ADJ Diabetes Brasil e Retina Brasil promovem Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo sobre Retinopatia em 10 de novembro de 2017.

O Brasil já conta com cerca de 16 milhões de pessoas com diabetes, 106.600 mortes por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. De acordo com um estudo da USP publicado em 2014, 77% das pessoas com diabetes tipo 2 não aderem ao tratamento, o que reflete em mais de R$92 milhões de gastos do governo com complicações da condição.

No dia 10 de novembro, às 14h, haverá a audiência pública Retinopatia Diabética: a saúde dos seus olhos depende do controle do diabetes, que ocorrerá no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Neste dia haverá também teste de glicemia e orientação do diabetes a todos que participarem do evento. Com a parceria da Retina Brasil, a ideia é chamar a atenção para a dificuldade do diagnóstico e das complicações do diabetes.

A intenção é promover um espaço de diálogo das autoridades e das organizações da sociedade civil para que sensibilizem a comunidade sobre a prevenção, as complicações e tratamento da retinopatia diabética, e no final consigam incentivar discussões de políticas públicas para melhorar o acesso ao tratamento adequado da retinopatia diabética.

Compareça  Sua participação é de suma importância.
Maria Julia Araujo
Retina Brasil
Nossos contatos – contato@retinabrasil.org.br  – (11) 99402-7584 WhatsApp

COMUNICADO DA RETINA BRASIL E DA RETINA INTERNACIONAL NO DIA MUNDIAL DA RETINA – 30 DE SETEMBRO DE 2017

No Dia Mundial da Retina, sábado, 30 de setembro de 2017, a Retina Internacional, a Retina Brasil e  outras 40 organizações associadas, estão  lançando o ALERTA DAS DOENÇAS  OCULARES RARAS  para as entidades a ela ligadas, de caráter nacional ou regional.

Entendemos que chegou a hora de lutar  de  forma efetiva para que haja acesso de todos aos serviços de genotipagem para doenças hereditárias da retina e para as doenças oculares raras.

Com o surgimento dos testes clínicos que levarão a  tratamentos para as diversas  formas de doenças hereditárias da retina e doenças oculares raras, torna-se  essencial que pacientes, médicos e todos os envolvidos com políticas de saúde,  entendam a importância de se identificar o  gene que  afeta cada paciente e sua família. Esta informação dá mais clareza sobre a forma como a doença vai progredir ao longo da vida do paciente ou vai passar a outras gerações, permitindo ao paciente fazer escolhas de vida com base nessas  informações. O teste genético também é essencial para permitir o acesso do paciente aos testes clínicos e terapias que daí resultarem. Além disso, vale destacar que o diagnóstico genético pode ter um importante impacto  na descoberta e na inovação no campo da genética.

Uma pesquisa da  Retina Internacional  sobre a acessibilidade aos  testes genéticos para doenças hereditárias da retina, realizada junto aos pacientes de vários países,  mostrou que a maioria dos pacientes entrevistados está tendo acesso à genotipagem. Dentre os 62% que responderam que passaram pelo teste genético, 53% afirmaram que este acesso à genotipagem resultou de sua participação em um projeto de pesquisa.. 7% afirmou ter obtido genotipagem gratuita através do sistema nacional de saúde do seu país. Preocupa a Retina Internacional constatar, através da pesquisa, que 66% dos entrevistados aguardam mais de um ano para obter os resultados da genotipagem.

Foi surpreendente constatar na pesquisa que dos 62% entrevistados que fizeram genotipagem,  14% chegaram ao teste clinico através de recomendação de  oftalmologistas. Que 3,3%  fizeram genotipagem por indicação de um médico de família (clinico) e que 1% teve a recomendação do teste genético vinda de um optometrista.  Esses dados preocupantes  evidenciam que há uma falta de conscientização entre os  médicos e profissionais da visão sobre a importância do teste genético para as doenças hereditárias da retina e para as doenças oculares raras.

Cerca de 90% dos pacientes entrevistados afirmaram que sua associação de pacientes local  forneceu ajuda para que tivessem acesso ao  teste genético.

A comunidade  global de pacientes com doenças da retina, representados na voz da Retina Internacional,  manifesta sua preocupação com os números levantados por esta pesquisa, e se mostra frustrada pela falta de acesso dos pacientes aos serviços de genotipagem. Constatamos que são os projetos de pesquisa – e não os serviços de saúde –  que vêm fazendo os diagnosticos genéticos e o aconselhamento genético que se segue à genotipagem. Essa situação  não pode continuar.

Para combater a falta de conscientização sobre esta questão fundamental, a Retina Internacional, com o apoio de seus membros, desenvolveu um  Manual de  Informações sobre testes genéticos on-line  para informar  os pacientes, médicos e  profissionais da visão sobre o que o teste genético significa, os diferentes tipos de testes e a importância de um diagnóstico genético. Através da disponibilização deste site na internet, de uso fácil, esperamos que os pacientes com doenças hereditárias da retina e suas associações possam reivindicar,  junto aos que desenvolvem politicas de saúde  em seus países, acesso  aos testes genéticos pelos serviços públicos e pelos planos privados de saúde.

A Dra. Juliana Sallum, oftalmologista e geneticista de São Paulo, Brasil, membro da Comissão Cientifica da Retina Internacional, contribuiu para esta iniciativa.  Ela afirma:  “Os testes genéticos são importantes por três razões:  primeiro porque o diagnostico preciso do subtipo da distrofia retiniana auxilia os médicos a compreender melhor as doenças e a melhorar o cuidado para a doença específica. Em segundo lugar, o teste genético  aumenta a confiabilidade do aconselhamento genético para o paciente e para sua família.

Em terceiro lugar, ainda que não haja tratamento disponível para as doenças hereditárias da retina, há testes clinicos  buscando tratamentos para casos específicos, com base nas variações patogênicas de genes específicos. Assim, o conhecimento do genotipo do paciente, permite que ele seja incluído em um dos testes clínicos em andamento”.

A Presidente da Retina Internacional, Christina Fasser afirmou que “ Desde 1978 a Retina Internacional  vem liderando a luta dos pacientes com doenças degenerativas da retina para que sejam acelerados a pesquisa, o desenvolvimento de terapias e o acesso delas ao mercado.  Nossa organização tem uma abordagem pluralista junto a diversos setores (comunidade cientifica, profissionais de saúde, pacientes e laboratórios)  com vistas a desenvolver ferramentas informativas que  auxiliem seus membros, pacientes e profissionais médicos a obterem informações sobre genética e genotipagem para que compreendam assuntos que tem grande complexidade. Esperamos que o Manual sobre Testes Genéticos para Doenças Oculares Raras e Doenças Hereditárias da Retina,  disponivel na internet a partir  do dia 30 de setembro de 2017 , possa ajudar  os pacientes e suas associações a lutar  para maior acesso aos serviços de genotipagem a fim de obterem um diagnóstico preciso e os cuidados que eles merecem.

No Dia Mundial da Retina 2017 a Retina Internacional lança o Alerta para as Doenças Oculares Raras e as Doenças Hereditárias da Retina.  É hora de trabalhar em conjunto para melhorar o acesso aos Serviços de Genotipagem para todos os afetados por essas condições.

 
Para mais informações busque
Retina Brasil   www.retinabrasil.org.br
Retina International   www.retina-international.org
Email:  avril.daly@retina-international.org
               mariajulia.araujo@retinabrasil.org

Retina Rio comemora o Dia Mundial da Retina com evento no IBC

23 de Setembro de 2017(sábado),  das 9h às 13h
Local: IBC-INSTITUTO BENJAMIM CONSTANT  – Auditório
Endereço: Av. Pasteur, nº. 350/368, Urca – Rio/ RJ  www.ibc.gov.br
 
PROGRAMA:

HORÁRIO TEMA PALESTRANTE
9h15 ABERTURA DO EVENTO Maria da Gloria Almeida(IBC);
Gilzete Magalhães( Retina Rio);
Maria Julia Araujo(Retina Brasil)
9h30 às 9h45 APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA Maria Antonieta Leopoldi (Retina Rio)
9h45 às 10h CAMPANHA DA BENGALA VERDE Gilzete Magalhães, Coordenadora do  Retina Rio
10h  às 10h30 A GENETICA DAS  DOENÇAS  DEGENERATIVAS  DA  RETINA – o que todo paciente deve saber Dr. Eduardo Silva, Oftalmologista e Geneticista, Coimbra, Portugal
10h30 às 10h50                     Perguntas  
10h50 às 11h10 A iniciativa do GRUPO JOVEM no RETINA RIO Ana Cristina Vaz e irmãs
11h10 às 11h30                    Sugestões da platéia para essa iniciativa  
11h30 às 12h DO CONSULTÓRIO À GENOTIPAGEM – Como o diagnóstico das doenças da retina pode se enriquecer a partir da genotipagem Drª Rosane Resende (Comitê Científico do  Retina Rio/Retina Brasil)

12h às 12h30       Perguntas                                      

12h30 às 13h

ENCERRAMENTO e CONFRATERNIZAÇÃO com LANCHE  

 
– Este evento é GRATUITO e não necessita de inscrição
Cordialmente,
Gilzete Maria Magalhães e Maria Antonieta P. Leopoldi
Coordenadoras do Grupo RETINA RIO
Rua Senador Vergueiro, nº. 159/ 801
Flamengo
22230-000-RIO DE JANEIRO, RJ
Tel: (21)2553-3132/ 2594-8512
e-mail: gruporetinario@gmail.com

Retina Campos comemora o Dia Mundial da Retina com várias atividades.

Para comemorar a Semana  Mundial da Retina, o Retina Campos  está programando muitas atividades.  A Semana Mundial da Retina será aberta com uma  atividade na Câmara Municipal de Campos, no dia 22 de setembro. Divulgação da Semana Mundial da Retina será feita em  Festivais que acontecem na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ nos dias 23 e 24 de setembro. O Retina Campos participará também das atividades locais ligadas ao Mês do Idoso, com palestras de um endocrinologista nos dias 25 e 26  de setembro, no Centro do Idoso. Haverá também um trabalho do Retina Campos nas escolas da cidade, através do Programa Saúde nas Escolas. “

“O que a gente quer é identificar nos alunos possíveis problemas que podem, inclusive, atrapalhar na aprendizagem e ainda problemas de saúde que no futuro podem levar à cegueira”, destacou Sylvia Elizabeth Peixoto, diretora do Retina Campos. A entidade fará uma ação conjunta com a secretaria de Educação Municipal  e o Programa Saúde na Escola, com uma ação especial voltada para a área oftalmológica.

Encontro Anual de Pacientes

Caro Afiliado,

A Retina Brasil e Retina São Paulo convidam você e a participar do Encontro Anual de Pacientes que acontecerá no dia 30 de setembro próximo, das 09:00 as 13:00 hs na Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí 100, Centro, 1º Andar, Sala Prestes Maia, São Paulo. Este encontro está ligado ao Dia Mundial da Retina, comemorado em varias partes do mundo pelas associações de pacientes com distrofias da retina.

Nesse encontro serão tratados temas como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) pelo Dr. Mauro Goldbaum, Retinopatia Diabética pelo Dr. André Gomes. A Dra. Juliana Sallum, especialista em distrofias hereditárias da retina e membro do Conselho Cientifico da Retina Brasil, falará sobre os  resultados das pesquisas visando tratamento para doenças como: Retinose Pigmentar, Stargardt. Síndrome de Usher, Amaurose  Congênita de Leber e demais doenças degenerativas da retina de caráter hereditário. Contaremos também com a presença de Perla Mayo da Argentina que abordará temas sobre baixa visão e a Bengala Verde.

O objetivo desse encontro é compartilhar informações sobre um momento muito importante que estamos vivendo, em relação aos avanços das pesquisas científicas, principalmente no campo da genética, eletroestimulação, olho biônico e  células tronco.

O evento é gratuito e inscrições antecipadas podem ser feitas no link abaixo

http://www.retinasp.org.br/eventoanual

Este será um momento  importante para conhecer mais sobre as doenças da retina, para troca  experiências e confraternizar  com outros pacientes
Compareça!!
Retina Brasil
contato.retinabrasil.org.br
Grupo Retina São Paulo
atendimento@retinasp.org.br

PRIMEIRO ENCONTRO DOS GRUPOS RETINA BRASIL E RETINA MINAS


CONVITE

 

Retina Brasil e Retina Minas convidam você e sua família a participarem da reunião de pacientes que acontecerá em Belo Horizonte. O evento terá a palestra da Dra. Fernanda Belga Ottoni Porto, oftalmologista especialista em retina, que abordará temas como: 1) Doenças Degenerativas da Retina: o que são, pesquisas científicas visando futuros tratamentos; 2) Genotipagem: O que é genotipagem e a sua importância para o diagnóstico das doenças degenerativas da Retina 3) Terapia genética como uma das possibilidades de tratamento futuro.

 

D A T A:       19/08/2017, das 09:00 às 11:30h

L O C A L     Mercure Belo Horizonte Lourdes Hotel

                      Av. do Contorno, 7315 – Bairro Lourdes – Belo Horizonte/MG

 

Teremos  a  oportunidade de ouvir representantes da Retina Brasil e da Retina Minas apresentando temas como:

  1.            O que é a Retina Brasil;
  2.            A importância dos Grupos de Pacientes;
  3.            Fortalecendo a Retina Minas;
  4.            Projeto Bengala Verde.
  5.            Depoimento de paciente – Vencendo barreiras (Liliane Camargos)

 Este será um momento importante para compartilhar experiências e confraternizar com outros pacientes. Você poderá aprender e trazer suas dúvidas sobre as doenças degenerativas da retina. Pacientes com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia diabética poderão ouvir explicações sobre suas doenças e sobre tratamentos existentes para essas patologias. Serão abordadas questões ligadas à reabilitação, prevenção de doenças da visão e  qualidade  de vida para quem tem baixa visão.
O evento é gratuito e inscrições antecipadas podem ser feitas no link

https://goo.gl/forms/3kZJEOqZ74OcoDKN2

 
Informações:
Retina Minas  WhatsApp (31) 99625-1311  gruporetinaminas@gmail.com
Maria Antonieta Leopoldi  Tel (21) 2553 3152
Retina Brasil  Tel (11) 5549.2239   contato@retinabrasil.org.br

Compareça!

Maria Julia Araújo (Retina Brasil) Sandra Diniz  (Retina Minas)
Dra. Fernanda Belga Ottoni Porto (Oftalmologista e Presidente do Comitê Cientifico do Retina Minas)

CONSULTA PÚBLICA ANS – ROL 2018

 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) iniciou em 27 de junho consulta pública para atualizar a cobertura mínima obrigatória que os planos de saúde devem oferecer a seus beneficiários. O novo rol entrará em vigor em  1º de janeiro de 2018.
A contribuição de todos é muito importante. O recebimento das contribuições ocorre no período de 27.06 a 26.07.2018, exclusivamente por meio do preenchimento do formulário disponível na página CP 61, no portal da ANS,  acesse:  www.ans.gov.br   – ROL2018
Contribua!!!

LANÇAMENTO DO GRUPO RETINA CAMPOS

Aconteceu neste último 06 de maio o lançamento de mais um Grupo Regional da Retina Brasil – o Grupo Retina Campos. Formado para dar informação e apoio  às pessoas com Retinose Pigmentar  e Visão Subnormal. Algumas das finalidades do Retina Campos são:

 * dar conhecimento dos avanços das pesquisas para um possível tratamento e cura da Retinose Pigmentar;

* informar sua comunidade de pessoas com doenças degenerativas da Retina sobre as características clínicas e genéticas de suas doenças;
* prestar serviços de informação sobre acesso a consultas, exames e orientação sobre visão subnormal em hospitais/clínicas públicos e particulares;
* contactar oftalmologistas, especialistas em retina e em visão subnormal, para que sejam parceiros da associação participando de eventos;
* estabelecer contatos com defensores públicos e advogados que possam orientar os pacientes nos direitos e nas leis que podem beneficiar pessoas com algum tipo de deficiência visual e auditiva;
* parcerias com psicólogos e assistentes sociais para ajudar aos membros na questão de motivação, qualidade de vida e socialização.
* promover eventos informativos e de sociabilidade, em que os participantes possam dar depoimentos sobre sua vida e sobre como superam dificuldades no dia a dia.
 
CONTATOS COM O RETINA CAMPOS:
Sylvia Elizabeth de A. Peixoto
Coordenadora Geral
WhatsApp: (22) 98809-4420
Email: retina.campos@yahoo.com
 
 

Reuniões em Fortaleza/CE

REUNIÕES DA RETINA BRASIL COM RETINA CEARÁ

EM FORTALEZA NOS DIAS 17 E 18 DE MARÇO DE 2017

 

Nos dias 17 e 18 de março representantes da Retina Brasil: Maria Julia Araújo e Maria Antonieta Leopoldi se reuniram com pessoas interessadas em participar da reorganização da Retina Ceará.  Houve a realização de palestras para um público de pacientes e profissionais da visão, cujos temas das palestras foram sobre as doenças degenerativas da retina, principalmente sobre o avanço das pesquisas científicas que buscam tratamento e cura para essas doenças (Veja o resumo dessas palestras no final deste artigo)

As representas da Retina Brasil aproveitaram a oportunidade para e visitar à UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁUFC, que tem uma Área de Educação Especial para Pessoas com Deficiência.     A UFC possui um curso de graduação em Linguagem de Libras (para surdos) e conta também com uma Secretaria de Acessibilidade, diretamente ligada à Reitoria da UFC, que presta assistência aos alunos universitários surdos, cegos, com baixa visão, cadeirantes e autistas.

Visitaram também duas associações de apoio ao deficiente visual: a SOCIEDADE DE ASSISTENCIA AOS CEGOS, que compreende um setor de assistência à saúde ocular  e outro setor ligado à Educação, Reabilitação e Profissionalização de Cegos e Pessoas com Baixa Visão. Possui clinicas de oftalmologia, serviços de psicologia e de assistência social e hospital para cirurgias oftalmológicas; e a ASSOCIAÇÃO DE CEGOS DO CEARÁ   (ACEC), entidade de caráter privado, sem fins lucrativos, que oferece cursos supletivos de educação para jovens e adultos cegos ou com baixa visão, de manhã à noite, incluindo laboratório de ensino de informática.

 

No dia 18 março: aconteceu o evento inaugural  desta nova etapa da Retina Ceará. Este evento contou com a apresentação da nova diretoria do Retina Ceará, formada por quatro pessoas, entre elas Guilherme Ribeiro e Angela Souza. A reunião contou com cerca de 50 pessoas, entre pacientes, familiares de pacientes, profissionais da visão e representantes das duas entidades de cegos/baixa visão visitadas no dia anterior, o Prof. Paulo Roberto do Instituto dos Cegos e o Sr. Ferreira presidente  da  Associação dos Cegos  Estava presente o vereador de Fortaleza, Dr. Eron Mendes,  que é oftalmologista e que desenvolve ações sociais em comunidades de Fortaleza. O clima desta reunião foi extremamente favorável ao desenvolvimento de uma entidade de pacientes em Fortaleza, com muitas pessoas oferecendo seus  trabalhos para atividades de voluntariado da associação.

RESUMO DAS PALESTRAS DE

18 DE MARÇO DE 2017 EM FORTALEZA

 

O que são doenças degenerativas da retina?

São doenças de caráter hereditário,  com diferentes padrões de herança, causadas pela degeneração das células receptoras da retina (cones e bastonetes) e  que levam à uma perda visual progressiva.

Os sintomas dessas doenças variam muito dependendo da célula fotorreceptora da retina que é acometida. Algumas doenças, como a retinose pigmentar causam dificuldade de visão à noite ou em ambientes escuros (chamada de cegueira noturna), intolerância à luz forte (fotofobia) e diminuição gradual do campo de visão,  principalmente lateral.

Já nas degenerações maculares (Stargardt e Degeneração Macular Relacionada à Idade), ocorre uma perda progressiva da visão central, embaçamento e alteração das formas dos objetos, causando dificuldade de leitura e percepção de detalhes.

Essas doenças podem aparecer combinada com outras anomalias, atingindo outros órgãos. Nesses casos  são chamadas de síndromes, como a de Usher, que junto com a perda visual (devido à retinose pigmentar) leva também à perda auditiva.

A maioria dessas doenças são consideradas doenças raras e ainda não têm cura ou tratamentos,  mas muitas pesquisas estão acontecendo  em vários países,  o que nos dá a esperança de que em um  futuro não muito distante teremos tratamentos para essas doenças da retina.

Para a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), do tipo úmida e também para a retinopatia diabética, existem tratamentos com medicamentos antiangiogênicos, (Anti-VEGF).  DMRI e retinopatia diabética são doenças com alta incidência, saindo portanto do grupo das doenças raras da retina.

 

PRINCIPAIS PESQUISAS CÍENTIFICAS PARA O TRATAMENTO DAS DOENÇAS HEREDITÁRIAS DA RETINA

 

Vamos começar esse assunto entendendo o que são as pesquisas cientificas, que tendo sucesso se transformarão nos futuros tratamentos para as doenças hereditárias da retina. Estas pesquisas são chamadas de  pre-testes clínicos e testes clínicos.

O QUE SÃO PRÉ TESTES CLÍNICOS?

. São testes para descobrir se uma linha promissora de terapia vai funcionar. Estes pré-testes são feitos em laboratório, usando células ou modelos animais. Quando são bem sucedidos estes pré-testes estabelecem o que se chama em ciência de  “Prova de princípio”.

. Tendo sucesso nesses testes, os cientistas buscam recursos para continuar novas fases e buscam autorização para a realização dos testes clínicos.

O QUE É UM TESTE CLÍNICO?

. São testes controlados, que buscam saber se uma intervenção é segura e eficaz para uso dos pacientes.

. O teste clinico exige autorização para ser realizado, e deve ter seu registro nos órgãos fiscalizadores como a FDA (nos Estados Unidos) ou  EMA (na Europa).

. As pesquisas  sob a forma de teste clinico tem 3 fases:

Fase 1 – pequenos grupos de pacientes que testam somente se o tratamento é seguro (de 06 a dez pessoas)

Fase 2 – com número maior de pacientes que testam segurança, dosagem e eficácia (cerca de 20 pessoas)

Fase 3 – testes feitos em vários centros que testam a eficácia para futuro registro da medicação

É importante salientar que testes clínicos não são tratamentos

 

TESTES CLINICOS E PRÉ-CLÍNICOS EM ANDAMENTO EM VARIOS PAÍSES

 

.  Terapia genética (substitui o (s) gene (s) defeituoso (s) )

.   Agentes de sobrevivência neuronais

.   Intervenções farmacêuticas (medicamentos)

.   Retinas artificiais

.  Células tronco e células de substituição (fabricadas em laboratório)

  

TERAPIA GENÉTICA  é a inclusão de material genético em uma pessoa com a finalidade  de tratamento.

GENOTIPAGEM –  é o exame genético que busca as mutações presentes em um gene e que são responsáveis pela doença em questão.

O TESTE GENÉTICO É IMPORTANTE PARA:

. Especificar o diagnóstico da doença,

. Estudar implicações de risco para familiares terem determinada doença ou o risco de ter um filho com a doença,

. Indicar a participação em estudos clínicos que sejam específicos para determinados genes.

 

ATUAIS TESTES CLÍNICOS COM TERAPIA GENÉTICA

 . para o gene RPE65, causador da  Amaurose Congênita de Leber

. empresa Stargen pesquisa terapias para o gene  ABCA4 (um dos genes que levam à Stargardt) e para o gene CRD da Coroideremia

. empresa UshSTAT  pesquisa terapia genética para a Síndrome de Usher Tipo 1b – .  Para o gene    MYO7A  que também leva à Sindrome de Usher 1b há estudo  pela empresa  Sanofi

. empresa Nightstarx (Reino Unido)  desenvolve teste clinico  para Coroidemia ( observa-se que um dos pacientes que se submeteu ao teste clinico  conseguiu ver as estrelas após o tratamento) – 14 pacientes tratados com melhora na acuidade visual

. Retinose Pigmentar ligada ao cromossoma X

. AIPL1 para Amaurose Congênita de Leber

. recentemente foi concluída a fase 3 do teste clinico de terapia genética para Amaurose Congenita de Leber , gene RPE65 com 29 pacientes nos Estados Unidos. Este estudo está sendo apresentado para aprovação no FDA dos Estados Unidos pela empresa Spark Therapeutics.

AGENTES  NEUROPROTETORES

Nos estudos clínicos com os agentes neuroprotetores foram percebidos resultados como melhoria da proteção dos fotorreceptores e o retardo na degeneração da retina. Esses agentes   neuroprotetores pesquisados são:

. fator de crescimento –  Este teste clinico, realizado pela empresa norteamericana Neurotech, em andamento, consiste em introduzir no olho uma pequena bolsa, do tamanho de um grão de arroz, que contém um medicamento       que protege as células da retina e retarda a progressão da degeneração.

. eletroestimulação Um aparelho ligado a eletrodos colocado na parte inferior do olho emite uma corrente elétrica (muito baixa)  que estimula os fotorreceptores.

O estudo mostrou melhora na visão de alguns pacientes, provavelmente pelo aumento de agentes neurotróficos.  A eletroestimulação, desenvolvida na Alemanha pela empresa  Okuvision já foi aprovada na Europa. Contudo seus resultados no longo prazo ainda são desconhecidos.

 . medicamentos antioxidantes:

São suplementos alimentares (vitaminas e nutrientes) que objetivam proteger as células da retina e  retardar a evolução da degeneração.

       – nos Estados Unidos foi realizado no inicio deste século o “Estudo AREDS”,  para pacientes com DMRI seca. O uso de nutrientes como a luteína e a zeaxantina testados neste estudo,  resultaram na proteção das células da retina,  desacelerando a progressão da DMRI seca para a úmida.

        – Retinacomplex  foi um medicamento desenvolvido na Europa, que tem sido indicado para pacientes com retinose pigmentar. Testes clínicos feitos em ratos mostraram notável preservação da retina nesses animais. Os estudos com os pacientes, usando este medicamento ainda não foram concluídos.

INTERVENÇÕES FARMACOLÓGICAS

. um dos primeiros tratamentos para pacientes com problemas da retina veio do medicamento antiangiogênico (Anti VEGF), indicado, sob a forma de injeções no olho,  para DMRI úmida e retinopatia diabética.

. o medicamento QLT Retinoid (um derivado da Vitamina A) tem sido testado em pacientes com Amaurose Congênita de Leber (causada pelo gene RPE65)

. Vitaminas, Carotenóides e antioxidantes, etc.

.. Estatinas

RETINAS ARTIFICIAIS (Chip eletrônico)

Nesta abordagem, um pequeno chip é implantado na retina do paciente;. Através do chip, que faz o papel de uma retina, a imagem é processada e transmitida ao cérebro através do  do nervo optico.

. O chip Argus II da empresa  Second Sight (EUA) já está sendo comercializado na Europa e Estados Unido. A qualidade de visão proporcionada por esse chip  ainda é muito baixa,   sendo indicado para quem não tem mais visão. Estudos continuam para melhorar a resolução do chip e assim melhorar a qualidade de visão.

.  Há estudos com Implante retiniano também na Alemanha, através da empresa Retina Implant AG

TESTES CLÍNICOS USANDO CÉLULAS TRONCO

Essa terapia consiste em injetar células tronco na retina (através de cirurgia), para substituir as células comprometidas pelo processo degenerativo. Estas células podem ser –

.  células tronco embrionárias que vão  desenvolver células novas na retina  (pesquisas estão sendo feitas com pacientes com DMRI e Stargardt).

.  células tronco embrionárias para desenvolver células Fotoreceptoras (em pacientes com Retinose Pigmentar).

. Um grupo no Japão está conduzindo teste clínico para DMRI úmida usando células tronco.

.

PHOTOSWITCHES OU OPTOGENÉTICA

. este experimento se destina a pacientes com estágio avançado de perda de visão, cujas células  fotorreceptoras já estão mortas, mas a camada neural permanece intacta. Esta tecnologia visa atuar estimulando a camada neural da retina.

TRATAMENTOS EXISTENTES

Podemos falar em TRATAMENTOS apenas para os casos de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) do tipo úmida e para a Retinopatia Diabética. A DMRI úmida acontece quando ocorre crescimento desordenado de vasos na retina, os quais se enchem de água e vazam, danificando a retina. O tratamento se dá com  injeções de anti-VEGF no olho e já existem vários medicamentos no mercado para tratar estas doenças. Vale alertar que os medicamentos usados neste tratamento são de alto custo e não estão disponíveis no SUS. A Retina Brasil tem desenvolvido ações para que os pacientes diagnosticados pelo SUS, com DMRI úmida e retinopatia,  tenham acesso a esse tratamento.

 Para a DMRI tipo seca, ainda não há tratamento. Estudos mostram que  a   fórmula antioxidante derivada do estudo AREDS (luteína e zeaxantina) retardam a progressão da doença.

Texto de Maria Julia Araújo a partir da viagem ao Ceará   – texto de 25/03/2017

REVISTO POR MARIA ANTONIETA  LEOPOLDI EM 26/03/2017