Mais uma conquista dos pacientes com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

Em março de 2022, a Secretaria de Atenção Especializada à saúde e a Secretaria de ciência, tecnologia, inovação e insumos estratégicos (SCTIE) aprovaram o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Degeneração Macular Relacionada à Idade (forma neovascular, ou seja, DMRI úmida).

Os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas são resultado de consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade e precisão de indicação;

O Protocolo, contém o conceito geral da Degeneração Macular Relacionada à Idade (forma neovascular, DMRI úmida), critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e de exclusão, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, disponível no site:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt

Este PCDT é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

#RetinaBrasil #DegeneracaoMacularRelacioandaaIdadeFormaNeoVascular #DoencasdaRetina #PCDT #DMRIumida

1º de outubro Dia do Idoso

imagem de uma senhora e um senhor sorrindo e correndo. Está escrito: "01 de outubro Dia do Idoso" e há as logos da Retina Brasil e da Novartis

1º de outubro é o Dia do Idoso. São idosas as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. A data marca o dia em que a Lei N°10.741 (Estatuto do Idoso) entrou em vigor.

A pessoa com mais de 60 anos deve estar atenta à Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), uma doença que afeta a retina e se não tratada pode levar à perda de visão irreversível. A melhor forma de prevenir a DMRI é ter hábitos de vida saudáveis, não fumar e consultar-se pelo menos uma vez ao ano com um médico oftalmologista.

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Cuide-se! Vá ao oftalmologista! Envelheça com saúde e com visão!

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A importância da adesão ao tratamento para o controle da progressão da DMRI úmida

foto de perfil de uma senhora sorrindo e de óculos escuros. Está escrito: "A importância da adesão ao tratamento para o controle da progressão da DMRI úmida" e há a logo da Retina Brasil

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença degenerativa da retina que provoca uma perda progressiva da visão central. Ela afeta a mácula, região central da retina e é a causa mais comum de perda de visão em pessoas acima de 55 anos. Estima-se que 3 milhões de pessoas no Brasil tenham DMRI. A DMRI apresenta estágios na sua evolução, que vão desde formação de drusas até a DMRI tipo úmida ou exsudativa, fase mais grave da doença. Se o paciente não for tratado precocemente e se não houver adesão ao tratamento pode ocorrer a progressão da DMRI úmida e a consequente perda irreversível da visão. Entenda melhor.

O que é a DMRI úmida

A DMRI úmida representa cerca de 10% dos casos de Degeneração Macular Relacionada à Idade. É também chamado de neovascularização de coróide (CNV), neovascularização sub-retiniana, ou degeneração exsudativa ou disciforme. Na DMRI úmida, vasos sanguíneos anormais crescem sob a mácula. Esses vasos vazam sangue e fluidos na mácula que causam danos à retina. A DMRI úmida pode progredir rapidamente e causar perda substancial da visão central. Nos casos mais avançados tecidos cicatriciais podem se formar, causando uma mancha irreversível que impede a visão central.

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A importância do Diagnóstico precoce

No estágio inicial a DMRI úmida pode ser tratada, por isso a detecção precoce é crucial, por que a perda visual não pode ser recuperada. O diagnóstico precoce é feito pelo oftalmologista com o uso de exames. Recomenda-se para as pessoas com mais de 40 anos que anualmente consultem um oftalmologista para prevenção da doença.

Quais os tratamentos existentes

Existe tratamento apenas para a DMRI tipo úmida. No estágio inicial a DMRI úmida pode ser tratada com medicamentos anti-VEGF através de injeções intraoculares. O tratamento impede a progressão da doença e, em alguns casos, ajuda na recuperação da visão. A quantidade e a frequência de injeções irão variar de pessoa para pessoa, o médico oftalmologista especialista em retina é o profissional adequado para avaliar e indicar o melhor tratamento.

A importância da adesão ao tratamento para o controle da progressão da DMRI úmida

O tratamento para a DMRI úmida é feito por meio de aplicações de medicação anti-VEGF e a quantidade e a frequência das aplicações é individual. O médico oftalmologista avalia cada caso e indica como o tratamento deve ser feito. Cabe ao paciente seguir à risca as orientações de seu médico para ter o melhor resultado, evitar a progressão da doença e a perda da visão.

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Como as aplicações de medicação costumam ser espaçadas com intervalo de alguns meses, é comum que as pessoas abandonem o tratamento e não retornem para as aplicações seguintes. Essa não adesão ao tratamento é prejudicial e pode levar à perda de visão irreversível. A reversão da progressão da doença acontece com a continuidade do tratamento, ou seja, respeitando-se as orientações médicas e recebendo as injeções com os intervalos indicados.

Os motivos da não adesão são diversos como dificuldade de retorno de consulta, dificuldades de deslocamento durante a pandemia, desânimo com relação ao tratamento, dificuldade de encontrar acompanhante, etc. Todas essas razões precisam ser cuidadas e queremos reforçar que a conscientização do paciente sobre a importância de aderir e não abandonar o tratamento pode fazer a diferença para a preservação da visão.

Não desanime, não abandone sua visão. Lembre-se que a adesão ao tratamento é a sua melhor ferramenta para evitar a progressão da doença. Ame seus olhos!

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Doenças da retina e Políticas Públicas

imagem tem várias mãos mexendo em engrenagens. Está escrito: "Doenças da retina e políticas públicas" e há a logo da Retina Brasil

Para que as pessoas com doenças da retina tenham seu direito de acesso à saúde garantido e possam realizar exames e tratamentos adequados é preciso trabalhar em prol de melhores políticas públicas para esse grupo de pessoas. Existem diversas doenças da retina e cada uma delas tem demandas específicas que precisam de atenção. A Retina Brasil, ao longo dos últimos anos, vem atuando em prol de melhor acesso à saúde para as pessoas com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), com Retinopatia Diabética, com Doenças Hereditárias da Retina e para as pessoas com Amaurose Congênita de Leber e Retinose Pigmentar associadas a mutações bialélicas no gene RPE65. Entenda melhor o que são POLÍTICAS PÚBLICAS e o que está sendo feito para as doenças da retina.

O que são Políticas Públicas?

De acordo com o Manual de Políticas Públicas do Sebrae MG:

“Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade.

Dito de outra maneira, as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público. É certo que as ações que os dirigentes públicos (os governantes ou os tomadores de decisões) selecionam (suas prioridades) são aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade.

As demandas da sociedade são apresentadas aos dirigentes públicos por meio de grupos organizados, no que se denomina de Sociedade Civil Organizada (SCO), a qual inclui, sindicatos, entidades de representação empresarial, associação de moradores, associações patronais e ONGs em geral.”

A Retina Brasil é um desses atores de políticas públicas, pois é uma associação de pessoas com doenças da retina que leva as demandas dos pacientes aos agentes e órgãos públicos.

No entanto, os recursos para atender a todas as demandas da sociedade são escassos. Como consequência, os bens e serviços públicos desejados pelos diversos indivíduos se transformam em motivo de disputa. Assim, para aumentar as possibilidades de êxito, indivíduos que têm os mesmos objetivos tendem a se unir, formando grupos. E quanto mais engajado é um grupo mais chances este grupo tem de alcançar seus objetivos em termos de políticas públicas.

Por essa característica da nossa sociedade é que a Retina Brasil sempre reforça a importância de seu cadastro nacional de pessoas com doenças da retina, quanto mais pessoas se unirem, maior é a nossa força. O empoderamento e o engajamento da pessoas é igualmente relevante.
Além de levar demandas para os representantes eleitos, as associações podem também encaminhar as requisições para os diversos ministérios, agências, secretarias e comissões do estado, como o Ministério da Saúde e a Conitec. Atuar junto a esses órgãos e a seus instrumentos de participação pública são maneiras efetivas de se alcançar o objetivo desejado e de fazer Política Pública.

Fonte: http://www.mp.ce.gov.br/nespeciais/promulher/manuais/MANUAL%20DE%20POLITICAS%20P%C3%9ABLICAS.pdf 

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Ações para Amaurose Congênita de Leber e Retinose Pigmentar associadas a mutações bialélicas no gene RPE65

Para as pessoas com Amaurose Congênita de Leber e Retinose Pigmentar associadas a mutações bialélicas no gene RPE65 a demanda é a disponibilização do voretigeno nevarvoveque (nome comercial Luxturna) no SUS. Essa é uma medicação inovadora e a única aprovada no mundo para uma doença hereditária da retina. Trata-se de uma terapia gênica com potencial para reverter a progressão da doença e evitar a perda de visão nas pessoas afetadas.

A Retina Brasil está neste momento engajada com a Consulta Pública nº67 da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) que trata da incorporação desse medicamento no SUS.O parecer inicial da Conitec foi pela não incorporação. Para reverter essa decisão é necessário o engajamento da sociedade a favor da incorporação. Isso pode ser feito participando da Consulta Pública nº67 e dando opinião favorável à incorporação.

Para participar clique aqui e preencha o formulário.

Link da Consulta Pública nº67:

https://forms.office.com/pages/responsepage.aspx?id=00pVmiu1Ykijb4TYkeXHBYx3T9uISjdBtT4qFSbZ9KVUMlVERDJYMUxWTEExNzIzMTBJUFYwQjc2SiQlQCN0PWcu&fbclid=IwAR24pAK1PlKDk46Qh6p2tCJLRIBgBVJH96xIa43k22YxWkVAQCNzOHpV-Cs 

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Ações das para Doenças Hereditárias da Retina

Neste momento a maior demanda das pessoas com Doenças Hereditárias da Retina (DHR) e pela disponibilização do exame de teste genético no SUS. O teste genético é um exame muito importante para essas pacientes, pois permite o diagnóstico molecular das doenças hereditárias da retina. Isso garante ao paciente a confirmação de seu diagnóstico clínico, permite melhor planejamento familiar, oferece mais informação sobre a sua doença e a progressão e alinha as expectativas com relação às pesquisas e futuros tratamentos para cada caso.

Em relação a essa demanda do teste genético no SUS, a Retina Brasil tem trabalhado junto ao poder legislativo, deputados federais, e junto ao Ministério da Saúde. Com o poder legislativo, a Retina Brasil pressiona para que o Projeto de Lei sobre o tema tramite e seja aprovado na Câmara dos Deputados. Em relação ao Ministério da Saúde a Retina Brasil e o seu Comitê Científico tem encaminhado relatórios sobre o tema e participado de reuniões que visam sensibilizar essas agentes para o exame seja incorporado ao Sistema Único de Saúde. Essas duas frentes de trabalho são igualmente importantes, é um processo moroso que exige coordenação e perseverança.

Ações para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia Diabética

Uma das necessidades das pessoas com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia Diabética é a disponibilização no SUS dos medicamentos que tratam essas doenças. Atualmente existem algumas medicações para essas duas doenças da retina e após anos de sensibilização dos agentes públicos e de coordenação para essa política pública estamos próximos de ver essas demandas atendidas.

Ao longo dos últimos anos, a Retina Brasil se mobilizou para que todos os medicamentos disponíveis para essas doenças estivessem no SUS. Foram muitas reuniões, relatórios e campanhas de conscientização sobre o tema. Várias Consultas Públicas sobre o assunto aconteceram e o engajamento da comunidade foi capaz de reverter um parecer desfavorável da Conitec. Neste momento a decisão é pela disponibilização das medicações para tratar a DMRI e a Retinopatia Diabética e o prazo para que isso esteja no SUS está correndo. A Retina Brasil observa de perto esse prazo para que ao final a decisão seja efetivada e as pessoas possam receber o tratamento adequado.

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Como você pode ajudar a promover políticas públicas para as pessoas com doenças da retina

Existem várias maneiras de ajudar as pessoas com doenças da retina em suas demandas. O primeiro passo é entender quais são as demandas dessas pessoas. Veja coisas simples que você pode fazer:

  • Se informar sobre o tema
  • Acompanhar as ações e postagens da Retina Brasil, especialmente sobre Advocacy
  • Espalhar a ideia entre sua comunidade, família e amigos – a conscientização da sociedade em geral é fundamental
  • Se envolver com as solicitações e projetos da Retina Brasil
  • Cadastrar-se na Retina Brasil se você tem ou é familiar/amigo de uma pessoa com doença da retina – quando falamos em nome de muitos temos mais força!

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COVID-19 e isolamento social: quais são os riscos dos pacientes não darem continuidade ao seu tratamento das doenças da retina

imagem de umhomem usando máscara e óculos. Está escrito: "COVID-19 e isolamento social: quais são os riscos dos pacientes não darem continuidade ao seu tratamento das doenças da retina"

A pandemia da Covid-19 modificou a vida de todas as pessoas, exigindo o isolamento social, reforçando os cuidados com a higiene e afetando o acesso aos serviços de saúde.  O isolamento social trouxe ainda dificuldades para a continuidade do tratamento das doenças da retina, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), a Retinopatia Diabética e o Edema Macular Diabético (EMD). Essas doenças exigem acompanhamento constante e tratamento periódico, pois caso isso não ocorra pode haver perda irreversível da visão.

Como a COVID-19 afetou a continuidade dos tratamentos das doenças da retina

A Covid-19 afetou de diferentes maneiras a continuidade dos tratamentos das doenças da retina. No início da pandemia, muitas clínicas foram fechadas, o que gerou a perda do acompanhamento dos pacientes com DMRI, Retinopatia e Edema Macular Diabético. Muitos pacientes que precisam de acompanhamento mensal deixaram de receber esse controle. Além do fechamento de clínicas, por medidas de segurança, as consultas agora estão mais espaçadas, ou seja, menos pacientes são atendidos por dia, aumentando as filas de espera por atendimento oftalmológico. Os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, têm enfrentado enorme dificuldade para marcar suas consultas de controle.

Além de afetar o acompanhamento e controle da doença, o contexto da pandemia também dificultou a realização de procedimentos e exames. Isso aumentou a espera e atrasou a continuidade do tratamento, que muitas vezes é feito por meio de injeções no olho com medicamentos adequados. 

Outro fator que contribui negativamente é o medo justificável dos pacientes de irem aos consultórios oftalmológicos, clínicas e hospitais e se contaminarem com a Covid-19. Muitas pessoas deixaram de ter contato com o seu médico oftalmologista por receio de ir a uma consulta e ter contato com a Covid-19.

Riscos dos pacientes não darem continuidade ao tratamento das doenças da retina

O risco da não continuidade do tratamento é dramático pois pode significar a perda irreversível da visão. As doenças, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade, a Retinopatia Diabética e o Edema Macular Diabético são doenças crônicas que exigem o controle e o tratamento periódico conforme cada caso e sempre de acordo com a recomendação médica. 

Sem o controle mensal da doença o paciente por ter o seu tratamento prejudicado e assim acabar perdendo a visão. O tratamento, que muitas vezes é feito com injeções no olho, é realizado de forma periódica variando, conforme cada caso, a cada mês, a cada três meses, etc. Sem receber as injeções nos intervalos apropriados para cada caso os pacientes podem sofrer com a perda da visão que pode não ser recuperada.

Como dar continuidade ao tratamento em tempos de pandemia

A pandemia da Covid-19 ainda não acabou, por isso médicos e pacientes precisam encontrar estratégias para dar continuidade ao tratamento para as doenças da retina. Para isso, o uso da telemedicina é revolucionário. A telemedicina já é uma realidade na oftalmologia e será cada vez mais comum no futuro. Os pacientes com DMRI, Retinopatia Diabética ou Edema Macular Diabético podem entrar em contato com seu médico oftalmologista por teleconsultas e seguir assim as suas recomendações sobre quando ir ao consultório, quando fazer exames, etc. Isso, além de reduzir o atendimento presencial e diminuir as filas de espera, contribui para que os pacientes não fiquem sem o acompanhamento de sua doença. 

Além do uso da telemedicina, as consultas sempre são feitas cumprindo as medidas de segurança e as recomendações da vigilância sanitária e dos conselhos de saúde e medicina. O que significa que pacientes com sintomas gripais não devem ir às clínicas, além de sempre se manter o distanciamento, o uso de máscaras e das consultas serem espaçadas para evitar aglomerações.

O importante é não abandonar o tratamento nunca e sempre manter o contato entre médico e paciente.

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Abril Marrom entenda a Importância da reabilitação

imagem de fundo marrom, logo do abril marrom e da retina brasil. Es´tá escrito: "Abril marrom entenda a emportânica da reabilitação"

Abril Marrom é o mês da conscientização da saúde ocular. Entre os diversos temas relacionados ao Abril Marrom encontra-se a reabilitação. A reabilitação é indispensável para as pessoas com deficiência visual. A reabilitação pode e deve ser feita em qualquer idade e sempre de acordo com as necessidades individuais. Os impactos da não reabilitação são vastos, tanto do ponto de vista pessoal, quanto do coletivo, ou social. As pessoas cegas ou com baixa visão que não passam pela reabilitação podem ter sua autonomia prejudicada, afetando toda a sociedade.

Diferença entre habilitação e reabilitação

A habilitação se refere à aquisição de uma habilidade para realizar uma determinada função por um indivíduo que ainda não desenvolveu nenhuma forma de realizar essa tarefa específica. Já a reabilitação, é o processo de criar uma nova habilidade para realizar determinada tarefa que o indivíduo já tenha familiaridade anterior, mas que em função de alguma limitação adquirida precisa encontrar novas formas para realizá-la. Por exemplo, uma criança com baixa visão será habilitada a ler com lupas durante sua escolarização, essa criança não aprendeu outra forma de ler a não ler com lupas, por isso esse é o processo de habilitação. Por outro lado, uma pessoa adulta que perdeu a visão e começa a enfrentar dificuldades para a leitura precisará da reabilitação para aprender a ler com lupas. Essa pessoa adulta aprendeu a ler sem lupas, mas em função da perda visual precisa se reabilitar no processo de leitura.

Habilitação e reabilitação na infância

Na infância a habilitação é muito importante para o completo desenvolvimento das crianças. É preciso promover uma organização do uso de todos os sentidos para que o desenvolvimento possa ocorrer de forma satisfatória. Entre os focos da reabilitação infantil estão a estimulação precoce, a inclusão escolar e o uso efetivo da visão residual. Esse é um processo multidisciplinar que deve considerar as necessidades individuais e agregar a família, a comunidade e a escola.

Assista à live Abril Marrom: a importância da REABILITAÇÃO, com Eliana Cunha, especialista em Baixa Visão e Coordenadora da Área de Educação Inclusiva da Fundação Dorina Nowill para Cegos e Luiz Henrique Sanches. pessoa com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).

Reabilitação na fase adulta

Na vida adulta, a reabilitação deve em primeiro lugar entender as necessidades do indivíduo. Segundo a OMS, cerca de 30% das pessoas com deficiência visual apresentam uma perda leve ou moderada da visão. Isso significa que a reabilitação será direcionada para cada necessidade, variando de um processo mais simples e rápido, até um processo complexo, multidisciplinar e longo. Nessa fase de vida é importante considerar durante a reabilitação a empregabilidade e capacitação para equiparar o desempenho da pessoa com deficiência visual ao desempenho de uma pessoa sem limitação visual.

Reabilitação para idosos

Para a população com mais de 60 anos o principal papel da reabilitação será resgatar atividades e promover qualidade de vida. Nessa fase é importante avaliar quais outras limitações a pessoa possa ter e assim oferecer um acompanhamento multidisciplinar. O profissional da reabilitação deve apresentar as possibilidades e os recursos para o idoso, ou a idosa e, assim, juntamente com o indivíduo, traçar objetivos factíveis. Durante o processo deve-se sempre considerar os interesses pessoai, buscando a conquista da independência.

Em resumo, o papel da reabilitação é promover o desenvolvimento do indivíduo, resgatar atividades e promover qualidade de vida. Tudo isso feito de forma individualizada considerando as necessidades de cada pessoa em cada momento da vida.

Live! Abril Marrom: a importância da REABILITAÇÃO

imagem tem fundo em tons marrom e bege. Estão escritas as informaçoes sobre a live, há uma foto de cada um dos participantes e as logos da Retina Brasil e do Abril Marrom.

Live! Abril Marrom: a importância da REABILITAÇÃO

🟤👁️🟤

👉Terça-feira, 27 de abril, 19h30
🔴Youtube da Retina Brasil

Com:
Eliana Cunha
Especialista em Baixa Visão e Coordenadora da Área de Educação Inclusiva da Fundação Dorina Nowill para Cegos
Luiz Henrique Sanches
Pessoa com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

#abrilmarrom​​​ #reabilitacao​​ #cegueira​​ #abrilmarrom2021​​​ #visao​​​ #combateacegueira​​ ​ #retinabrasil​​​​ #retina​​​​ ​

Missão quase cumprida! Incorporação de aflibercepte e ranibizumabe para DMRI úmida no SUS

Imagem de fundo verde com uma imagem de uma mulher celebrando. Está escruito: "Missão cumprida! Incorporação de aflibercepte e ranibizumabe no SUS"

A voz do paciente!

Devido ao esforço e contribuição da sociedade e dos pacientes na Consulta Publica nº 06/2021, a CONITEC atendeu a voz do paciente e no dia 08 de abril, tivemos recomendação final da CONITEC, para incorporação dos medicamentos (aflibercepte e ranibizumabe) para o tratamento de Degeneração Macular Relacionada à Idade de tipo neovascular (úmida) em pacientes acima de 60 anos, conforme o Protocolo do Ministério da Saúde e Assistência Oftalmológica no Sistema Único de Saúde.

Muito obrigada, a todos vocês que contribuíram! Missão cumprida!

Agora vamos acompanhar a introdução desses medicamentos no SUS!

Prevenir é essencial para preservar a visão! Saiba mais sobre a DMRI e a Retinopatia Diabética – Abril Marrom 2021

imagem de fundo marrom com lodo do abril marrom e da Retina Brasil Está escrito: "Prevenir é essencial para preservar a visão! Saiba mais sobre a DMRI e a Retinopatia Diabética "

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Retinopatia Diabética estão entre as cinco doenças mais comuns que levam à cegueira. Essas são doenças que acometem a retina e que podem ser tratadas. Por isso, prevenir e ter o diagnóstico precoce é a melhor forma para preservar a visão. Conscientizar sobre a importância da consulta periódica ao médico oftalmologista e sobre essas doenças é parte do Abril Marrom, o mês de conscientização sobre as diversas espécies de cegueira.

DMRI

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença degenerativa da retina que provoca uma perda progressiva da visão central. Ela afeta a mácula, região central da retina, que é responsável pela visão central, usada na leitura, na identificação de detalhes e cores. É a causa mais comum de perda de visão em pessoas acima de 55 anos. Estima-se que 3 milhões de pessoas no Brasil tenham DMRI. A DMRI pode ser do tipo seca ou úmida (exsudativa). A DMRI é uma doença silenciosa, o que significa que não apresenta sintomas nas fases iniciais. Por isso, ir ao oftalmologista é fundamental para fazer o diagnóstico precoce. Existe tratamento para a DMRI do tipo úmida e o diagnóstico precoce é fundamental para a preservação da visão.

Retinopatia Diabética

A Retinopatia Diabética é uma das principais complicações do Diabetes, A Retinopatia Diabética é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina Quanto maior o tempo de evolução do Diabetes Mellitus (DM), maior o risco de desenvolvimento da doença, sendo encontrada em mais de 90% dos pacientes com Diabetes tipo 1 e em 60% daqueles com Diabetes tipo 2, após 20 anos convivendo com a doença. A Retinopatia Diabética é uma doença silenciosa, o que significa que não apresenta sintomas nas fases iniciais. Por isso, ir ao oftalmologista é fundamental para fazer o diagnóstico precoce.Existe tratamento para a Retinopatia Diabética, e junto ao controle do Diabetes o diagnóstico precoce é fundamental para preservar a visão.

Prevenção

A melhor forma de prevenir as duas doenças é consultar-se periodicamente com um médico oftalmologista. As pessoas com mais de 45 anos e as pessoas com Diabetes devem consultar-se com um médico oftalmologista uma vez ao ano. Com a consulta preventiva é possível detectar e tratar a doença antes que ela provoque a perda da visão.

 

#abrilmarrom #retina #retinabrasil #dmri #retinopatiadiabetica #cegueira #prevenção

A COVID-19 pode ter feito o mundo pausar, mas a perda de visão continua

imagem de fundo azul claro com uma mão robótica segurando um globo terrestre. Está escrito "Retina Brasil traduz" e há a logo da Retina Brasil.

A COVID-19 pode ter feito o mundo pausar, mas a perda de visão continua

Por Avril Daly, CEO, Retina Internacional

Artigo da Retina Internacional, traduzido pela equipe da Retina Brasil. Para ver o original acesse o link:

https://www.retina-international.org/opinion-piece-covid-19-may-have-put-the-world-on-pause-but-vision-loss-continues/

A pandemia da COVID-19 mudou completamente o mundo.
Esta é uma frase que ouvimos muitas vezes nos últimos dez meses – em muitas línguas, em todos os continentes. Há verdade nisso; muitas pessoas mudaram a maneira de viver e aprenderam muito sobre si mesmas e como se encaixam no mundo ao seu redor. O mundo pode ter mudado, por enquanto, mas essas mudanças serão permanentes? Ou serão transitórias – e em um ano estaremos de volta ao velho normal? Esperamos, é claro, que o que percebemos como boas mudanças permaneça – mas a definição de “bom” de uma pessoa pode não ser a mesma para outra.
Toda a sociedade teve que enfrentar desafios significativos em todos os estágios da pandemia da COVID-19: desde a primeira fase e o bloqueio associado a ela – que foi um choque para todos os nossos sistemas, tanto pessoal quanto profissionalmente – até a segunda, e agora a terceira e talvez a fase mais preocupante. No momento em que este artigo foi escrito, a maior parte da sociedade estava de volta ao ponto em que estava em março de 2020; em casa, preenchendo os dias com trabalho, tentando ser educadores para os filhos e dar apoio aos parentes e amigos mais velhos. O tempo todo, estamos tentando permanecer conectados por meio de uma dúzia de diferentes plataformas online, e imaginando o que costumava ser normal.
A pandemia da COVID-19 apresentou desafios muito específicos e únicos para a comunidade de deficientes visuais. Por meio de nossos estudos sobre o impacto da COVID-19 na comunidade da retina, a Retina International aprendeu sobre as experiências vividas por pessoas afetadas por todas as formas de degeneração da retina. Os resultados nos deram uma pausa para pensar e, em alguns casos, as declarações pessoais que vieram das pesquisas foram preocupantes. Esses estudos serão publicados nas próximas semanas, mas como apoiamos o Retina Action Call to Action sobre o tema Bem-estar e Inclusão, estamos ansiosos para compartilhar alguns de nossos aprendizados e experiências com você, nossos membros e partes interessadas.
As exigências de distanciamento social dificultaram a saída do ambiente doméstico de pessoas com deficiência visual. Tornou-se mais difícil contar com a ajuda de terceiros ao sair para fazer compras e fazer exercícios. Pessoas com deficiência visual e aqueles que lhes prestam assistência oferecendo os braços para segurança e orientação ao caminharem em parques e calçadas públicas foram vítimas de acusações e, infelizmente, em alguns casos, de agressões verbais. Acusações de “quebrar as regras” têm surgido em casos em que não é óbvio que uma pessoa tem uma deficiência visual e, portanto, precisa de alguém para ajudá-la a sair de casa.
As restrições forçaram o mundo de dentro e para dentro. No entanto, muitos avanços anunciados nas ferramentas de comunicação e conferência online significavam que o mundo externo agora poderia ser conectado facilmente “com o toque de um botão”. Por meio de nossos dispositivos, as comunidades puderam ficar em contato e alcançar aqueles que vivem em todos os cantos do globo, incluindo aqueles que vivem sozinhos, para conversar, trabalhar, fazer compras e por lazer. A afirmação de 2020 era “você está no mudo”, pois estávamos todos aprendendo a usar melhor essas ferramentas. Uma vez que obtivéssemos uma ideia geral, esses sistemas seriam muito fáceis de navegar – ou assim nos disseram.
Essa não tem sido a realidade para muitos que vivem com deficiência visual, em particular para os que vivem sozinhos. Os serviços de conferência online não são totalmente acessíveis; embora alguns sejam melhores do que outros, coisas simples como ampliar uma tela podem ocultar botões de mudo e botões de câmera. As caixas de bate-papo também não são acessíveis para a maioria. Este é um grande problema para a comunidade com deficiência visual, que deve contar com esses sistemas de conferência online para trabalho e conectividade pessoal. Em um ambiente de trabalho, as caixas de bate-papo trouxeram uma mudança na forma como as reuniões acontecem. Os participantes de reuniões e webinars podem adicionar notas, pensamentos e sugestões, tudo ao vivo, proporcionando uma oportunidade para uma discussão mais robusta e troca de informações.
Para uma pessoa com deficiência visual, as caixas de bate-papo significam mais isolamento. Somos removidos da discussão ao vivo, mas podemos ler as notas após o término da reunião. Ninguém gosta de reclamar muito, de ser percebido como difícil, então em muitos casos a pessoa com deficiência visual não fala nada. Isso não é inclusão. Isso não é acessibilidade para todos.
Como uma pessoa que vive com uma deficiência visual, participei de muitos eventos ‘ao vivo’ durante este período. Alguns até ocorreram bem, mas outros foram desastrosos. O back-end das plataformas de eventos online costuma ser diferente do que o participante vê. Eles podem mostrar slides do tamanho de um selo postal (ou não mostrar), e há interfaces diferentes com botões diferentes que você não tem certeza do que fazer. Eu tenho muita sorte; Tenho um círculo de colegas que convivem com deficiências visuais, que passaram por desafios semelhantes, e posso procurá-los para obter dicas de como fazer melhor da próxima vez. Tenho colegas com visão total a quem posso pedir ajuda, o que torna mais fácil para mim – e o que agradeço muito. Sei que nunca poderei usar plenamente essas plataformas, mas posso participar e tenho o suporte à minha disposição. Como já disse, tenho sorte.
Trabalhar em casa provou ser um sucesso para muitos, mas a partir das pesquisas realizadas pela Retina Internacional e outros membros da comunidade no geral, fica claro que a adaptação a um mundo online não foi fácil e certamente não foi para todos. Muitas pessoas com deficiência visual vivem sozinhas, especialmente aquelas com problemas de envelhecimento da retina. Eles não estão “online” o tempo todo e consideram as plataformas desafiadoras. Quando as usam e encontram um desafio, sentem que não têm ninguém a quem pedir ajuda. Alguns não querem “dar problema” ou “ser um fardo” pedindo ajuda. Muitas pessoas com deficiência visual vivem em regiões onde a banda larga é fraca e a conectividade é ruim. Alguns não têm a versão mais recente de um sistema operacional para permitir a conexão. Muitos não foram treinados em dispositivos digitais, nem possuem um computador. Esses indivíduos não podem usar plataformas online para realizar suas atividades de lazer, fazer compras ou se conectar com a família e amigos. Eles estão ainda mais isolados; eles não estão incluídos.
A Retina Internacional aprendeu com suas pesquisas que aqueles que receberam tratamento para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia Diabética (RD) foram particularmente afetados durante a pandemia. Muitos compromissos foram cancelados. Onde as clínicas continuaram, apesar da garantia das medidas de segurança, os pacientes mais velhos temiam comparecer com medo que entrassem em contato com o COVID-19. A Retina Internacional recebeu declarações dizendo “Tenho medo de pegar transporte público”, “Não quero ter que tocar no corrimão no meu caminho para uma clínica”, “Não quero esperar horas em uma sala de espera com outras pessoas ”e“ O meu marido não pode vir comigo à consulta ”. Esses são medos reais e compreensíveis para um grupo que sabe que está classificado como vulnerável. Pessoas que pela primeira vez experimentaram distúrbios visuais perderam um tempo crítico, pois também estavam com medo de frequentar um ambiente clínico. A visão foi perdida.
Muitos esforços estão sendo feitos agora em alguns países para transferir as consultas dos pacientes que frequentam as clínicas para um serviço online. Embora seja importante considerar isso e isso possa aliviar a carga de viagens dos pacientes e daqueles que os apoiam e cuidam, é preciso lembrar que muitos dos afetados não estão conectados à plataformas digitais. Outros disseram preferir se encontrar com seu médico presencialmente. É válido apoiar o progresso que está sendo feito em Saúde Digital, mas também é importante reconhecer que ele precisará de considerações muito específicas.
A exclusão digital é real e não vai mudar da noite para o dia. Devemos entender isso ao desenvolver novas ferramentas e serviços para essa comunidade, especialmente agora que a pandemia da COVID-19 colocou as possibilidades da Saúde Digital em foco. O potencial da Saúde Digital para a comunidade de deficientes visuais é enorme, com novos aplicativos que podem nos ajudar nas tarefas diárias e realmente fazer a diferença. Dispositivos de monitoramento doméstico e dispositivos vestíveis que podem fornecer informações aos médicos significam que, se ocorrer outra crise, os sintomas podem ser monitorados em casa e, portanto, os pacientes não precisam comparecer a hospitais. Isso também tem um grande potencial para ensaios clínicos. Para desenvolver essas possibilidades tecnológicas de forma eficaz, os pacientes devem ser incluídos no desenvolvimento e no design de novas ferramentas, desde a concepção até o lançamento.
Dois sintomas reconhecidos de COVID-19 são a perda do paladar e a perda do olfato. A evidência da persistência desses sintomas está surgindo junto com artigos publicados sobre o impacto prejudicial da COVID-19 na retina. Como sociedade, estamos apenas aprendendo sobre os efeitos duradouros desse vírus. A comunidade está preocupada e clama para que as pessoas que vivem com degenerações da retina sejam priorizadas na implantação da vacinação contra a COVID-19.
Aprendemos por meio das pesquisas da Retina International, e de nossos parceiros e partes interessadas, que a retina não é considerada uma prioridade de saúde pública em uma crise. Aprendemos que devemos trabalhar juntos para encontrar maneiras de trazer os pacientes em tratamento de volta à clínica com segurança e confiança. Aprendemos que há um problema significativo a ser abordado para tornar as plataformas do dia a dia acessíveis para os deficientes visuais. Aprendemos que existe uma exclusão digital que deve ser reconhecida e considerada à medida que desenvolvemos a assistência médica digital agora e no futuro. Aprendemos que a comunidade com deficiência visual, jovens e idosos, independentemente de onde moram, enfrentou um isolamento muito real durante a pandemia da COVID-19, que afetou seu bem-estar.
O isolamento prolongado afetou a saúde física e mental de nossa comunidade e, como sociedade, devemos encontrar maneiras de melhorar os serviços e o acesso para garantir que essa comunidade seja totalmente incluída em todos os aspectos da sociedade para um melhor bem-estar, resoluções de saúde e também realidades econômicas.
Aqueles que tomam decisões sobre a prestação de serviços de saúde devem se envolver com as comunidades de pacientes e classes profissionais para compreender as lições que todos aprendemos ao longo deste período e aplicar esses aprendizados. Existe uma oportunidade de reconstrução melhor e ela não deve ser perdida. E por isso encorajamos vocês, nossos membros e partes interessadas, a apoiar o Retina Action Call to Action. Incentivar seus políticos e tomadores de decisão a ouvir, aprender e trabalhar conosco enquanto lideramos a mudança necessária para promover a inclusão e o bem-estar para todos.

Avril Daly
Retina Internacional
12 de Janeiro de 2021