CONHEÇA A DOENÇA DE STARGARDT

Doença de Stargardt

É uma doença hereditária da retina, que leva à perda progressiva da visão, começando, em geral pela perda da visão central (visão dos detalhes, da leitura, do reconhecimento facial). A perda de visão central pode progredir ao longo do tempo, prejudicando a visão periférica e levando a cegueira legal.

Quais são os sintomas?

A doença de Stargardt geralmente é diagnosticada nas duas primeira décadas de vida. No entanto, os sintomas podem aparecer em qualquer idade ou momento de vida. Os  sintomas mais comuns incluem: Dificuldade para ler, ver rostos e detalhes; Dificuldade para identificar cores parecidas e com constraste; Sensibilidade à luz; Dificuldade com a transição entre ambientes claros e escuros

Qual o gene associado à Doença de Stargardt? Como identiicá-lo?

Na maioria dos casos está associada a mutações no gene ABCA4. Este gene fornece instruções para produzir uma proteína importante para o funcionamento da retina. Quando existe a doença essa proteína não funciona corretamente, danificando a retina. A Doença de Stargardt é geralmente herdada de forma autossômica recessiva, isto é, o gene é herdado de ambos os progenitores.

O teste genético é o exame que identifica o gene associado à Doença de Stargardt. No entanto, o diagnóstico é feito com base nos exames clínicos (exames de fundo olho, retinografia, etc.) somado aos sintomas e ao teste genético. A clínica é fundamental e o médico oftalmologista especialista em doenças hereditárias da retina é o profssional qualificado para avaliar e diagnosticar a Doença de Stargardt.

Quais as pesquisas para a Doença de Stargardt?

Algumas das áreas de pesquisa que estão em andamento incluem:

Terapia gênica: visa reparar ou substituir o gene cuja mutação é  responsável pela doença de Stargardt.

Terapias celulares: exploram a possibilidade de transplantar células saudáveis na retina para substituir as células danificadas e restaurar a visão.

Medicamentos: há vários medicamentos em estudo que visam interferir no ciclo da retina com o objetivo de  estabilizar a perda da visão.

Cuidados com a visão para quem tem doença de Stargardt: não fazer  uso de suplementos com vitamina A;  usar óculos escuros ao se expor ao Sol ou em ambiente muito iluminado; fazer atividade física; alimentar-se de forma saudável

A Doença de Stargardt é uma DOENÇA RARA?

A Doença de Stargardt afeta cerca de 1 a cada 10.000 pessoas e portanto é uma DOENÇA RARA!

É importante consultar um oftalmologista regularmente para monitorar a progressão da doença e cuidar da saúde ocular.

Descrição da Imagem: Card branco ladeado por detalhes em tons de verde. No centro superior, o logo da Campanha Olhos Raros e no meio o enunciado do post: Conheça a doença de Stargardt. Finaliza com o logo da Retina Brasil no rodape. Fim da descrição.

Programa de Apoio Psicológico gratuito oferecido pela Retina Brasil 2023

ATENÇÃO

Se você tem alguma dessas doenças da retina:
– degeneração macular relacionada à idade,
– edema macular diabético ou
– doença hereditária da retina
e quer participar de um programa de apoio psicológico gratuito oferecido pela Retina Brasil entre em contato com nossa organização pelo telefone/whatsapp (11) 99402 7584 ate o dia 22 de fevereiro.

Descrição da Imagem: Card branco com o desenho de um cérebro de um lado azul e outro laranja no centro superior. No meio, o enunciado: Programa de apoio Psicológico gratuito oferecido pela Retina Brasil. Saiba mais. No centro do rodapé está o logo da Retina Brasil e um detalhe ondulado em verde como enfeite da arte. Fim da descrição.

#Cuidado #Amor #ApoioPsicológico #RetinaBrasil #DegeneracaoMacularRelacionadaaIDade #DMRI #EdemaMacularDiabetico #DoencaHereditariadaRetina

Retina Brasil participará da 17ª Conferência Nacional de Saúde de 2 a 5 de julho de 2023

A 17ª Conferência Nacional de Saúde será realizada de 2 a 5 de julho de 2023 pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), juntamente com o Ministério da Saúde. O evento, que acontece a cada quatro anos, é um dos mais importantes espaços de diálogo entre governo e sociedade para a construção das políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com o tema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia”, a Conferência será precedida por etapas municipais, que vão acontecer entre novembro de 2022 a março de 2023, e etapas estaduais e do Distrito Federal, que serão realizadas de abril a maio de 2023.

As deliberações aprovadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde devem ser contempladas no próximo ciclo de planejamento da União e servir de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual de 2024- 2027.

A Retina Brasil está participando das várias etapas que levam à Conferência, sendo representada pela nossa querida Sylvia Elisabeth.

Card branco com contorno verde escuro e no centro está escrito em letras verde escuro: Retina Brasil participará da 17ª Conferência Nacional da Saúde de 2 a 5 de julho de 2023 Ao centro, no rodapé, o logo da Retina Brasil. Fim da descrição.

#ConselhoNacionaldaSaude #RetinaBrasil #DoencasdaVisao #Retina.#AmanhaVaiSerOutroDia

04 de janeiro de 2023 – Dia Mundial do Sistema Braille

Hoje (04) é dia mundial do Braille, uma ferramenta fundamental para a alfabetização e a independência de cegos e pessoas com baixa visão. O último Censo do IBGE, de 2010, mostra que existem mais de 6 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil.

O Dia Mundial do Braille celebra-se a 4 de Janeiro. É uma data assinalada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e proclamada em novembro de 2018, para consciencializar as pessoas da importância da invenção do código Braille como meio de comunicação para a plena realização dos direitos humanos das pessoas cegas ou com baixa visão.

Apesar dos avanços na acessibilidade, entre as pessoas cegas, 110 mil com 15 anos ou mais de não são alfabetizadas. Entre as pessoas com baixa visão, 1,5 milhão não sabem ler ou escrever.

Isso significa dizer que uma em cada quatro pessoas com alguma deficiência visual não era alfabetizada. Um índice maior do que o da população em geral, que em 2010 era de aproximadamente 8% para essa faixa etária.

Esta data coincide com a data de nascimento de Louis Braille (4 Janeiro 1809), inventor deste sistema de leitura e de escrita. Louis Braille cegou aos três anos de idade, após ter-se ferido num olho. A inflamação transformou-se em infeção propagando-se para o outro olho e levando-o à cegueira total. Aos 10 anos, os pais de Louis Braille inscrevem-no com sucesso no Instituto Real para Jovens Cegos (Institution Nationale des Jeunes Aveugles), em Paris. Nesta escola, Braille mostrou entusiasmo pelas ciências e as humanidades desenvolvendo os seus estudos]. Após várias tentativas Louis Braille desenvolveu um sistema de escrita, hoje universalmente aceite, que consiste num código de 63 caracteres. Cada caracter é composto por um a seis pontos em relevo dispostos numa matriz de seis posições. Estes caracteres são gravados em relevo e dispostos em linha sobre papel para serem lidos passando levemente as pontas dos dedos da esquerda para a direita sobre as linhas de pontos.

Descrição da Imagem: card branco com o desenho de um calendário escrito 4 de janeiro em verde escuro. Ao lado está escrito: dia mundial do sistema Braille. No meio há uma foto de mãos infantis lendo uma folha escrita em braille e no rodapé, o logo da Retina Brasil. Fim da descrição.

II Congresso da Retina Iberoamérica Unida 2022

No dia 11 de dezembro de 2022, das 09:00 às 17:00 horas (horário de Brasília) acontecerá o II Congresso da Retina Iberoamérica Unida que acontecerá presencial ou online. Nesse Congresso contaremos com médicos especialistas em distrofias hereditárias da retina bem como pesquisadores que fazem pesquisas visando tratamentos e cura para essas distrofias da retina. Os principais temas abordados serão as distrofias da retina, avanços nas pesquisas científicas, direitos entre outros. Veja o programa completo abaixo.
 
Para participar online é muito fácil basta acessar o link abaixo no dia do Congresso:
O evento é gratuito e não há necessidade de inscrição antecipada.
 
Mais informações escreva para contato@retinabrasil.org.br
 
Participe!
 
PROGRAMA
09:30h – 09:40h – Cerimônia de Abertura- Palavras de boas-vindas: Gustavo Serrano FUNDALURP
09:40h – 09:50h – Discurso de abertura Retina Iberoamérica -Andrés Mayor Lorenzo, Presidente da Retina Iberoamérica.
09:50h – 10:10h – Sociedade Chilena de Oftalmologia
10:10h – 11:40h – Doenças oftálmicas degenerativas da retina e do nervo óptico: avanços clínicos e terapias
Moderador: Sr. Gustavo Serrano. Presidente FUNDALURP, Chile.
Sra. Valeria Canto Soler. Prof. Dino Solich em Pesquisa de Células-Tronco Oculares, Denver, Colorado University. Diretor do Programa CellSight.
Sr. Nicolás Cuenca. Professor de Biologia Celular na Universidade de Alicante, Espanha.
Sr. Carlos Mendoza. Prof. Universidade da Flórida, Inst. Bascom Palmer. Presidente e Fundador da PANIRD, Estados Unidos.
11:40h – 12:30h – Direitos dos pacientes com doenças oftálmicas degenerativas e inclusão.
Moderador: Sr. Kerkdenny Medina, Presidente da Retina Dominicana.
Sr. Roberto Quiroz. Ouvidora da República Dominicana,
Sra. Victoria Belotti. Secretária-Geral Coordenadora da Comissão para a Plena Participação e Inclusão das Pessoas com Deficiência do Governo da Cidade de Buenos Aires (COPIDIS), Argentina.
Sra. Paulina Bravo. Advogada, ativista pelos direitos das pessoas com deficiência no Chile.
12:30h – 13:00h – Jornada do paciente com Doença da Retina – Maria Antonieta Leopoldi.Vice presidente da Retina Brasil.
13:00h – 14:00h – Pausa para almoço
14:00h – 14:30h – Retiplus
14:30 – 15:00 – Atualização em novos tratamentos para patologias da retina -Sr. Lihteh Wu. Membro fundador do Grupo Pan-Americano de Estudo Colaborativo da Retina (PACORES).
15:00h – 15:30h – Doenças da retina no Chile -Dr. René Moya. Diretor do Serviço de Retina e Doenças Hereditárias da Retina do Hospital del Salvador, Santiago e professor associado de Oftalmologia da Universidade do Chile
15:30h – 16:15h – Diagnóstico Genético em Doenças da Retina
Moderadora: Sra. Marcela Ciccioli. Presidente Retina Argentina.
Sra. Tania Barragán. Graduada em Medicina pela Universidad Anáhuac México. Norte. Especialista em Genética Médica pela Universidade Nacional Autônoma do México
Sra. Malena Daich. Médica pela Universidade de Buenos Aires. Pesquisadora Clínica no Moorfield Eye Hospital de Londres
16:15 – 16:45h – A experiência de recuperar a visão com a Terapia Gênica – Dra. Juliana Sallum. Doutora em Medicina, Professora Associada do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. Investigadora responsável em ensaios clínicos no Brasil.
16:45h – 17:00h – Considerações finais – Andrés Mayor Lorenzo, Presidente da Retina Iberoamérica.

LIVE: DOENÇA OCULAR DA TIREÓIDE (DOT): SINTOMAS E TRATAMENTO – 30/11

Você sabia que problemas na tireóide podem resultar em doenças nos olhos e danos para a visão? A Doença Ocular da Tireoide (DOT) é rara e grave e apresenta sintomas que pedem cuidados médicos. Pessoas com hipertireoidismo e fumantes são mais propensos a terem DOT. Pálpebras retraidas, olhos protuberantes são os principais sintomas de DOT. Saiba mais sobre essa doença nesta live da Retina Brasil no dia 3 de novembro às 19:30 h.

#DOT #DoencaOculardaTireoide #RetinaBrasil #DoencasdaVisao

Link para assistir: https://lnkd.in/dGVJHV8b

Descrição: Card lilás. Na parte superior faixa roxa e nela lê-se o título em letras pretas e maiúsculas: DOENÇA OCULAR DA TIREOIDE SINTOMAS E TRATAMENTO. No canto a direita da faixa círculo branco com a foto da médica convidada: Dra. Stefania Diniz. Abaixo da foto em fundo vermelho e letras brancas lê-se LIVE. Abaixo lê-se Representantes Retina Brasil: e em moldura circular as fotos de Angela Sousa e Maria Antonieta. No rodapé a esquerda o logo da Retina Brasil na cor verde e a direita um ícone de calendário e a data 30 de novembro de 2022, ao lado um ícone de relógio informando as horas 19:30h. Abaixo, Youtube da Retina Brasil.

Vamos falar da DOT? – DOENÇA OCULAR DA TIREÓIDE

Outubro é o mês da saúde ocular e das doenças da visão. Num país em que muitas pessoas sequer vão ao oftalmologista ou encontram dificuldades de atendimento oftalmológico pelo SUS, alertar para o cuidado com a visão é muito importante.

A Retina Brasil chama a atenção para doenças oculares que decorrem de complicações de outras partes do corpo. Uma delas é a Doença Ocular da Tireoide (DOT). A tireóide é uma glândula situada no pescoço, que produz hormônios que equilibram o metabolismo, controlam o crescimento das crianças, impactam no peso, na memória e no humor. O funcionamento inadequado da tireoide pode ter impactos também na visão.

A DOT é uma doença rara, grave e progressiva. É também uma doença autoimune, e se caracteriza pela produção de anticorpos que atacam a glândula da tireoide e também os tecidos ao redor do olho, causando problemas nessa área. Ela pode se manifestar na superfície externa do olho (pálpebras, orbita do olho e córnea) e em fases avançadas pode levar à inflamação de tecidos e músculos da parte posterior do olho, gerando protusão do globo ocular, dificuldade de mover os olhos, estrabismo e visão dupla.

A DOT tende a aparecer mais em mulheres, com mais de 45 anos, e ocorre com mais frequência em quem fuma.. Aparece com frequência em pessoas com doença de Graves, afetando metade das pessoas com essa condição – mas é uma doença distinta que requer tratamento diferente.

Em 90% dos casos, a doença ocular da tireoide está relacionada ao hipertireoidismo, patologia que se caracteriza pela produção excessiva do hormônio da tireoide. Em menor proporção, a Doença Ocular da Tireóide pode ocorrer em pacientes com a tireoide normal ou com hipotireoidismo ( 10% dos casos de DOT).

IDENTIFICAR E TRATAR A DOENÇA NA FASE INICIAL REDUZ O SEU IMPACTO

Sintomas mais comuns e tratamentos – O diagnóstico da DOT é feito através de sinais e sintomas oculares: a proptose ou protuberância do olho, retração da pálpebra, sensação de pressão ou dor na parte posterior do globo ocular, sensibilidade à luz, inchaço, olhos vermelhos, lacrimejamento e visão dupla. Por vezes há queixas de olho seco e visão embaçada.

Existem duas complicações que podem causar perda de visão no paciente com DOT. Elas devem ser buscadas e tratadas prontamente para preservar a visão.

1) Compressão do nervo óptico pelos tecidos inchados: o tratamento vai envolver o uso de esteroides orais e, quando não surtem efeito, pode-se optar por uma cirurgia para aliviar a compressão.

2) Úlcera da córnea devido ao ressecamento severo causado pela proptose e
dificuldade de fechar totalmente as pálpebras: o tratamento recomendado é a lubrificação da córnea com colírios / pomadas, o fechamento das pálpebras durante à noite e em casos mais graves, a cirurgia para fechar as pálpebras e proteger os olhos.

Pode-se também fazer uso de cirurgia plástica corretiva para melhorar a aparência dos olhos.

O oftalmologista vai tratar os problemas de visão dupla, estrabismo e complicações no nervo ótico. A tireoide vai ser acompanhada pelo endocrinologista. A Associação Americana da Tireóide afirma que a DOT requer uma abordagem médica multidisciplinar, envolvendo profissionais especializados na doença.

Recentemente surgiu um tratamento para a DOT por imunoterapia. O medicamento, aprovado pelo FDA em janeiro de 2020, diminui o volume do músculo e da gordura orbital aliviando a pressão extraocular e reduzindo a projeção do globo ocular.

O paciente com DOT deve manter sob controle os níveis de hormônio produzidos pela tireoide, deve evitar o fumo, usar óculos de sol e se tiver a doença de Graves, monitorar o funcionamento da tireoide e tomar a medicação prescrita.

A DOT pode ter um grande impacto na aparência física, com efeitos adversos no emprego, relacionamentos e autoconfiança. Pode levar a um afastamento da convivência social. Ao conhecer melhor a DOT você pode entender que sua visão depende de uma vida saudável, mas que inclui atenção e acompanhamento da função de sua tireoide. Se observar alguns destes sintomas, procure um médico especializado e cuide da sua visão.

Descrição da Imagem: Card lilás com um círculo branco contornado de roxo no meio. Dentro dele está escrito: Vamos falar de DOT? Doença ocular da Tireóide – atrás do círculo há um traço de cor roxo claro. No rodapé do card está o logo da Retina Brasil. Fim da descrição.

Fonte:
LENSCOPE – Oftalmopatia de Graves: a doença ocular da tireoide, Lenscope
SBOP – Doença Tireoidiana e as Alterações Oculares. – Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica American Thyroid Association, Hyperthyroidism, ATA, 2016
Horizon Medical Affairs , Desvendando a doença ocular da tireoide: Um guia científico com curadoria.
ABDO – Association of British Dispensing Opticians www.abdo.org.uk

Terapia gênica para doença hereditária da retina realizada em São Paulo

O interesse pela terapia gênica já é estudado e pesquisado, desde 2007

Por Renato Conte

A equipe do setor de Retina e Vítreo do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), realizou no último dia 19 de setembro, a primeira cirurgia intraocular para aplicação de terapia gênica (voretigeno neparvoveque).

 “Inédita no serviço público de saúde no Brasil, o procedimento se dá, pela inserção de material genético em um organismo com finalidade terapêutica. A terapia usa um vetor para carregar o DNA para dentro da célula. No caso da terapia gênica realizada na Escola Paulista de Medicina EPM/Unifesp para tratamento da retina, o vetor usado foi um adenovírus associado que carrega o gene RPE65, chamado voretigeno neparvoveque-rzyl (Luxturna, Novartis)”, explica a especialista e coordenadora da equipe, Juliana Sallum.

O interesse pela terapia gênica já é estudado e pesquisado, desde 2007, pela equipe da EPM/Unifesp. “Quando esta terapia foi desenvolvida, realizamos a genotipagem e estudo de história natural de pacientes com doenças hereditárias da retina. O grupo de pesquisa participa de outras iniciativas relacionadas a outros genes relacionados às distrofias de retina”, destaca Sallum.

Segundo a equipe, para a medicina, a terapia é uma nova forma de tratar uma doença ocasionada por um defeito genético, mutações que alteram os genes e causam alteração da função das proteínas. E futuramente, será usada para doenças mais frequentes. No momento esta técnica se aplica à Amaurose congênita de Leber ou Retinose pigmentar relacionadas ao gene RPE65 – Uma doença rara na qual a criança já manifesta nistagmo (movimentos involuntários e repetitivos dos olhos) e baixa visão desde o nascimento.

Existem estudos para outras doenças da retina em fase de pesquisa clínica, e vários estão em andamento para diversas situações raras. “As terapias avançadas genéticas e celulares despontam, mas muitos estudos e pesquisas serão necessários nesta área”, salienta a coordenadora.

O Departamento de Oftalmologia adequou as instalações do seu centro cirúrgico e treinou equipe de oftalmologistas, enfermagem e farmacêuticos para estes procedimentos. O time de pesquisa clínica tem expertise desde a fase de condução de pesquisa nesta área. Trata-se de um Centro de Referência em Doenças Genéticas da Retina.

Participaram da cirurgia: Profa. Dra. Juliana M. Ferraz Sallum e Prof. Dr. Mauricio Maia com a colaboração de inúmeros integrantes do Departamento de Oftalmologia, Dra. Jaqueline anestesista, equipe de enfermagem e dos farmacêuticos Adiel e Douglas.

Descrição da Imagem: Equipe responsável pela terapia gênica

#RetinaBrasil #Oftalmologia #TerapiaGenica  #DoencasOculares #DoencasdaVisao

24 DE SETEMBRO – DIA MUNDIAL DA RETINA 2022

Dia 24 de setembro é o Dia Mundial da Retina, data criada para alertar sobre a importância da retina na saúde ocular. As doenças da retina são a principal causa de cegueira na população idosa. Dentre as doenças da retina com maior impacto na saúde visual está a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a retinopatia diabética.

A DMRI afeta a mácula, área da retina responsá vel pela visão central (visão de leitura, reconhecimento de faces, etc). Existem dois tipos dê DMRI – seca e úmida (esta menos comum e mais agressiva). A DMRI umida tem tratamento contínuo com injeções, e quando nao é tratada produz perda progressiva da visão, podendo levar à cegueira. Os sintomas iniciais desta doença são a deformação da imagem, perda da visão central ou percepção de manchas escuras.

A DMRI é uma doença silenciosa e, muitas vezes, só é percebida depois de envolver ambos olhos. Já a retinopatia diabética é outra condição importante no contexto das doenças da retina, e surge nos doentes diabéticos, podendo evoluir para o edema macular diabético, que requer tratamento.

A Retina Brasil, há 20 anos, luta para que as doenças da visão sejam mais conhecidas e para que as pessoas com mais de 50 anos realizem autoexame frequente da visao e busquem um oftalmologista para avaliar o estado da retina, facilitando diagnostico precoce de doencas graves da visão.

Descrição da imagem: Card Branco com o enunciado: Dia Mundial da Retina no topo, um olho humano desenhado como é por dentro, mostrando a Retina e o logo da Retina Brasil em baixo. Fim da descrição.

#DiaMundialdaRetina2022 #DoencasdaRetina #RetinaBrasil #RetinaInternacional

No Dia Mundial da Retina, 24 de setembro de 2022, a Retina Internacional faz comunicado importante.

No Dia Mundial da Retina, 24 de setembro de 2022, a Retina Internacional chama a atenção para os desafios enfrentados pelas pessoas com doenças da retina após o fim do lockdown.

Dublin, 24 de setembro de 2022: Quando a maioria dos confinamentos já acabou e a sociedade entra num «novo normal», as pessoas que vivem com doenças degenerativas da retina enfrentam desafios significativos, na redução da mobilidade, no acesso ao trabalho e à educação e no apoio ao seu bem-estar.

Os lockdowns ligados à COVID-19 e o fechamento de clínicas oftalmológicas  resultaram em perda irreversível de visão para muitas pessoas; muitos ainda continuam perdendo exames importantes e consultas de rotina com seus oftalmologistas. De acordo com um estudo de 2021, 36,9 % dos pacientes com Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI), na forma neovascular, que tiveram um atraso nos tratamentos de mais de 8 semanas em razão  do confinamento da COVID-19, sofreram perdas visuais significativas (5,2 letras).  Apenas 75 % desses pacientes recuperaram a visão para o valor de base após o reinício do tratamento (1).

Todas as pessoas com doenças degenerativas da retina devem ir ao médico oftalmologista regurlarmente. Os que têm uma doença hereditária de retina (DHR), por exemplo, podem ser mais suscetíveis a cataratas precoces, bem como outros problemas de visão, como glaucoma e erro de refração. Há uma preocupação crescente de que após o isolamento, essas pessoas não estejam retornando ao oftalmologista, pois a  COVID afetou as consultas de rotina. Daí ser essencial reforçar para todos os que têm uma doença  da retina que é muito importante consultar o  oftalmologista para verificar seus olhos. Todos nós passamos por tempos difíceis, mas devemos continuar cuidando de nossos olhos”, diz Marina Leite, membro do Conselho Jovem da Retina Internacional.

Após meses de isolamento, as pessoas com uma doença degenerativa  da retina estão percebendo que não só tiveram perda visual  durante esse período, mas também viram a sua mobilidade em áreas antes familiares se reduzir. Isso  por sua vez, afeta a sua navegação instintiva.

Em muitas cidades a direção do fluxo de trânsito, os semáforos e a sinalização podem ter mudado, assim como sistemas de tecnologia. Muitas lojas introduziram sistemas de pagamento eletronicos, que podem  ser uma barreira  para  pessoas com perda de visão.  Para  Franz Badura, presidente da Retina Internacional, muitas cidades  se adaptaram ao confinamento alterando o layout e os sistemas internos, e essas mudanças permaneceram. Ainda que estas mudanças pareçam pequenas e lógicas para aqueles que não têm limitação visual, para as pessoas com baixa visão, este é um problema enorme e nos obriga a reaprender como navegar em um ambiente que anteriormente era tão familiar, mas agora é alienígena.»

A emergência pós-covid também afetou o acesso à educação e ao emprego para as pessoas com deficiência visual. Muitos tiveram que deixar empregos que amam devido ao declínio da visão e dos desafios com a mobilidade, e os cuidadores tiveram que ajustar suas próprias vidas para melhor apoiar seus entes queridos. «Durante a COVID-19, muitas pessoas perderam os seus empregos e, em muitos países, as economias  ainda estão se recuperando. Em um mercado de trabalho pobre, as empresas podem estar relutantes em contratar novas pessoas, principalmente aquelas com limitações como a deficiencia visual”, diz Christina Fasser, ex-presidente da Retina Internacional. «Num mercado de trabalho dinâmico, muitas pessoas com baixa visão têm de considerar o caminho para o trabalho. Novos   obstáculos, como bicicletas elétricas sem som e carros elétricos, colocam novos desafios. À medida que entramos num “novo normal”, é necessário que serviços de reabilitação e cursos de orientação e mobilidade sejam disponibilizados  para as pessoas com doenças  degenerativas da retina. Eles devem ser uma prioridade da política pública para garantir a igualdade de acesso às oportunidades de carreira e de educação.”

O isolamento causado pelo confinamento da COVID-19 continua para muitas pessoas. A falta de apoio emocional para as pessoas com baixa visão, a acessibilidade limitada às atividades e a informações, o estigma social e a diminuição das oportunidades de educação e emprego têm impacto no bem-estar de cada indivíduo. Sentimentos de ansiedade, depressão e isolamento são comuns entre os que vivem com perda de visão, e a pandemia só agravou esses desafios.

Caminhamos em direção ao «novo normal» e  isso  significa encarar os desafios enfrentados pela comunidade com deficiência visual durante toda a pandemia, desde o início do confinamento no início de 2020 até à reabertura do mundo. Ao priorizar e proteger o bem-estar e a inclusão daqueles que vivem com doenças da retina, podemos trabalhar para garantir que ninguém fique para trás no escuro na medida que emergimos numa nova era de luz.

Retina internacional

A Retina Internacional é uma organização global formada por associações de pacientes  e fundações que  apoiam a pesquisa para doenças hereditárias  e raras da retina e doenças da retina relacionadas à idade.

A Retina Internacional considera que a educação que motiva a participação é um motor fundamental para a inovação bem  sucedida.

Como parte de uma comunidade fortemente interligada, nosso objetivo é promover a pesquisa para as doenças da retina por meio do engajamento e da educação de nossa crescente comunidade de pacientes. Buscamos desenvolver ferramentas para a defesa de causas baseadas em evidências, que possam levar a mudanças positivas. Acreditamos na colaboração estruturada, que inclua todas as partes interessadas, a fim de atender às necessidades dos pacientes com doenças da retina, empregando uma abordagem profissional para tudo o que fazemos.

Para mais informações, visite o nosso site: www.retina-international.org

Referência

Stone, L.G., Grinton, M.E. & Talks, J.S. Atraso acompanhamento de doentes com retina médica devido à COVID-19: impacto na atividade da doença e na acuidade visual. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol 259, 1773-1780 (2021). https://doi.org/10.1007/s00417-021-05174-4

 

card com fundo cinza escuro, quase preto, com o logo da Retina Internacional no topo, com o comunicado no meio escrito em verde em um retangulo branco e abaixo o logo da Retina Brasil. Fim da descrição