COMO FOI O 19º CONGRESSO MUNDIAL DA RETINA INTERNACIONAL.

 COMO FOI O 19o CONGRESSO MUNDIAL DA RETINA INTERNACIONAL

 

Foram mais de 30 anos de espera até que a Retina Internacional enfim realizasse o seu famoso encontro bianual em um país de língua chinesa! Mas a espera valeu a pena, pois o 19o Congresso Mundial da Retina Internacional, realizado na vibrante cidade de Taipei, em Taiwan, não decepcionou. Nossos amigos asiáticos sediaram um grande evento, marcado por muitas novidades, valiosas trocas de informações científicas e experiências culturais e, principalmente, pelo contínuo fortalecimento de um grupo de pessoas cada vez maior e mais unido, que tem se dedicado apaixonadamente e incessantemente à luta contra a cegueira. Apresentaremos a seguir um resumo dos principais aspectos e das mais interessantes perspectivas que observamos no congresso, iniciando pelas novidades científicas.

A Medicina internacional parece enfim ter deixado definitivamente para trás a era da escuridão científica, adentrando numa nova fase de conhecimento, marcada por um crescente número de testes clínicos em diversas frentes. A maioria absoluta das palestras não está mais focada em pura pesquisa, mas na apresentação e discussão de resultados objetivos de diversos testes clínicos em curso. Atualmente, a medicina internacional já é capaz de identificar um pouco mais de 200 genes cujas mutações são as causas das doenças degenerativas da retina que conhecemos. Também já é conhecido o caminho bioquímico que leva à degeneração e morte das células fotorreceptoras (cones e bastonetes). De forma geral, existem 4 grandes áreas de pesquisa que já estão conduzindo testes clínicos que, caso sejam aprovados, permitirão o início dos tratamentos. Essas áreas são as seguintes:

1. Terapia celular. As técnicas mais promissoras envolvem o transplante de células tronco, para as quais já existem testes clínicos sendo realizados em pacientes, especificamente para Stargardt e DMRI seca (EUA, Brasil) e em fase bem inicial para Retinose pigmentar (Japão), com bons resultados clínicos preliminares. Além disso, existem novas técnicas de transplante de células fotorreceptoras sendo desenvolvidas e testadas com sucesso em animais, especialmente nos EUA e no Reino Unido. Essas técnicas podem levar ao início de novos testes clínicos em pacientes num futuro próximo, e seriam aplicáveis inclusive para pacientes em estágio avançado da doença.

2. Visão artificial. Muitos grupos ao redor do mundo estão trabalhando no famoso olho biônico. São diferentes modelos e abordagens, e já existem produtos disponíveis no mercado para implante, desenvolvidos na Alemanha (Alpha IMS) e nos EUA (Argus II). Para que se possa ter uma ideia do avanço, já existem mais de 200 pacientes utilizando o implante Argus II. Esses produtos são capazes de restabelecer a percepção de claridade e a visão de alguns vultos. Trata-se de uma área muito promissora, com perspectiva de avanço muito rápido. Os próximos modelos em desenvolvimento objetivam trazer o reconhecimento facial, a restauração da capacidade de leitura e detecção de cores.

3. Estimulação elétrica da retina. O tratamento, que está em fase final de testes clínicos em pacientes, já está sendo comercializado na Europa e aguardando aprovação final do FDA (americano) para entrar em comercialização nos EUA e em diversos outros países. Existem resultados bem consistentes que comprovam que a estimulação elétrica pode recuperar as células fotorreceptoras que estão morrendo, bem como diminuir a velocidade do processo de degeneração. Não se trata de uma cura, mas uma mitigação. É recomendada para a maioria das formas de RP, mas somente para casos não muito avançados das doenças, pois não consegue atuar nas células que já estão mortas. Além disso, o processo de degeneração volta ao ritmo normal quando o tratamento é interrompido. O tratamento consiste em uma sessão de 30 minutos por semana.  É possível que seja iniciado um teste clínico no Brasil em breve, mesmo antes da aprovação final do FDA americano.

 

4. Terapia Gênica. É, sem dúvida, a área que vem apresentando os melhores resultados e o caminho mais próximo para a cura efetiva das doenças da retina. Trata-se de um tratamento que substitui genes defeituosos mutantes de células vivas por cópias do mesmo genes sem defeitos, que atuam como restauradores das funções normais da célula, recuperando a visão. Uma série de testes clínicos estão sendo realizados para diversos genes. A mais avançada delas é a terapia genética para o gene RPE65, que concluiu com sucesso a terceira fase do teste clinico e provavelmente estará disponível no mercado americano no futuro próximo. Ficamos com a clara sensação de que esse é apenas o primeiro resultado de uma série de novos tratamentos que já estão semeados e deverão render frutos nos próximos anos.

A última novidade que chamou muita atenção foi o grande interesse das industrias farmacêutica e de tecnologia, que muito se esforçaram para se fazer presentes. Os empresários representantes das empresas demonstraram muita vontade de se aproximar e ouvir os pacientes. Esse interesse e participação é fundamental, pois demostra que as empresas estão enxergando os possíveis tratamentos como um lucrativo negócio, o que certamente trará mais investimentos e acelerará o desenvolvimento dos tratamentos em todos os aspectos.

O grupo que participou do evento é bastante diverso, formado por pacientes, familiares, médicos, cientistas e empresários do mundo inteiro. Durante os dois dias de congresso o contato direto entre médicos e pacientes foi sem dúvida um ponto alto, uma oportunidade única para nos atualizarmos e nos conectarmos com o que de mais modernos está acontecendo no mundo. Além disso, o contato com pacientes e familiares das mais diferentes culturas sempre nos traz novas ideias e perspectivas para a melhoria da nossa qualidade de vida hoje. Fato é que do outro lado do mundo as pessoas encaram as mesmas dificuldades e desafios em relação à baixa visão. Mas, acima de tudo, as relações criadas durante o evento fortalecem cada vez mais a voz que advoga pela nossa causa. E essa advocacia incessante e cada vez mais fortalecida nos aproxima da tão sonhada cura das doenças degenerativas da retina. Mas é importante lembrar que o nosso objetivo não é apenas a cura, mas sim que os tratamentos possam ser efetivamente disponibilizados para todos, nos quatro cantos do mundo. Para tanto, é fundamental o engajamento cada vez maior das associações de pacientes de todos os países.

Em relação às associações de pacientes presentes no evento, pudemos observar um claro movimento de uma nova geração de pacientes se envolvendo na condução de muitos grupos regionais mundo afora e também na Retina Internacional, o que está gerando uma nova dinâmica e energia, ainda amparada pela experiência da primeira geração que iniciou todo o processo de luta e que ainda tem muito a contribuir. Claramente os países europeus, juntamente com os EUA, a Austrália e a África do Sul estão bem na nossa frente em termos de organização e unidade, o que reflete diretamente nos resultados por eles obtidos. Precisamos urgentemente nos unir para fortalecer nossa voz, e nos fazer ouvidos pela sociedade brasileira, pelo governo brasileiro, bem como pela comunidade internacional de pacientes e médicos.

Nossos amigos europeus estão ansiosos para nos ajudar nessa tarefa, mas cabe a nós nos organizarmos para realizar o trabalho. A cura está chegando e cada vez mais teremos acesso a tratamentos paliativos para retardar ou interromper a progressão das doenças. Precisamos estar preparados para receber estes tratamentos e tecnologias, e assegurar que elas possam estar disponíveis para todos aqueles que necessitem, independentemente de sua condição econômica e social. Trata-se de um trabalho onde não deve haver concorrência, mas apenas convergência de esforços.

Além das ações para a conscientização da sociedade brasileira e das constantes atividades para divulgação de informações, apoio psicológico e inclusão social, a Retina Brasil terá como prioridade o mapeamento genético do maior número de pessoas possível, bem como a disponibilização do tratamento de estimulação elétrica para o maior número possível de brasileiros. Certamente não é pouca coisa, mas é possível! Para isso precisaremos de recursos, humanos e financeiros. Se você tem interesse em se envolver nesse trabalho ou nos apoiar de alguma forma, entre em contato através do email rcpbueno@gmail.com. Nos próximos meses estruturaremos a nova estratégia do grupo para encarar todos esses desafios.

Um abraço,

Juliana Sallum

Maria Antonieta Leopoldi

Rodrigo Bueno

Representantes de vários países no Congresso da Retina Internacional.


13º Encontro Anual do Grupo Retina São Paulo

Caro Afiliado
Convidamos você a participar do 13º Encontro Anual do Grupo Retina São Paulo, que apresentará os resultados do recente Congresso da Retina Internacional, realizado em Taiwan neste mês de julho, trazidos por seu representante Profa. Dra. Juliana M. Ferraz Sallum (Comitê Científico).
                    D A T A :    13/08/2016, das 09:00 às 13:00h
                    L O C A L:    UNIFESP-Teatro Boris Casoy  
                                            Rua Botucatu, 821 – Vila Clementino  
                                            Estação Santa  Cruz do Metrô                  
Teremos a oportunidade de ouvir a Profa. Dra. Juliana M Ferraz Sallum, que nos informará sobre o estágio dos estudos clínicos e pesquisas para o tratamento das Doenças Degenerativas da Retina nos campos  da genética, terapia celular e eletrônica.
Estamos vivendo um momento muito importante, onde tratamentos para algumas doenças já são anunciados, como é o caso da Amaurose Congênita de Leber RPE65, previsto já para 2017. Há muito esperávamos por essa notícia e precisamos comemorar juntos. Outros tratamentos estão a caminho para se tornar realidade.
Para participar há necessidade de inscrição, que é gratuita e  deverá ser feita até 10/08/16, através do e.mailretinasp@retinasp.org.br ou em nossa sede 5549-2239, às segundas-feiras e quartas-feiras, das 11 às 16h.
Compareça! Sua participação é muito importante.
 
Maria Julia S Araujo
Presidente

URGENTE – MANIFESTE-SE ATÉ 01/12/2015 – CONSULTA PÚBLICA Nº 34 DA CONITEC PUBLICADA EM 12/11/2015

A CONITEC abriu uma nova Consulta Pública, a respeito da incorporação no SUS dos antiangiogênicos para o tratamento do Edema Macular Diabético. Essa consulta se encerra dia 01 de dezembro,
Manifeste-se contra a decisão da CONITEC e a favor da incorporação do tratamento do Edema Macular Diabético com TODOS os  anti-VEGF .
 
Por que é importante que todos participem?
Sua participação é muito importante, para garantir que todos os pacientes que necessitem de tratamento, tenham acesso ao tratamento pelo SUS.  Esse tratamento é de alto custo e ainda não está disponível pelo SUS.
 
O que é a CONITEC?
CONITEC – COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORACÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS: é um Órgão do Governo Federal que tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde – MS nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas – PCDT.
Nesse nosso caso, a tecnologia pretendida é o tratamento para o Edema Macular Diabético com os tratamentos existentes – os anti-VEGF (antiangiogênicos)
 
Como participar da Consulta Pública?
È fácil entre no link abaixo e preencha o formulário.
http://formsus.datasus.gov.br/formulario.php?id_aplicacao=23507
Manifeste-se contra a decisão da CONITEC e a favor a Incorporação de TODOS os anti-VEGF para o tratamento do Edema Macular D abético, de forma a dar acesso a todos os pacientes que necessitam ser tratados.
Mais informações (bem como a recomendação da CONITEC na íntegra),  podem ser acessadas em http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas.
Dúvidas entre em contato na nossa sede (11) 5549-2239 ou por e-mail  mariajulia.araujo@retinabrasil.org.br
 
Participem!
Maria Julia da Silva Araújo
Retina Brasil
Visite nossa página www.retinabrasil.org.br
 
 
 
 

Exposição Diálogo no Escuro


 
 
 
A exibição está aberta ao público desde 22 de agosto, na Unibes Cultural, situada na Rua Oscar Freire, 2500, Pinheiros, São Paulo, SP. O centro cultural fica ao lado da estação Sumaré do Metrô.
A compra de ingresso e mais informações você pode obter através do site  www.dialogonoescuro.com.br ou pelo fone 3065.4333.
 
Sobre a Exposição
O conceito da Exposição Diálogo no Escuro é mostrar como é o mundo sem o sentido da visão. Os visitantes são conduzidos por guias deficientes visuais através de salas totalmente escuras e especialmente construídas, em que cheiro, som, vento, temperatura e textura apresentam as características de ambientes cotidianos como parques, ruas, mercearias, cidades e cafés.
Os visitantes aprendem a interagir sem a visão, usando seus outros sentidos. Através dessa inversão de papéis, as rotinas diárias tornam-se uma nova experiência. Pessoas que podem ver são levadas para fora do seu ambiente familiar. Os guias com deficiência visual proporcionam segurança e sentido de orientação aos visitantes.
Durante e após a visitação, o público tem a oportunidade de fazer perguntas que normalmente não tem a chance de fazer a uma pessoa com deficiência visual reduzindo as barreiras de ambos os lados e ajudando a compreensão mútua. Como uma “plataforma de comunicação”, a ênfase não é sobre deficiência visual, mas sim sobre a importância da compreensão, empatia e solidariedade.
O passeio em si dura pouco mais de uma hora, mas os efeitos podem durar uma vida.
A exibição está aberta ao público desde 22 de agosto, na Unibes Cultural, situada na Rua Oscar Freire, 2500, Pinheiros, São Paulo, SP. O centro cultural fica ao lado da estação Sumaré do Metrô.
A compra de ingresso e mais informações você pode obter através do site  www.dialogonoescuro.com.br ou pelo fone 3065.4333
 

Comemoração Dia Mundial da Retina

No dia 27 de setembro de 2015  centenas de pessoas se reuniram no Vão Livre do Masp para comemorar o Dia Mundial da Retina. Evento organizado pela Retina Brasil,  teve como principal objetivo a Conscientização sobre as Doenças da Retina.
As calçadas e a Av. Paulista pintaram-se de verde com os inúmeros balões recebidos pelas pessoas que passavam por ali. Atraídos pelos balões as pessoas recebiam informações importantes sobre saúde da visão especialmente sobre as doenças da Retina.

Anualmente, a AMD-Alliance e a Retina Internacional promovem a Semana Internacional da Conscientização da DMRI (21 A 27 DE SETEMBRO DE 2015) e Dia Internacional das Doenças da Retina (26 DE SETEMBRO DE 2015) que tem como objetivo conscientizar sobre a DMRI e demais doenças da retina, seus fatores de riscos e prevenção.
Nessas datas, associações de pacientes com doenças degenerativas da retina, de todo o mundo, estarão mobilizadas para conscientizar sobre as doenças da retina, sobre a  necessidade de mais investimentos para as pesquisas para tratamento e cura dessas doenças, para que em um futuro não muito distante tenhamos tratamento e cura e para todas as doenças da retina.
A Retina Brasil também está se organizando para fazer a sua parte,  nesse movimento de conscientização.
Em comemoração ao Dia Mundial da Retina, a Retina Brasil e o Grupo Retina São Paulo estão organizando uma atividade no Vão Livre do MASP, onde chamaremos a atenção da população com cartazes, distribuição de balões de gás hélio com o slogan “Queremos que vocês nos vejam” e folhetos informativos sobre as doenças da retina e a baixa visão (Bengala Verde).
Muitos pacientes, familiares, profissionais de saúde e população em geral desconhecem as doenças da retina e suas consequências.
Sua participação nesse dia é de suma importância.
Participe!   Compareça!
 
Maria Julia da Silva Araújo
Retina Brasil / Grupo Retina São Paulo

DIA MUNDIAL DA RETINA

Em comemoração ao Dia Internacional da Retina, a RETINA BRASIL se une a organizações de todo o mundo, com objetivo de ajudar a conscientizar sobre as Doenças Degenerativas da Retina, seus fatores de risco e prevenção, tais como:

– Degeneração Macular Relacionada à Idade ( DMRI)
– Retinose Pigmentar, Doença de Stargardt, Síndrome de Usher, entre outras.
DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE (DMRI ) é uma doença crônica e progressiva. Ela é a principal causa da perda de visão em pessoas acima dos 60 anos. Foi  considerada pela Organização Mundial da Saúde a maior causa da perda da visão na população ativa e é vista como uma ameaça significativa para a saúde das pessoas.
As pessoas com DMRI desenvolvem uma diminuição da visão central, que é geralmente usada quando se olha para frente e em tarefas diárias comuns, como leitura e dirigir. Em alguns casos, a doença progride vagarosamente e as pessoas notam pouca mudança na visão; em outros casos, ela progride rapidamente e pode levar à perda da visão dos dois olhos.
Atualmente, aproximadamente 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI. Este dado representa o dobro das pessoas acometidas de Alzheimer.  No Brasil, estima-se que 3 milhões de pessoas tenham alguma forma dessa doença.
 
FATORES DE RISCO
São considerados fatores relevantes: idade, predisposição genética, fatores ambientais e de alimentação. O maior fator de risco é a idade: ele começa aproximadamente por volta dos 50 anos. Estudos mostram que depois dos 75 anos, a DMRI afeta mais ou menos 40% dos idosos. O tabaco também é um risco significante para a doença.
SINTOMAS
Há duas formas de DMRI: a seca e a exsudativa.
Um dos sintomas mais comuns da DMRI seca é a visão embaçada. Os primeiros sinais são pequenos depósitos amarelados embaixo da retina, não visíveis a olho nu, que podem ser fragmentos de tecidos deteriorados. Geralmente a DMRI seca precede a exsudativa, mas isso não acontece com todos os pacientes.  Ainda não se sabe se, ou quando, ela progredirá para a exsudativa. Um sintoma comum inicial da DMRI exsudativa é a visão turva de linhas retas. Pontos cegos pequenos também podem ser desenvolvidos quando o paciente está no processo da perda da visão central. Já que a DMRI exsudativa pode causar perda de visão grave e repentina – muitas vezes, em semanas ou meses depois dos sintomas iniciais. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para preservação da visão.
IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA
A DMRI reduz a qualidade de vida dos pacientes, causando dificuldades em suas atividades diárias e algumas vezes sendo a causa de isolamento social. Pacientes com DMRI têm um nível de depressão mais alto que o normal; têm duas vezes mais o risco de morte prematura; têm um risco maior de quedas e fraturas no quadril e, consequentemente, entrada prematura em atendimentos clínicos ambulatoriais.
PREVENÇÃO
Por enquanto, não há terapia com drogas aprovada para a DMRI seca. Estudos mostram que uma dose específica de antioxidantes e zinco reduz significantemente o risco de DMRI avançada e perda de visão associada em alguns pacientes. Um estudo mais novo chamado AREDS2 está avaliando o papel adicional dos nutrientes lutein/zeaxantin, ômega-3 e ácidos graxos (óleo de peixe), para prevenir a progressão da DMRI. Cientistas da NEI (National Eye Institute) recomendam uma dieta saudável com vegetais de folhas verdes e peixe.
TERAPIAS
Para a DMRI exsudativa, se diagnosticada a tempo, há tratamentos disponíveis que podem evitar a perda visual.  O tratamento mais popular e eficaz é: terapia anti-VEGF.   Este tratamento é baseado no uso de drogas que bloqueiam o VEGF – a molécula que promove o crescimento de vasos sanguíneos anormais e problemáticos na DMRI exsudativa.
Outros tratamentos, como cirurgia a laser e terapia fotodinâmica são usados algumas vezes.
AS DEMAIS DOENÇAS DA RETINA
As doenças hereditárias da retina,  como a Retinose Pigmentar, a Doença de Stargardt e a Síndrome de Usher, afetam adultos e crianças em todo mundo, causando, ao longo do tempo, perda irreversível da visão.  Elas ainda não têm cura.
Os sintomas dessas doenças variam muito, dependendo das células fotorreceptoras da retina que são acometidas.
Algumas doenças, como a  Retinose Pigmentar, causam dificuldades em ambientes escuros e à noite (cegueira noturna), intolerância à luz forte (fotofobia) e diminuição no campo de visão, principalmente lateral.
Já na Doença de Stargardt ocorre uma perda progressiva da visão central, causando uma dificuldade de leitura e percepção de detalhes.
Essas doenças podem aparecer de forma combinada com outras anomalias, em outros órgãos. Nesses casos, são chamadas de síndromes, como a de Usher, que além da perda visão, envolve também a perda auditiva.
 
O que é a RETINA BRASIL?
É uma associação de pacientes com doenças degenerativas da retina,  de caráter hereditário,  como a Retinose Pigmentar, a Síndrome de Usher, a Doença de Stagardt, a Degeneração Macular Relacionada à Idade,  a  Amaurose Congênita de Leber, a Bardel Biedt entre outras.
Nosso principal objetivo é dar apoio e informação aos pacientes e familiares com essas doenças.
IMPORTANTE: Se você tem ou conhece alguma pessoa que é afetada por uma dessas doenças da retina, entre em contato com a RETINA BRASIL :
e-mail –  contato@retinabrasil.org.br
Fone (11) 5549-2239
Mais informações, acesse: www.retinabrasil.org.br

 
 
 
 
Apoio:

 
 

No Dia Internacional da Retina 2015 a RETINA BRASIL juntamente com a RETINA INTERNACIONAL, convidam seus membros para darem apoio à sua luta pela maior participação e voz dos pacientes nos exames clínicos e nos testes visando novas terapias.

Milhões de adultos e crianças de todos os continentes farão do Dia Mundial da Retina, um momento para divulgar seu apoio à organização  Retina Internacional na sua campanha pela adoção de relatórios de resultados, feitos por pacientes, como parte do desenvolvimento dos testes clínicos para doenças da retina.

Está chegando o momento em que os avanços na compreensão e no tratamento das doenças degenerativas da retina vão contribuir para reduzir significativamente o peso que a perda de visão nos traz, emocional, social e economicamente. Os pacientes agora têm a oportunidade de serem atores importantes no desenvolvimento das terapias que irão beneficiá-los e aos seus descendentes.

As doenças hereditárias da retina, como Retinose Pigmentar, Síndrome de Usher e Doença de Stargardt, afetam crianças e adultos em todo o mundo, causando, ao longo do tempo, degeneração irreversível da retina. Elas ainda não têm cura. Apenas uma destas doenças, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), já conta com tratamentos para alguns tipos da doença. A DMRI foi considerada pela Organização Mundial da Saúde como  a maior causa da perda de visão na população ativa e é vista como uma ameaça significativa para a saúde de todas as pessoas.

No entanto existem razões para sermos otimistas. A oftalmologia vem sendo considerada uma das áreas que mais inovou em investigações científicas no campo da saúde. Regularmente, pesquisadores e médicos relatam avanços e sucessos nas pesquisas. Além das terapias já existentes para DMRI, há um grande número de testes clínicos visando terapias para as várias doenças hereditárias da retina.

Para se  aprovar o uso de um medicamento para qualquer doença,  é necessário que antes essa terapia passe por vários testes em importantes centros de pesquisas clínicas de vários países (testes clínicos multicentros), objetivando demonstrar a eficácia e  a segurança do tratamento  e do medicamento.  Esse procedimento não é diferente quando se trata das pesquisas para o tratamento dos olhos. A aprovação de um medicamento está baseada na realização bem sucedida dos objetivos nos ensaios clínicos.  A seleção dos parâmetros mais apropriados é fundamental para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos.

Embora existam padrões para os testes clínicos em oftalmologia, que definem critérios para que se tenha segurança e eficácia de resultados, a evolução da medicina requer que estes padrões sejam continuamente revistos e atualizados. Aqui entra o importante papel do paciente. A participação dos pacientes afetados por doenças da retina no desenvolvimento de parâmetros consensuais para que se tenha resultados satisfatórios é apoiada pelos pesquisadores, médicos e orgãos reguladores.

A Retina Internacional, dando voz a milhares de pessoas afetadas por doenças degenerativas em todo o mundo, vem buscando aumentar seu papel na definição de várias questões importantes para os pacientes de todas as áreas do mundo:  1) como mensurar o impacto dos sintomas do paciente e a funcionalidade da visão ? 2) como definir deficiência? 3) como descrever eventos adversos na pesquisa? 4) qual é o grau de tolerância do paciente ao tratamento? 5) o que significa melhor a qualidade de vida?

Não se pode desprezar a avaliação que o paciente tem dos resultados dos testes clínicos quando se faz experimentos com medicamentos e dispositivos. A Retina Internacional se vê como responsável em apoiar e promover a participação do paciente nos processos de avaliação.

No Dia Mundial da Retina, a Retina Internacional, uma organização guarda-chuva com mais de 50 associações de pacientes ligados a problemas da visão, distribuídos por 33 países em todos os continentes, está convocando seus membros para que apoiem esta causa e participem da implantação deste importante processo.

Christina Fasser, Presidente da associação, afirma que “A Retina Internacional  estimula os seus membros a buscarem informar os seus  médicos clínicos e os pesquisadores, sobre a relevância de sua participação e informação, seja como pacientes em consultórios ou como participantes dos estudos clínicos. São os pacientes, e somente eles, que podem descrever adequadamente o impacto de um tratamento no campo visual e na funcionalidade da visão.” E acrescenta: “Os pacientes estão cada vez mais  informados sobre o desenvolvimento dos tratamentos para seus problemas de saúde. Eles querem que sua voz seja ouvida para que as futuras gerações se beneficiem dos tratamentos que tragam resultados significativos, e que levem a um aumento de sua independência, melhoria na qualidade de vida e a possibilidade de participar ativamente da sociedade.”

Para mais informações contate Retina Brasil  www.retinabrasil.org.br
Retina Internacional :  www.retina-international.org
Texto: Christina Fasser – Presidente da Retina Internacional
Tradução: Salete Martins Herance – Colaboradora da Retina Brasil
Revisão:  Maria Antonieta Leopoldi – Vice-presidente da Retina Brasil

 Apoio:

27 de setembro de 2015 – DIA MUNDIAL DA RETINA


 
 
 
 
 

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27 de setembro de 2015

DIA  MUNDIAL DA RETINA

Conscientização sobre as Doenças da Retina e a Baixa Visão (Bengala Verde)

Local:  Vão Livre do Masp

Horário: das 09:OO às  13:00h

Anualmente, a AMD-Alliance e a Retina Internacional promovem a Semana Internacional da Conscientização da DMRI (21 A 27 DE SETEMBRO DE 2015) e Dia Internacional das Doenças da Retina (26 DE SETEMBRO DE 2015) que tem como objetivo conscientizar sobre a DMRI e demais doenças da retina, seus fatores de riscos e prevenção.

Nessas datas,  associações de pacientes com doenças degenerativas da retina, de todo o mundo, estarão mobilizadas para conscientizar sobre as doenças da retina, sobre a  necessidade de mais investimentos para as pesquisas para tratamento e cura dessas doenças, para que em um futuro não muito distante tenhamos tratamento e cura e para todas as doenças da retina.

A Retina Brasil também está se organizando para fazer a sua parte,  nesse movimento de conscientização.

Em comemoração ao Dia Mundial da Retina, a Retina Brasil e o Grupo Retina São Paulo  estão organizando uma atividade no Vão Livre do MASP, onde chamaremos a atenção da população com cartazes, distribuição de balões de gás hélio com o slogan “Queremos que vocês nos vejam” e folhetos informativos sobre as doenças da retina e a baixa visão (Bengala Verde).

Muitos pacientes, familiares, profissionais de saúde e população em geral desconhecem as doenças da retina e suas consequências.

Sua participação nesse dia é de suma importância.

Participe!   Compareça!
Maria Julia da Silva Araújo
Retina Brasil / Grupo Retina São Paulo

EVENTO DO RETINA RIO UERJ/ 2015

 
Caros A M I G O S,
Assunto: EVENTO DO RETINA RIO UERJ/ 2015
Vimos, pela presente, CONVIDÁ-LOS para nosso próximo evento.
Data/horário: 26 de Setembro de 2015 – das 09 às 13h
Local: Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ – 11º. Andar(auditório)
Rua São Francisco Xavier, nº. 524, Maracanã – Rio de Janeiro/RJ
 
PROGRAMA
09:00h ABERTURA
Maria Antonieta P. Leopoldi, vice-Coordenadora do Retina Rio
Profª.Drª.Edicléa Mascarenhas Fernandes, coordenadora do NEEI/UERJ,
Presidente do CEPDE e Assessora Lions Clube
09:25h Degeneração Macular Relacionada à Idade: aspectos clínicos e tratamentos
Dr. Flávio MC Cord Medina, Chefe do Setor de Retina da UERJ
09:50h Estimulação elétrica para Tratamento de Doenças da Retina: resultados de estudos recentes e perspectivas futuras
Dr. André Messias, Universidade de São Paulo/Ribeirão Preto/SP
10:15 às 10:30h Pergunte ao doutor (sessão de perguntas aos palestrantes)
10:30 às 11:00h INTERVALO – café
11:00h Novos Horizontes das Terapias para doenças hereditárias da Retina
Drª. Rosane G. Resende, Presidente da Comissão Científica do Retina Rio
11:25h As Paraolimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro e o papel do oftalmologista na seleção e acompanhamento dos atletas
Dr. Helder Alves da Costa Filho, Comitê Paraolímpico Brasileiro
11:50 às 12:15h Pergunte ao doutor(sessão de perguntas aos palestrantes)
12:15h Vivendo com Retinose Pigmentar
Dr. Cláudio de Castro Panoeiro, Advogado Geral da União, RJ
12:45h ENCERRAMENTO – Campanha Bengala Verde para Baixa Visão
Gilzete Maria Magalhães, Coordenadora do Retina Rio
Haverá exposição e material didático acessível para alunos cegos e com visão subnormal. Acervo NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA/ PROJETO FAPERJ
O EVENTO É GRATUITO E NÃO NECESSITA DE INSCRIÇÃO
Mais informações: leopoldi@uninet.com.br e gruporetinario@gmail.com
(TEL: (21) 2553-3152/ 2594-8512)
Não perca a oportunidade de conhecer os novos tratamentos para as doenças degenerativas da retina que veem por aí e fazer perguntas aos Palestrantes.
Um abraço cordial à todos!
Gilzete Maria Magalhães
Presidente
gilzete.maria@terra.com.br
TEL: 2719-8861 e 9918-1743
Maria Antonieta Leopoldi
Vice-Presidente
leopoldi@uninet.com.br
TEL: (21)2553-1977 e 9325-0619

A Biblioteca da Fundação Dorina bem perto de você!

A Dorinateca é uma biblioteca virtual que disponibiliza livros por download nos formatos Braille, Falado e Digital Acessível DAISY para as pessoas com deficiência visual e para organizações, associações, escolas e universidades cadastradas de todo o país.
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Cordialmente,
Maria Julia da Silva Araujo
Retina Brasil/Retina São Paulo