mim – e o que agradeço muito. Sei que nunca poderei usar plenamente essas plataformas, mas posso participar e tenho o suporte à minha disposição. Como já disse, tenho sorte.
Trabalhar em casa provou ser um sucesso para muitos, mas a partir das pesquisas realizadas pela Retina Internacional e outros membros da comunidade no geral, fica claro que a adaptação a um mundo online não foi fácil e certamente não foi para todos. Muitas pessoas com deficiência visual vivem sozinhas, especialmente aquelas com problemas de envelhecimento da retina. Eles não estão “online” o tempo todo e consideram as plataformas desafiadoras. Quando as usam e encontram um desafio, sentem que não têm ninguém a quem pedir ajuda. Alguns não querem “dar problema” ou “ser um fardo” pedindo ajuda. Muitas pessoas com deficiência visual vivem em regiões onde a banda larga é fraca e a conectividade é ruim. Alguns não têm a versão mais recente de um sistema operacional para permitir a conexão. Muitos não foram treinados em dispositivos digitais, nem possuem um computador. Esses indivíduos não podem usar plataformas online para realizar suas atividades de lazer, fazer compras ou se conectar com a família e amigos. Eles estão ainda mais isolados; eles não estão incluídos.
A Retina Internacional aprendeu com suas pesquisas que aqueles que receberam tratamento para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia Diabética (RD) foram particularmente afetados durante a pandemia. Muitos compromissos foram cancelados. Onde as clínicas continuaram, apesar da garantia das medidas de segurança, os pacientes mais velhos temiam comparecer com medo que entrassem em contato com o COVID-19. A Retina Internacional recebeu declarações dizendo “Tenho medo de pegar transporte público”, “Não quero ter que tocar no corrimão no meu caminho para uma clínica”, “Não quero esperar horas em uma sala de espera com outras pessoas ”e“ O meu marido não pode vir comigo à consulta ”. Esses são medos reais e compreensíveis para um grupo que sabe que está classificado como vulnerável. Pessoas que pela primeira vez experimentaram distúrbios visuais perderam um tempo crítico, pois também estavam com medo de frequentar um ambiente clínico. A visão foi perdida.
Muitos esforços estão sendo feitos agora em alguns países para transferir as consultas dos pacientes que frequentam as clínicas para um serviço online. Embora seja importante considerar isso e isso possa aliviar a carga de viagens dos pacientes e daqueles que os apoiam e cuidam, é preciso lembrar que muitos dos afetados não estão conectados à plataformas digitais. Outros disseram preferir se encontrar com seu médico presencialmente. É válido apoiar o progresso que está sendo feito em Saúde Digital, mas também é importante reconhecer que ele precisará de considerações muito específicas.
A exclusão digital é real e não vai mudar da noite para o dia. Devemos entender isso ao desenvolver novas ferramentas e serviços para essa comunidade, especialmente agora que a pandemia da COVID-19 colocou as possibilidades da Saúde Digital em foco. O potencial da Saúde Digital para a comunidade de deficientes visuais é enorme, com novos aplicativos que podem nos ajudar nas tarefas diárias e realmente fazer a diferença. Dispositivos de monitoramento doméstico e dispositivos vestíveis que podem fornecer informações aos médicos significam que, se ocorrer outra crise, os sintomas podem ser monitorados em casa e, portanto, os pacientes não precisam comparecer a hospitais. Isso também tem um grande potencial para ensaios clínicos. Para desenvolver essas possibilidades tecnológicas de forma eficaz, os pacientes devem ser incluídos no desenvolvimento e no design de novas ferramentas, desde a concepção até o lançamento.
Dois sintomas reconhecidos de COVID-19 são a perda do paladar e a perda do olfato. A evidência da persistência desses sintomas está surgindo junto com artigos publicados sobre o impacto prejudicial da COVID-19 na retina. Como sociedade, estamos apenas aprendendo sobre os efeitos duradouros desse vírus. A comunidade está preocupada e clama para que as pessoas que vivem com degenerações da retina sejam priorizadas na implantação da vacinação contra a COVID-19.
Aprendemos por meio das pesquisas da Retina International, e de nossos parceiros e partes interessadas, que a retina não é considerada uma prioridade de saúde pública em uma crise. Aprendemos que devemos trabalhar juntos para encontrar maneiras de trazer os pacientes em tratamento de volta à clínica com segurança e confiança. Aprendemos que há um problema significativo a ser abordado para tornar as plataformas do dia a dia acessíveis para os deficientes visuais. Aprendemos que existe uma exclusão digital que deve ser reconhecida e considerada à medida que desenvolvemos a assistência médica digital agora e no futuro. Aprendemos que a comunidade com deficiência visual, jovens e idosos, independentemente de onde moram, enfrentou um isolamento muito real durante a pandemia da COVID-19, que afetou seu bem-estar.
O isolamento prolongado afetou a saúde física e mental de nossa comunidade e, como sociedade, devemos encontrar maneiras de melhorar os serviços e o acesso para garantir que essa comunidade seja totalmente incluída em todos os aspectos da sociedade para um melhor bem-estar, resoluções de saúde e também realidades econômicas.
Aqueles que tomam decisões sobre a prestação de serviços de saúde devem se envolver com as comunidades de pacientes e classes profissionais para compreender as lições que todos aprendemos ao longo deste período e aplicar esses aprendizados. Existe uma oportunidade de reconstrução melhor e ela não deve ser perdida. E por isso encorajamos vocês, nossos membros e partes interessadas, a apoiar o Retina Action Call to Action. Incentivar seus políticos e tomadores de decisão a ouvir, aprender e trabalhar conosco enquanto lideramos a mudança necessária para promover a inclusão e o bem-estar para todos.

Avril Daly
Retina Internacional
12 de Janeiro de 2021