FDA alerta sobre relatos de infecção ocular pelo uso de injeções de Avastin

A FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) advertiu sobre relatos de infecções oculares relacionadas ao uso de determinados lotes de Avastin.
FDA warns of eye infection reports with compounded Avastin
By: Joe Barber
The FDA on Wednesday warned about reports of eye infections linked to a recall of unapproved syringes of Roche’s Avastin (bevacizumab) made by a Georgia compounding pharmacy for the treatment of macular degeneration. “The product has or potentially could result in an infection within the eye,” federal regulators said.
Earlier this week, compounding pharmacy Clinical Specialties recalled approximately 40 lots of Avastin syringes after receiving five reports of bacterial endophthalmitis due to infection by streptococcus bacteria. The repackaged product was distributed to doctors’ offices in Georgia, Louisiana, South Carolina and Indiana from December 18 until the present.
Roche’s Genentech unit has long warned against the unapproved use of Avastin for macular degeneration and markets the FDA-approved Lucentis (ranibizumab) specifically for the condition. However, the American Academy of Ophthalmologists and other groups assert that there is no difference in patient outcomes between those given Avastin and those given Lucentis. Repackaged injections of Avastin cost approximately $50, compared with more than $1000 for Lucentis.
In 2011, the FDA warned about a cluster of serious eye infections in Florida linked to Avastin syringes compounded by a pharmacy in that state. In some cases, the infections caused permanent blindness in patients.
(Ref: The Washington Post, The Wall Street Journal, NBC News, FDA)

Brasileiros ajudaram a desenvolver olho biônico

Jornal Folha de São Paulo publica entrevista com o inventor de aparelho que restaura parte da visão em pessoas com uma doença rara e destaca parceria com o país

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO
Pesquisadores brasileiros ajudaram a criar o primeiro olho biônico, aprovado no mês passado nos EUA, e agora colaboram em outro projeto que usa células-tronco da retina para recuperar a visão.
A revelação é do inventor do olho biônico, o engenheiro biomédico Mark Humayun, 50, que mantém uma parceria de 15 anos com o departamento de oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Em entrevista exclusiva à Folha, o professor da Universidade do Sul da Califórnia afirma que seu maior desafio tem sido administrar a expectativa das pessoas sobre a nova tecnologia. “Não podemos alimentar falsas esperanças”
O olho biônico Argus II não restaura completamente a visão, mas permite que pessoas com uma doença rara que leva à cegueira (retinose pigmentar) detecte faixas de pedestres, presença de pessoas e grandes números e letras.
Ao menos 60 pessoas na Europa e nos EUA já usam o aparelho, a maioria subsidiada por programas governamentais. A tecnologia aguarda registro da Anvisa para ser comercializada no Brasil.
Espécie de Professor Pardal, Humayun tem cem patentes registradas em seu nome, entre elas bombas de insulina para diabéticos e dispositivos cerebrais.
Folha – O que o inspirou na criação do olho biônico?
Mark Humayun – Minha avó ficou cega por complicações da diabetes e, naquela época, pensei que poderia fazer algo para ajudá-la.
Quando foi isso e quais obstáculos o sr. enfrentou?
Há 25 anos, quando começamos com essa ideia, colocar um computador dentro dos olhos era ficção científica. Nos primeiros anos, havia pouco dinheiro, pouco apoio.
Para mudar isso, passamos a colocar o aparelho por 30, 45 minutos nos olhos de cegos, com anestesia local, e perguntar o que eles estavam vendo. O fato é que puderam ver um eletrodo dentro do olho e, então, acreditamos que poderíamos construir uma retina artificial.
O olho biônico custa US$ 100 mil. O sr. acredita que, com o tempo, ficará mais acessível?
O aparelho possibilita a visão por ao menos dez anos. São US$ 10 mil por ano. Por esse prisma, não é tão caro. Mas acredito que, com melhores técnicas de fabricação, poderemos torná-lo mais barato. Temos que lembrar que foram investidos US$ 200 milhões para desenvolvê-lo. Então, US$ 10 mil dólares por mês não é muito.
O aparelho não restaura completamente a visão. Ele deve ser aprimorado?
Ele permite identificar objetos grandes, como portas, contorno de corpos. Isso é uma grande coisa. Mas os usuários não podem reconhecer um rosto ou ler como nós lemos. A tecnologia deve melhorar cada vez mais.
Ele poderá ser usado em pessoas com outras doenças, como a degeneração macular?
Não temos essa resposta. Teoricamente, só precisamos melhorar a tecnologia.
Em quanto tempo?
O primeiro modelo do aparelho levou 15 anos para ser desenvolvido. O segundo, sete. Estamos aprendendo rápido e, em três ou quatro anos, teremos um novo modelo.
Qual o principal desafio ainda a ser enfrentado?
Administrar a expectativa das pessoas. Todo mundo ouviu sobre o olho biônico e todo mundo quer. Precisamos ser muito claros sobre o perfil de pessoas que serão beneficiadas com ele. Não podemos alimentar falsas esperanças. Ele não pode ser usado em doenças em que o nervo óptico foi lesionado ou em condições em que não há mais células viáveis da retina.
O Brasil teve participação neste projeto?
O Brasil tem um grande papel na pesquisa. Tenho recebido pesquisadores brasileiros no meu laboratório nos EUA, e eles contribuíram muito desde o início.
O sr. desenvolve outra pesquisa, em parceria com a Unifesp, que envolve uso de células-tronco. Do que se trata?
O olho biônico tenta restaurar a visão perdida, já as pesquisas com célula-tronco pretendem recuperar a retina que está morrendo.
São células-tronco que se diferenciam in vitro em células do epitélio pigmentar e são colocadas numa membrana. A hipótese é que colocar essas células debaixo da retina vai dar a nutrição para as outras células se manterem ou melhorarem.
Estamos na fase pré-clínica. Os primeiros pacientes precisam ser aprovados pelo FDA. Isso deve acontecer em 2014.
Fonte: Folha On-line

Olho biônico Argus® II recebe aprovação do FDA (Food and Drug Administration)

Depois de mais de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento, a Second Sight Medical Products Inc., lider no desenvolvimento de próteses para retina para deficientes visuais, teve seu sistema de prótese de retina Argus II aprovado pelo FDA, órgão governamental responsável pelo controle de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, para tratar pacientes com avançado estágio de Retinose Pigmentar (RP), doença degenerativa que causa perda de visão. Este anúncio segue-se a aprovação europeia do dispositivo  em 2011, e uma unânime recomendação do Painel Consultivo de Dispositivos Oftalmológicos do FDA em 2012, que afirmou ser este um produto revolucionário para o tratamento da população norte americana.
“O Argus II tem um grande potencial de proporcionar uma mudança de vida com melhor mobilidade e independência aos pacientes. Estamos entusiasmados em poder oferecer a única terapia a longo prazo aprovada pelo FDA para pessoas que sofrem de RP avançada” afirmou Robert Greenberg, presidente e CEO da Second Sight. “Com essa aprovação, esperamos construir uma forte rede de cirurgiões nos Estados Unidos e recrutar novos hospitais que oferecem o implante de retina Argus II. Este é um divisor de águas no campo das doenças que afetam a visão. Representa um enorme passo adiante para estes pacientes que estavam sem opções de tratamento até agora”, conclui Robert.
O Argus II fornece estimulação elétrica da retina para induzir a percepção visual em indivíduos cegos com retinose pigmentar, e tem a capacidade de oferecer uma mudança na qualidade de vida para pacientes incapazes de enxergar ou que, na melhor das hipóteses, enxergam apenas flashes luminosos.
Ainda que a visão resultante não seja igual a das pessoas com visão normal, os pesquisadores envolvidos no teste clínico do Argus II estão empolgados com a aprovação. “É incrivelmente emocionante ter a aprovação da FDA para iniciar a implantação do Argus II e fornecer alguma restauração da visão em pacientes cegos de RP. Nos pacientes que foram implantados até à hoje, a melhoria da qualidade de vida foi inestimável ” constatou Cornelius Pings,  professor de Engenharia Biomédica e Professor de Oftalmologia e Neurobiologia da Escola de Medicina Keck da University Southern California.  “O fato de muitos pacientes poderem usar o implante Argus em suas atividades diárias, tais como reconhecimento de letras grandes, localização da posição dos objeto e mais, foi além dos nossos sonhos. A promessa para os pacientes é real, e esperamos que só melhore ao longo do tempo”, completou.
Com a aprovaçãodo FDA, o Argus II deve estar disponível ainda este ano em centros clínicos dos Estados Unidos.
“Este é um momento emocionante para as pessoas cuja deficiência visual é decorrente da RP. A prótese de retina da Second Sight traz esperança significativa para dezenas de milhares de pessoas com doenças da retina avançadas “, disse Stephen Rose PhD, chefe de pesquisas da Fundação Fighting Blindness. Ele acrescenta: “O Argus II tem o potencial de proporcionar uma visão que resulta em maior mobilidade e independência.”
Aprovação da FDA veio após mais de 20 anos de trabalho de pesquisa, dois ensaios clínicos, mais de US $ 100 milhões em investimento público por parte do National Eye Institute, do Departamento de Energia e da National Science Foundation, e um adicional de US $ 100 milhões em investimentos privados.
Sobre a Retinose Pigmentar (RP)
RP, uma doença degenerativa da retina de caráter hereditário e  que muitas vezes resulta em cegueira quase completa, afeta cerca de 100 mil americanos. O Sistema Argus II se destina a ajudar os pacientes mais afetados pela RP. Esta aprovação aconteceu através de um programa do FDA chamado Humanitarian Use Device (dispositivo de uso humanitário, em tradução livre), que pretende acelerar a introdução no mercado de tecnologias orientadas para o tratamento de populações de pacientes com doenças raras.
Sobre o Argus II System
O Sistema de Argus II funciona através da conversão de imagens de vídeo captadas por uma pequena câmara, alojada em óculos do paciente, em uma série de pequenos pulsos eléctricos que são transmitidos sem fios para uma matriz de eléctrodos sobre a superfície da retina. Estes pulsos são destinados a estimular as células remanescentes da retina resultando na percepção correspondente de padrões de luz no cérebro. O paciente aprende a interpretar esses padrões visuais, assim recuperando alguma função visual. Second Sight ganhou aprovação Europeia (CE Mark) para o sistema em 2011 e aprovação da FDA em 2013. É a primeira e única prótese de retina aprovada em todo o mundo.
Sobre a  Second Sight
Second Sight Medical Products, foi fundada em 1998 para criar uma prótese de retina para proporcionar visão a pacientes cegos devido a degenerações na retina, como a RP. Através da dedicação e inovação, a missão da Second Sight é desenvolver, fabricar e comercializar próteses implantáveis ​​visuais para permitir que as pessoas cegas consigam uma maior independência. Sede dos Estados Unidos fica em Sylmar, Califórnia, e a sede europeia está em Lausanne, na Suíça. Para mais informações, visite www.2 sight.com.
Fonte: Retina Internacional

Genotipagem em oftalmologia

Juliana M. Ferraz Sallum, doutora e mestre em oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); fellowship no Wilmer Eye Institute, Johns Hopkins University; título de especialista em geneticista clínica

A genotipagem é indicada para aconselhamento genético, para aprimorar o diagnóstico e indicar a possibilidade do paciente participar de algumas pesquisas clínicas.

Juliana M. Ferraz Sallum, doutora e mestre em oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); fellowship no Wilmer Eye Institute, Johns Hopkins University; título de especialista em geneticista clínica
O que é genotipagem?
É a identificação das alterações genéticas que causam determinada doença em indivíduos de uma família. Quando a doença é de causa cromossômica, o cariótipo é o exame indicado para detecção de alterações cromossômicas. Mas quando a causa é gênica, é necessário o diagnóstico genético molecular, que pesquisa mutações em genes relacionados à doença.
Por que genotipar?
Até bem pouco tempo atrás a genotipagem era usada para aconselhamento genético em determinadas situações familiares. Hoje há duas novas indicações: diagnóstico e tratamento.
Para diagnóstico deve-se conhecer mais profundamente a doença para melhor entendimento das bases moleculares que a causam. Protocolos de estudos clínicos em pacientes estão avaliando novos tratamentos. E o diagnóstico molecular é critério de inclusão em alguns desses protocolos. Alguns destes tratamentos visam corrigir defeitos genéticos, por meio de terapia gênica. A abordagem pode ser ao nível do DNA, RNA ou em terapias de reposição de proteína ou substâncias que interfiram no metabolismo.
A clínica é soberana?
O direcionamento da pesquisa genética se baseia em diagnósticos clínicos precisos e na identificação do padrão de herança. Uma doença com padrões de herança diferentes pode ser causada por genes distintos, isto é, a heterogeneidade genética. A clínica guia a pesquisa molecular. Existem mais de 180 genes relacionados às distrofias de retina. A experiência em genotipagem tem auxiliado a direcionar a pesquisa molecular. Quando um caso semelhante tem seu gene identificado, esta informação facilita a pesquisa em novos casos.
O que é mutação e polimorfismo?
Ambas são variações genéticas. A mutação é mais rara, encontrada com frequência menor que 1% da população, e causa um defeito que está relacionado ao aparecimento de uma doença. O polimorfismo é uma variação mais frequente que não causa doença, mas que pode predispor ao aparecimento da doença.
As doenças monogênicas em geral são causadas por mutações. Para as poligênicas, os polimorfismos genéticos podem predispor ao aparecimento de determinada doença.
O que a genotipagem busca?
Dependendo da doença em questão procura-se:
• Polimorfismo que confere risco para determinada doença. Ex: polimorfismos que predispõem a DMRI.
• Mutação específica em um gene. Ex: as distrofias de córnea são causadas por mutações específicas no gene TGFβ1.
• Mutações variadas em determinado. Ex: Doença de Stargardt, em geral, está relacionada a mutações no gene ACBA4.
• Mutações variadas em um painel de genes. Ex: Retinose Pigmentar e Amaurose congênita de Leber podem ser causadas por vários genes cada uma. A maioria das distrofias de retina se encontra neste grupo.
Qual método molecular deve ser empregado?
O método depende do que estiver sendo procurando. Se quisermos identificar um polimorfismo ou uma mutação específica podemos testar diretamente aquele ponto do gene. O teste molecular é menos complexo. Usamos PCR e enzimas de restrição ou PCR real time ou ainda sequenciamento de um fragmento de DNA, um exon, por exemplo.
Se tivermos de pesquisar a mutação em qualquer ponto do gene está indicado sequenciar este gene inteiro. O problema é maior quando temos de sequenciar vários genes. Até bem pouco tempo atrás isso era economicamente inviável como exame clínico. Os chips de DNA eram uma possibilidade alternativa, pois testam o DNA do paciente contra uma biblioteca de mutações conhecidas. O problema é que o paciente pode ter uma mutação que não está incluída no chip e o teste é inconclusivo.
Mais recentemente, as técnicas de sequenciamento capilar (tradicional) foram aprimoradas e optimizadas. Equipamentos para sequenciamento mais modernos, chamados sequenciadores de “next generation”, estão entrando no mercado. Isso permite obter o diagnóstico nas situações em que o chip de DNA era inconclusivo.
O sequenciamento aumentou a eficiência da genotipagem. O de “next generation” permite a análise do genoma todo (genômica) ou apenas dos exons (exomas). Essas abordagens possibilitam a identificação de novos genes, o estudo de interação entre genes e de fatores modificadores da expressão dos genes (epigenômica).
A mutação identificada é sempre causadora de doença ou pode ser um polimorfismo?
A análise da patogenicidade da mutação identificada:
• Deve-se pensar no heredograma da família, verificando-se se os afetados são portadores da mutação.
• A mutação deve correlacionar com o padrão de herança. Por exemplo, uma mutação recessiva pode causar a doença por não produzir a proteína. Já para uma mutação dominante o efeito patogênico pode decorrer da insuficiência de apenas um alelo do gene estar funcionando, o que é chamado haploinsuficiência.
• A análise da estrutura da proteína gerada também auxilia esta interpretação.
Existem bancos de dados sobre as mutações.
Aspectos éticos são importantes?
Os geneticistas são os profissionais preparados para avaliar as situações familiares. Todo o teste genético deve ser acompanhado de uma consulta de aconselhamento genético com o médico geneticista para explicar as implicações do resultado do teste para o paciente e seus familiares.
Quais as perspectivas para os pacientes?
Nestes últimos anos alguns protocolos clínicos de pesquisa foram propostos. E os primeiros resultados mostram melhora visual em situações bem particulares. As técnicas empregadas variam entre reposição de carotenoides e antioxidantes e terapia gênica.
A clínica continua soberana. Acompanhar os pacientes com consultas é essencial. A genotipagem é indicada para aconselhamento genético, para aprimorar o diagnóstico e para indicar a possibilidade do paciente participar de algumas pesquisas clínicas.
Isso reforça que a prova de princípio existe. Há esperança dentro desta linha de pesquisa que busca a melhora visual dos pacientes com doenças genéticas.
Fonte: Revista Universo Visual, edição de agosto de 2011. Acesse o site da publicação aqui.

Olhos para a Cidadania

Olhos para a cidadania

Durante a 36ª SIMASP, no dia 9 de março das 10hs30 às 12hs30, será realizado o programa ‘Olhos para a Cidadania’, que discutirá protocolos clínicos aplicados à pacientes com DDR.
Caro afiliado,
logomarca retina são paulo
Reencaminhamos abaixo, convite dos coordenadores do Painel “Olhos para a Cidadania 2013”, Drª.Profª Juliana Sallum e Dr. Prof. Mauro Campos do Instituto da Visão  da UNIFESP, que neste ano discutirá questões importantes sobre os protocolos clínicos que estão sendo aplicados à pacientes com doenças degenerativas da retina.  Observem também abaixo o e-mail correto para efetuar as inscrições:
                                 retinasp@retinasp.org.br
Participem, pois será uma grande oportunidade de conhecer os resultados alcançados até aqui e dirimir dúvidas sobre o avanço das pesquisas em andamento, que visam ao tratamento e cura para essas doenças nos seguintes campos: células tronco, terapia gênica e visão artificial.
O tema “Importância da genotipagem das doenças genéticas oculares”será abordado pelo Dr. John Chiang (dos Estados Unidos) e teremos a oportunidade única de ouvir o Dr. Mark Pennesi cientista americano envolvido com o protocolo de tratamento por terapia gênica e celular para distrofias da retina – palestras com tradução simultânea.
O evento será gratuito e há, contudo, necessidade de fazer inscrição antecipada. As inscrições deverão ser feitas até 07.03.2013, impreterivelmente, por envio de e-mail para retinasp@retinasp.org.br, informando no assunto: Olhos para a Cidadania – Inscrição, e no corpo do e-mail as seguintes informações: nome completo, telefone para contato e doença.
No local do evento você poderá contar com a ajuda de voluntários do Grupo Retina São Paulo para direcioná-lo à sala de palestras e retirada dos fones para tradução simultânea (para retirada dos fones é obrigatória a apresentação de documento de identidade).
Dúvidas entrem em contato na sede do Grupo Retina São Paulo fone: 5549.2239.
 Maria Julia da Silva Araujo
Grupo Retina São Paulo – Presidente

SIMASP 2013

Olhos para a Cidadania

Medicina Translacional
Protocolos clínicos aplicados à pacientes
com doenças degenerativas da retina

 Dia: 9 de março de 2013   das 10h 00 às 12h30
Local: Maksoud Plaza Hotel – Sala Rio de Janeiro
 Alameda Campinas, 150 – São Paulo SP. Estação Trianon MASP do metrô

  • Abertura: Mauro Silveira De Queiroz Campos
  • Introdução às novas tecnologias: Juliana M Ferraz Sallum
  • Pesquisas utilizando células tronco: Lygia Pereira
  •  Pesquisas sobre células tronco para doenças da retina: Caio Vinicius Saito Regatieri
  •  Visão artificial – Caminhos para aplicação desta tecnologia na reabilitação visual: Rodrigo Brant
  •  Importância da genotipagem das doenças genéticas oculares: John Chiang – (Estados Unidos)
  •  Distrofias de retina primeiros protocolos de tratamento por terapia gênica e celular: Mark Pennesi – (Estados Unidos)
  •  Perguntas e respostas

Para saber mais sobre o evento, por favor, acesse o site da 36ª SIMASP: http://www.oftalmo.epm.br/simasp2013/

Ministério da Saúde abre consulta pública sobre diretrizes para tratamento da DMRI no SUS

Ministério da Saúde abre consulta pública sobre diretrizes para tratamento da DMRI no SUS

Ministério da Saúde abre consulta pública sobre diretrizes para tratamento da DMRI no SUSO Ministério da Saúde abriu a Consulta Pública para a discussão sobre a inclusão do medicamento bevacizumabe como medicamento único para o tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) no Sistema Único de Saúde (SUS). A Consulta Publica foi divulgada no Diário Oficial da União de 13/09/2012 e trata do “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da DMRI”.
Nós da Retina Brasil, ao mesmo tempo em que manifestamos nossa satisfação por assistir à inclusão do tratamento desta doença no SUS, viabilizando o acesso de milhares de pessoas ao tratamento em centros especializados de retina de clínicas e hospitais públicos, queremos registrar nossa preocupação com relação à segurança no manuseio do medicamento indicado para uso no SUS, considerando os seguintes aspectos:
O bevacizumabe exige fracionamento no uso oftalmológico (uso intraocular) que se não for feito adequadamente pode acarretar ocorrência de infecção ocular (endoftalmite).

  • Haverá controle do fracionamento do medicamento visando a sua segurança?
  • Que garantias o paciente terá que esse fracionamento será efetuado de maneira correta?
  • Como será feita a distribuição do medicamento pelo SUS?
  • Considerando-se que o medicamento requer cuidados de conservação, haverá regulamentação para o armazenamento do medicamento nos locais de atendimento do paciente.

O ranibizumabe é utilizado no tratamento da DMRI. Esta medicação foi desenvolvida e aprovada para uso em oftalmologia, mas não foi incluída no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Degeneração Macular Relacionada à Idade DMRI. Além dela outras medicações estão em fase de lançamento.

  • A Conitec estudará a inserção desses medicamentos para tratamento da DMRI?

Atuando na defesa dos interesses dos indivíduos com doenças degenerativas da retina, o Grupo Retina Brasil solicita a todos que se posicionem com relação à consulta pública do Ministério da Saúde para esses questionamentos, de forma que garanta ao paciente com DMRI a segurança no tratamento da sua doença bem como o seu acompanhamento permanente durante e após o tratamento.
Até o dia 12 de novembro de 2012 você pode colaborar manifestando suas considerações frente a esta medida enviando um e-mail para pcdt.consulta@saude.gov.br especificando “Consulta Pública Nº 10 de 12 de Setembro de 2012 – PCDT de DMRI” no título da mensagem.
Manifeste-se!
Referência: Consulta Pública nª 10 – 12/09/2012 – publicada no Diário Oficial da União no dia 13/09/2012 sob o nome “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Degeneração Macular Relacionada à Idade DMRI”

Prevenção da DMRI: Perguntas e Respostas com a Dra. Emily Y. Chew

Dra. Emily Chew, diretora da Divisão de Epidemiologia e Aplicações Clínicas do National Eye Institute, dos EUA

A Dra. Emily Chew é diretora da Divisão de Epidemiologia e Aplicações Clínicas do National Eye Institute (NEI), no National Institutes of Health (NIH) em Bethesda, Maryland, Estados Unidos. O foco do trabalho da Dra. Chew e de sua equipe é a prevenção da DMRI.
Adicionalmente, a Dra. Chew é uma das principais pesquisadoras do AREDS, um teste clínico de âmbito nacional que começou em 1992 para estudar o impacto dos antioxidantes das vitaminas C, E, do beta-caroteno e zinco na progressão da DMRI. Os resultados publicados em 2001 mostraram que a combinação de vitaminas e minerais (AREDS) em pacientes com a DMRI no estágio intermediário ou avançado em um olho reduziu 25% o risco da progressão para o estágio avançado da DMRI e diminuiu aproximadamente 19% o risco de perda de visão causada pelo estágio avançado da DMRI.
Quatro mil pacientes estão inscritos para uma pesquisa onde vamos determinar se a adição de altas doses de nutrientes luteína/zeaxantina e/ou suplementos com óleo de peixe impedirá o avanço da DMRI.
Por que esses suplementos em particular?
Os pesquisadores da NEI verificaram em suas primeiras investigações que as pessoas que tem uma alimentação rica em luteína e zeaxantina, dois antioxidantes da família beta caroteno, expõem os indivíduos a menores riscos de desenvolvimento da DMRI. Esses alimentos são: couve, folhas verdes, mostarda verde e espinafre cru ou cozido. Em relação aos peixes, eles perceberam que as pessoas que tem em sua dieta bastante ômega-3 ácidos graxo (DHA e EPA encontrados nos peixes, especialmente no salmão) também parecem ter menos risco de DMRI. Esperamos ter em 2013 os resultados do AREDS2.
Pergunta: Gostaria de saber se conversaremos sobre a DMRI neovascular (também chamada de exsudativa), atrófica (chamada de seca), ou ambas?
A degeneração macular relacionada à idade começa com as drusas, pontos amarelos na retina, que podem levar a atrofia e perda de células da retina necessárias para a visão. Esse processo é chamado de DMRI seca. Novos vasos sangüíneos podem ser desenvolvidos e o resultado pode ser a DMRI exsudativa. Todo esse processo é chamado de DMRI.
Não faz muito tempo as pessoas pensavam que a perda de visão na idade madura era inevitável, como ossos frágeis e dentaduras. Mas agora sabemos que podemos ter ossos e dentes saudáveis para o resto da vida. E com relação à visão?
Sabemos que com o avanço da idade corremos o risco de termos glaucoma, catarata e DMRI. Esta representa mais de 50% de perda de visão nos Estados Unidos. Quanto mais longeva for a população, mais pessoas serão afetadas. Além da idade, o risco de DMRI pode também ser aumentado por influências genéticas e fatores ambientais como tabagismo e hábitos alimentares.
O que você diria para alguém que tenha um membro da família com DMRI e está preocupado em herdar a doença? Ajudaria fazer um teste genético?
Um exame oftalmológico avaliando o risco de uma pessoa ter a DMRI seria útil. Em nossos estudos, parece que acrescentar a informação genética não aumenta a probabilidade para uma melhor previsão da doença. Além disso, não temos boas terapias preventivas para isso. Por esses motivos o teste genético não me parece tão interessante.
É verdade que óculos de sol podem prevenir a DMRI? Devemos evitar luz azul? E a luz do computador, TV e telefones?
Não há dados clínicos que sugerem que a luz de qualquer fonte possa danificar ou promover a DMRI.
Há muitos anos você e seus colegas têm trabalhado em uma grande pesquisa clínica buscando os fatores de risco da DMRI e avaliando se altas doses de antioxidantes e zinco alteram a progressão da doença. Nesse estudo, chamado de AREDS, vocês descobriram que antioxidantes e zinco podem reduzir significantemente o risco de avanço da DMRI. Em 2006 vocês lançaram uma segunda fase de estudo chamado AREDS2, para testar se uma combinação modificada de vitaminas, minerais e óleo de peixe, retardaria a progressão da perda da visão. Qual o seu conselho para as pessoas portadoras de DMRI, pensando nas pesquisas AREDS e AREDS2 para prevenir que sua visão piore?
Estamos esperando os resultados dos estudos do AEDS2, que está avaliando o papel da luteína/zeaxantina e ómega-3 ácidos graxos (óleo de peixe). Para os pacientes com grandes drusas em ambos os olhos ou DMRI avançada em um olho, suplementos AREDS devem ser considerados. Obviamente, recomendamos dieta saudável com vegetais de folhas verdes e peixe.
Os resultados do AREDS e AREDS2 se aplicam a alguém sem DMRI, mas que quer prevení-lá?
O uso de suplementos AREDS sem DMRI não é autorizado. Ele não previne o desenvolvimento da DMRI inicial. A fórmula do AREDS2 não é recomendada nesse momento, pois ainda não temos o resultado do estudo.
Só para que fique claro, para uma pessoa sem DMRI, vocês recomendariam ou não comer mais peixe e certos tipos de vegetais como prevenção, já que estou envelhecendo?
Eu recomendaria uma dieta rica com vegetais de folhas verdes e mais de uma porção de peixe por semana.
E com relação às vitaminas que encontramos em estabelecimentos que dizem ser boas para a saúde do olho?
A única vitamina aprovada para as pessoas com risco de DMRI avançada é a fórmula AREDS.
Vamos ser práticos. Com que freqüência deve-se ir ao oftalmologista?
Depende da condição de seus olhos. Se você tem diabetes, deve fazer exames com bastante freqüência.

O que as pessoas podem fazer para monitorar sua própria visão?
Digo para os pacientes que correm o risco de desenvolver a DMRI avançada, para testarem a visão de um olho por vez. Deve-se cobrir um olho para testar o outro. Isso pode ser feito quando se está lendo ou usar a tabela de Amsler (ou um gráfico desenhado no papel) e procurar por áreas embaçadas ou distorcidas.

 
O National Institutes of Health tem um centro chamado de National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM). Sabemos que em muitos países o uso de medicamentos não convencionais é comum. Existe algum trabalho sendo feito para estudar medicação complementar e alternativa para a prevenção da DMRI?
Podemos considerar o estudo da luteína/zeanxantina e óleo de peixe um tipo alternativo de remédio. Na verdade, o NCCAM apóia o estudo AREDS2 com recursos financeiros.
A missão da AMD Alliance International é de trazer conhecimento, ajuda e esperança para as pessoas afetadas por DMRI em qualquer lugar do mundo. Em outras palavras, a AMD serve a comunidade mundial. Se a instituição e seus aliados enviassem uma mensagem para todos os cantos do mundo, qual seria?
Estamos trabalhando bastante para encontrar tratamentos para a forma atrófica de DMRI. Embora tenhamos um tratamento muito bom para a DMRI neovascular com Lucentis, Avastin e agora Eylea, nós gostaríamos muito de descobrirmos uma terapia preventiva para a DMRI.
Qual é a próxima estratégia do National Eye Institute para prevenção da DMRI?
Estamos trabalhando em um estudo que está sendo patrocinado pela Fundação Beckman para avaliar manifestações físicas diferentes de DMRI (fenótipos) e avaliar a constituição genética (genótipo) de cada um. Isso pode nos ajudar a entender a causa da doença e talvez encontrar terapias preventivas melhores.
Você gostaria de dizer algumas palavras finais?
Embora não saibamos o que exatamente causa a DMRI, sabemos que certos fatores de risco estão associados a ela. Tabagismo e outros hábitos de vida como obesidade e em alguns estudos colesterol elevado. Prestar atenção em seus hábitos pode fazer diferença na visão das pessoas.

Alimentos que podem prevenir ou retardar o avanço da DMRI

Os pesquisadores estão trabalhando bastante no desenvolvimento de drogas e outras terapias para tratamento da DMRI, mas necessariamente não temos que esperar por esses produtos. Aqui estão alguns nutrientes encontrados nos alimentos do dia a dia que podem prevenir ou retardar a progressão da doença, segundo  algumas pesquisas.

VITAMINAS C e E

O que são?
Muitos dos nutrientes mais comuns, particularmente as vitaminas C e E têm papel essencial para manter a saúde de nossos olhos. Essas vitaminas são antioxidantes, pois nos protegem dos perigosos subprodutos do oxigênio, que iniciam reações em cadeia levando a deterioração da célula. Em uma retina saudável as vitaminas C e E são abundantes. No entanto, os pacientes diagnosticados com DMRI avançada mostram uma concentração baixa dessas vitaminas. Não é surpresa que o National Eye Institute Estudo da Doença de Olho Relacionada à Idade (AREDS), uma fórmula de vitaminas C e E, junto com beta-caroteno, reduziu o risco do desenvolvimento da DMRI avançada em 17%.
Onde encontrar vitaminas C e E?
O corpo humano é capaz de produzir algumas vitaminas, mas não a C e a E. Felizmente, uma boa dieta pode fornecer toda vitamina C e E que precisamos. A vitamina C é encontrada em nozes e também na maioria das frutas e vegetais, como brócolis, pimentão, morango, frutas cítricas, maçã, espinafre, tomate e batata. Uma boa estratégia é incluir de 7a 8 porções de vitamina C em sua alimentação diária. A vitamina E é um pouco mais rara, mas podemos encontrá-la no germe de trigo, óleo de girassol, castanhas, abacates e vegetais verdes.

Carotenóides e Vitamina A

O que são?
Os Carotenóides são pigmentos que ocorrem naturalmente e são encontrados nos cloroplastos e cromoplastos das plantas. Eles têm um papel importante quando absorvidos pelo corpo. O betacaroteno do estudo AREDS é um exemplo; ele é convertido em vitamina A, que é necessário para uma boa visão. Os dois carotenóides de maior concentração na mácula são luteína e zeaxantina.
Os pesquisados do National Health e Nutrition Education Evaluation Survey (NHANES) que consomem mais luteína e zeaxantina correm menos risco de anormalidades nos pigmentos – um sinal de degeneração macular – do que aqueles que consomem menos carotenóides. Além disso, o AREDS2 está planejado para ser concluído em dezembro 2012, e está especificamente avaliando os efeitos dos suplementos luteína e zeanxantina no desenvolvimento da DMRI.
Onde encontrar carotenóides e vitamina A?
Encontramos luteína no pimentão amarelo, manga, mirtilo e vegetais de folhas verdes. A zeanxantina é encontrada na laranja, pimentão, brócolis, milho, alface, espinafre e tangerina. Caso você não coma muito dessas frutas e vegetais, os ovos são também uma boa fonte de carotenóides.

Ômega-3 ácidos graxos

O que são?
Ômega-3 ácidos graxos como os ácidos docosahexaenóico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA), estão na categoria dos ácidos graxos essenciais. Nosso corpo não os produz, mas para termos uma boa saúde necessitamos deles. Esses ácidos graxos são muito importantes para o funcionamento de todo o corpo. Eles bloqueiam inflamações, tratam depressão e são muito importantes para nossos olhos. Estudos indicam que as pessoas que consomem pelo menos 64 mg por dia de DHA e 42,3 mg de EPA reduzem o risco de DMRI neovascular se comparados àqueles com menos ômega-3 em sua alimentação diária. Outros estudos sugerem que DHA e EPA podem não somente retardar a progressão da DMRI, mas também prevenir seu início. Junto com os carotenóides, o AREDS2 está examinando os efeitos desses promissores ácidos graxos.
Onde encontrar omega-3 ácidos graxos?
Embora seja certo que os peixes tenham grande quantidade de ômega-3 ácidos graxos, algumas pesquisas sugerem que outros ácidos graxos encontrados nos peixes diminuem os benefícios do ômega-3. Outras fontes de ômega-3 ácidos graxos são kiwi, nozes, amora e semente de linhaça.

Zinco

O que é?
Para reforçar nosso sistema imunológico e regular nosso metabolismo, o zinco é um mineral indispensável. As pesquisas do AREDS constataram que um suplemento de zinco (com cobre) reduziu o risco da DMRI avançada em 21%. Uma boa quantidade de antioxidantes no nosso organismo pode diminuir em 25% a possibilidade de adquirir a doença, mesmo sem acompanhamento médico.
Onde encontrar zinco?
O zinco não é difícil de ser encontrado. As ostras oferecem em uma porção, a maior parte de miligramas que precisamos, mas temos alternativas: carne de boi, lagosta, caranguejo, frango e carne de porco. Caso você não goste de carne, ingira uma boa quantidade de laticínios, feijões, cereais, aveia e amêndoas.

REFERÊNCIAS
1. Weikel KA, Chiu CJ, Taylor A. Nutritional modulation of age-related macular degeneration. Molecular Aspects of Medicine.2012;33:318-75.
2. Hediger, Matthias A. New view at C. Nature Medicine 2002; 8:445–46.
3. The Age-Related Eye Disease Study Research Group. A Randomized, Placebo-Controlled, Clinical Trial of High-Dose Supplementation with Vitamins C and E, Beta Carotene, and Zinc for Age-Related Macular Degeneration and Vision Loss. Archives of Ophthamology. 2001; 119:1417-36.
4. Mares-Perlman JA, Fisher Al, Klein R, et al. Lutein and zeaxanthin in the diet and serum and their relation to age-related maculopathy in the third national health and nutrition examination survey. American Journal of Epidemiology.2001;153: 424-32.
5. Chiu CJ, Klein R, Milton RC, et al. Does eating particular diets alter the risk of age-related macular degeneration in users of the Age-Related Eye Disease Study supplements? The British Journal of Ophthalmology.2009; 93:1241-46.

 

Tratamento da DMRI: opções e direitos dos pacientes

Os pacientes podem escolher seu tratamento e assistência médica. A AMD Alliance, instituição internacional de pesquisa da DMRI, desenvolveu um folheto com informações: “4 Direitos Essenciais para o Paciente”. Criado pelos e para pacientes explicando em detalhes seus direitos em relação a tratamentos e cuidados. É importante que os pacientes saibam seus direitos.
Os pacientes devem ser bem informados antes de concordar com algum tratamento padrão ou offlabel, pesquisas clínicas, ou participar de campanhas promocionais para drogas, equipamentos, ou propagandas.
“O The American Medical Associations é muito claro quando se refere à importância dessas informações,” disse Narinder Sharma diretor-presidente da AMD Alliance International. “É necessário que haja clara comunicação entre o indivíduo e seu médico, permitindo perfeita compreensão acerca do que será feito. Infelizmente, isso nem sempre acontece. Pergunte sempre sobre suas opções de tratamento, custos e reembolsos.”
Antes de tomar qualquer decisão sobre o tratamento, a AMD Alliance International recomenda que os pacientes discutam com seus médicos:

  1. Qual é meu diagnóstico exato?
  2. Qual é a progressão previsível para alguém com meu problema?
  3. Que opções de tratamento eu tenho?
  4. Como cada uma dessas opções pode me ajudar?
  5. Quais são os riscos e efeitos colaterais desses tratamentos?
  6. Quais são os resultados clínicos aprovados e benefícios observados desses tratamentos?
  7. Sem pensarmos no custo da cobertura do meu convênio, quais são as alternativas de tratamento?
  8. Onde posso encontrar outros suportes como aconselhamento ou reabilitação para pessoas com problemas de visão baixa?

“Tenha sempre em mente que você tem direito a um cuidado adequado, com o melhor tratamento possível,“ diz o Sr. Sharma. “Munidos de informações corretas, acreditamos que os pacientes terão compreensão mais apropriada sobre sua doença e conseguirão lidar melhor com os efeitos colaterais das opções apresentadas pelo especialista em retina.”
Para mais informações sobre DMRI acesse aqui ou visite o site da AMD Aliance: www.amdalliance.org

Retina Brasil presente na CONITEC

CONITEC recomenda incorporação de medicamento para DMRI exudativa

A Retina Brasil por meio de sua Presidente, Maria Júlia da Silva Araújo, esteve presente em 26/06/2012, em Brasília, no Ministério da Saúde, onde foi recebida pela Srª Clarice Petramale, Presidente da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC para discutir a incorporação de medicamentos para o tratamento de DMRI exsudativa, bem como acompanhar todas as etapas futuras apresentadas pela presidente da CONITEC – Consulta Pública e Protocolo que segundo ela devem acontecer durante o mês de julho.
O medicamento a ser incorporado será disponibilizado em alguns centros de referência para maior controle de sua aplicação e, segundo a Presidente da Conitec todos os cuidados com relação à farmacovigilância será realizada pela empresa responsável do medicamento.
A Retina Brasil compromete-se junto aos seus pacientes continuar acompanhando as ações desta incorporação, em todas as suas fases, de forma a prestar o melhor serviço a todos os interessados e garantir a segurança e bem-estar do paciente.